domingo, 18 de setembro de 2011

Depressão, o cárcere da alma


Depressão, o cárcere da alma


Hernandes Dias Lopes 


A depressão foi definida por Andrew Solomon como um parasita que suga a seiva da nossa vida. É como engolir seu próprio funeral e vestir-se de uma roupa de madeira. A depressão é o cárcere da alma, a masmorra das emoções, o cativeiro que priva milhões de pessoas de nutrirem na alma, a esperança do amanhã. A depressão é classificada como uma doença e, essa doença, que possui múltiplas causas, atinge ricos e pobres, jovens e velhos, doutores e analfabetos, religiosos e ateus. A depressão é uma doença que provoca muitas outras. Se não tratada convenientemente pode desembocar em tragédias irremediáveis. A depressão é a principal causa do suicídio no mundo.
John Piper, em seu livro O Sorriso Escondido de Deus, trata deste assunto com esmerado cuidado. Há duas posições que circulam no meio evangélico sobre o assunto, que revelam um desequilíbrio perigoso. A primeira delas liga a depressão à ação demoníaca. Os defensores dessa vertente afirmam que as pessoas deprimidas estão oprimidas e até possuídas por demônios. A segunda interpretação vincula a depressão a algum pecado específico ainda não confessado. Assim, uma pessoa fica deprimida porque esconde algum pecado que precisa ser confessado e abandonado. Não subscrevemos essas duas interpretações. Julgamo-las deficientes e assaz injustas. É muito verdade que uma pessoa pode ficar deprimida em virtude de seu envolvimento com demônios e também como resultado de algum pecado escondido. Porém, uma pessoa pode ser assolada pela depressão, mesmo levando uma vida cheia do Espírito Santo. Assim como um indivíduo pode ser cheio do Espírito e ter um problema cardíaco, também uma pessoa pode estar plena da presença de Deus e enfrentar o drama da depressão.
Se há várias causas que provocam a depressão, também há vários sintomas que a revelam. O primeiro sintoma é que a pessoa deprimida é tomada por uma desesperança crônica e passa a enxergar a vida pelas lentes escuras do pessimismo. Não vê uma luz no fim do túnel nem janelas de escape. Foi o que aconteceu com o profeta Elias. Pensou que somente ele havia restado dos profetas de Deus em Israel, quando na verdade sete mil ainda não haviam se dobrado a Baal. O segundo sintoma é olhar para a vida pelas lentes do retrovisor. Uma pessoa deprimida sente uma saudade mórbida dos bons tempos que se foram e se desespera diante das incertezas do seu futuro. Sente-se num calabouço existencial e sem ânimo e forças para sair desse cárcere da alma. Nessa saga cheia de pavores, flerta com a própria morte. Não que seu desejo seja de fato morrer, mas é que sente uma dor tão profunda na alma que o único alívio que consegue vislumbrar é o alívio da morte. Não podemos subestimar esses presságios que rondam a alma de uma pessoa depressiva. Isso é uma espécie de alarme, uma trombeta que precisa de encontrar ouvidos sensíveis. É por essa razão, que o terceiro sintoma de uma pessoa deprimida é um completo desânimo quanto ao futuro. É o desejo de fechar as cortinas da vida e colocar um ponto final na existência.
Como devemos lidar com a depressão? Como ajudar uma pessoa deprimida? Primeiro, precisamos orar por ela e com ela. Depois, precisamos cientificar-nos se essa pessoa está recebendo o tratamento médico adequado para a sua doença. Ainda, precisamos estar perto dela, oferecendo-lhe um ombro amigo, um ouvido atento e um coração generoso. Finalmente, precisamos compartilhar com ela a esperança do evangelho, o poder da graça de Deus e o consolo das Escrituras. Deus nos vivifica segundo a sua Palavra. Ele tira a nossa alma do cárcere. Ele acende uma luz de esperança no túnel escuro do nosso sofrimento. Deus arranca os gemidos da nossa alma e coloca em nossos lábios, um cântico de vitória. Em síntese, trata-se da depressão com remédio, terapia e fé.


Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2011/09/depressao-o-carcere-da-alma.html#ixzz1YJW2ObxS
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terça-feira, 13 de setembro de 2011

O JESUS HISTÓRICO VERSUS O JESUS DA FÉ


O JESUS HISTÓRICO VERSUS O JESUS DA FÉ

Resolvido o problema dos documentos cristãos, partimos agora para o personagem principal deles: Jesus, a finalidade única para a existência de todo o Novo Testamento. Tal como acontece com os documentos, as especulações a respeito de Jesus também são polêmicas.

Uma das perguntas que têm causado opiniões cada vez mais divergentes é esta: “Quem é Jesus?”. Ao contrário do que muitos pensam, tal pergunta não foi formulada em nenhum seminário de crítica textual. É muito mais antiga. Na verdade, o próprio Jesus foi quem a formulou pela primeira vez diante de seus discípulos, dizendo: “Quem dizem os homens ser o Filho do homem?” (Mt 16.13). E, como sempre, as respostas foram as mais variadas possíveis: “Responderam eles: Uns dizem que é João, o Batista; outros, Elias; outros, Jeremias, ou algum dos profetas.” (v. 14).

Até a Idade Média, essa pergunta parece não ter oferecido problema algum para a maioria das pessoas. Contudo, a coisa começou a mudar com o advento do iluminismo e seu inquietante raciocínio crítico. A primeira questão a respeito de Jesus, sob um ponto de vista crítico, teve início na Alemanha, com Hermann Samuel Reimarus (1694-1768).

Ao apresentar a primeira investigação histórica sobre Jesus, Hermann alegou que o Jesus dos evangelhos e o Jesus da história eram dois personagens completamente diferentes. E baseou sua teoria na suposição de que o Jesus apresentado pelos apóstolos era apenas fruto de suas concepções teológicas, não refletindo a realidade do carpinteiro pobre da Galiléia. E chegou a acusar os discípulos de ter roubado o corpo de Jesus para provar a ressurreição.

Depois vieram as escolas críticas com Martin Dibelius e Rudolf Butman. Um terceiro movimento, porém, iniciado nos anos 70, com John Dominic Crossan e o “Seminário de Jesus”, perdura até hoje. Mais tarde, Crossan se uniu a Robert W. Funk, também líder de outro movimento com as mesmas posições. O “Seminário de Jesus” é uma coalizão de movimentos liberais, composta de católicos protestantes e ateus. Suas teorias liberais fazem que consideremos o evangelho apócrifo de Tomé mais antigo do que os quatro evangelhos canônicos. Para os integrantes do “Seminário”, Jesus teria sido apenas um homem normal. Não fez milagres, como dizem os evangelhos. E, segundo afirmam, de tudo o que está escrito nos evangelhos somente 2% podem ser atribuídos verdadeiramente ao Jesus original. A morte de Cristo é mais de caráter político que espiritual. E mais: na visão do “Seminário”, Jesus não ressuscitou. A ressurreição, para eles, baseia-se tão-somente nas experiências visionárias de seus discípulos. 

Manipulando o Jesus histórico

De modos diferentes, em épocas diferentes, diversas culturas têm tentado distorcer o Jesus simples dos evangelhos. O Jesus dos evangelhos apócrifos, o Jesus sem carne e osso, desprovido de matéria, dos gnósticos do século 1o da Era cristã, e, atualmente, o Jesus místico da Nova Era não passam de reações da cultura da época, que se recusa a aceitar o Homem de Nazaré exatamente como Ele é. Cada vez que o espírito de uma raça diferente entrou no espírito do evangelho, tentou manipular a figura daquele que é o Senhor da história que, algumas vezes, ficou deformada e irreconhecível.

Assim, em nada nos espanta a invasão do liberalismo que levou muitos no Ocidente a alterar novamente as características do Senhor. Para tanto, esses movimentos, encabeçados por acadêmicos descomprometidos com a fé cristã, buscou utilizar-se de hipóteses e documentos duvidosos sobre Jesus para tecer um amontoado de informações que, longe de acrescentar algo ao conhecimento a respeito de Jesus, distorceu completamente os fatos.

Otto Borchet, em seu livro O Jesus histórico, fez um excelente comentário sobre as várias tentativas históricas de distorcer a imagem de Jesus, conforme nos é fidedignamente mostrada por Mateus, Marcos, Lucas e João, testemunhas oculares ou contemporâneas do Senhor. “Indubitavelmente [...], cada geração que se aproxima da figura de Jesus novamente tem tentado retificar essa imagem no que acha nela deficiente”.

A verdade, porém, é que qualquer tentativa de acrescentar algo ao Jesus bíblico falha.

Outro livro que apresenta os principais estudos acadêmicos atuais dos críticos para tentar reconstruir o Jesus histórico foi publicado em 1998, por Mark Alan Powell. Powell. A obra é um apanhado sobre os vários retratos do “Jesus histórico” apresentado pelos críticos ao longo da história. Assim, R. Horsley vê Jesus como um profeta, G. Vermes como um judeu carismático, Morton Smith como um mágico, B. F. Witherington como um sábio judeu e F. G. Downing como um filósofo cínico. Esses são apenas alguns dos homens que fazem coro com os críticos do “Seminário de Jesus”: J. D. Crossan, M. Borg, E. P. Sanders, J. P. Meier e N. T. Wright.

Contudo, urge esclarecer que quando falamos em “Jesus histórico” estamos, na verdade, tratando de uma expressão não muito definida. O que seria o Jesus histórico? O mesmo Jesus da Bíblia? Caso seja, até que ponto? Trataremos disso logo abaixo.

O Jesus histórico versus o Jesus real

Devemos levar em consideração uma distinção muito significativa levantada pelo crítico John P. Meier, em seu livro Um judeu marginal, qual seja: “Qual é a diferença entre o Jesus histórico e o Jesus real?. Será que existe essa diferença?”.

Meier diz que o Jesus histórico não é o Jesus real. E explica que a noção de real é enganosa, pois existem varias gradações da noção de real. Não podemos nos referir à realidade total de uma pessoa em tudo que ela pensou, sentiu, experimentou, fez e disse. Mesmo com todos os documentos oficiais disponíveis não se poderia descobrir a realidade total de uma pessoa. O máximo que o historiador ou biógrafo poderia montar seria um quadro “razoavelmente completo”.

Os relatos que os evangelhos apresentam de Jesus é justamente isso. Os quatro evangelistas se detêm somente nos três últimos anos de sua vida. Apenas dois deles, Mateus e Lucas, falam sobre sua infância, mesmo assim de modo bem limitado.  A maioria dos atos e palavras de Jesus e os chamados anos obscuros de sua vida ficaram vedados por um véu de mistério. O apóstolo João confirma esta verdade ao narrar em seu evangelho: “Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; as quais, se fossem escritas uma por uma, creio que nem ainda no mundo inteiro caberiam os livros que se escrevessem” (Jo 21.25).

Assim sendo, o Jesus real, mesmo com todos os registros disponíveis sobre Ele, foge à nossa verificação total. Mas Jesus não é o único que enfrenta tal dificuldade, a problemática dessa abordagem se estende a todos os outros personagens famosos da história, como Sócrates, Platão, Augusto, Alexandre, entre outros. Todavia, tal dificuldade está longe de ser um obstáculo à existência de Jesus. Estamos tratando somente sobre a diferença empírica que se impõe entre o Jesus real e o Jesus da história. As informações que subsistiram sobre Jesus, obviamente, nunca conseguirão refletir a totalidade de sua vida. Não obstante, podemos conhecer o Jesus histórico. 

O exegeta D. A. Carson resume a questão com muita propriedade: “Portanto, o fato de que não é possível reconstruir uma vida detalhada de Jesus com base nos evangelhos sinópticos não põe, de modo algum, em dúvida os evangelhos como fontes históricas exatas. Devem ser julgados por aquilo que de fato nos dizem, não pelo que não nos dizem”.

A busca pelo Jesus histórico

Muito embora tenhamos falado que o Jesus real não pode ser resgatado pela pesquisa histórica, no entanto, o Jesus histórico pode apresentar fragmentos do Jesus real. O Jesus histórico é aquele personagem reconstruído pelas informações que chegaram até nós por vários documentos históricos. Alguém poderia nos taxar de fundamentalistas, mas cremos que os poucos registros deixados nos evangelhos sobre Jesus são suficientes para o nosso conhecimento. Na verdade João nos fornece de maneira resumida o propósito dos registros evangélicos sobre Jesus: “Estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31).

Acreditamos que muitos não considerariam de alguma importância uma pesquisa sobre o Jesus da história, antes, se contentariam apenas com o Cristo da fé. Infelizmente, a disposição em pesquisar historicamente Jesus parte, em geral, dos críticos agnósticos e não dos cristãos ortodoxos. Geralmente, para os cristãos ortodoxos, tal busca é de pouca relevância, porque o que vale mesmo é o Cristo da fé. No entanto, esta posição é um grande paradoxo, pois o Jesus da fé não pode ser desvinculado do Jesus da história. A fé cristã não é um salto no escuro. É, em suma, a aceitação de alguém real que viveu no espaço/tempo. Essa busca ressalta que a fé cristã não é uma vaga atitude existencial ou mera maneira de ser, mas, sim, que existe um conteúdo específico na fé cristã, ligado a eventos históricos especiais.

Essa necessidade foi sentida pelos seguidores de Bultmann que, por isso, acabou formando uma nova escola. Bultmann cria que os fatos históricos quanto a Jesus eram irrelevantes, pois o que valia mesmo era o Cristo da fé e o nosso encontro pessoal com Ele, mesmo que este Cristo seja o Cristo emergido das supostas lendas e mitos criados pelos cristãos primitivos, segundo a opinião de Bultmann. Contudo, uma nova busca teve início, pois seus discípulos perceberam que “um rompimento tão completo entre a fé cristã e os liames históricos deixaria a Igreja à deriva e sem condições de reivindicar absolutamente qualquer coisa para si” (Carson p.59).

Gregory A. Boyd, refutando os argumentos do “Seminário de Jesus”, acrescenta: “A verdade teológica baseia-se na verdade histórica”.

O Jesus da história é o mesmo Jesus da fé?

Uma questão derivada da anterior é a relação entre o Jesus de carne e ossos e o Jesus místico (espiritual) adorado pelos cristãos, o que o filósofo e historiador Albert Schweitzer denominou de “o tremendo fosso”. Existe realmente alguma relação entre o Jesus histórico e o Cristo da fé? Porventura seriam o mesmo? A historicidade de Jesus é reconhecida universalmente hoje em dia, tanto pelos cristãos como pelos críticos da fé cristã. Nenhum estudioso sério duvida da existência do carpinteiro de Nazaré. A discussão, entretanto, centraliza-se na sua identidade. Para alguns críticos, como os do “Seminário de Jesus” (EUA), os cristãos teriam alterado a imagem de Jesus, um camponês galileu, atribuindo-lhe uma identidade divina que o próprio Jesus nunca teria reclamado para si. Como um rabino obscuro, e, possivelmente, um operador de curas, poderia ter-se transformado num objeto de adoração de milhões de pessoas em todo o mundo?

A resposta oferecida pelos críticos baseia-se na mesma premissa utilizada para a questão da confiabilidade dos evangelhos. Há um consenso entre esses críticos quanto ao fato de que, não importa quem os tenha escrito, os autores não eram testemunhas oculares e podem ter feito seus registros um século após a morte de Jesus. Isso facilitaria, e muito, que cristãos de gerações posteriores criassem mitos, por meio dos quais o humilde galileu fosse transformado no Filho de Deus, com prerrogativas que só o Deus dos judeus ou, em menor grau, os deuses greco-romanos e das religiões de mistério possuíam. Paulo chega a ser acusado por alguns críticos de ter sido o principal responsável pela transformação do homem Jesus no Cristo divino. Segundo eles, Paulo teria distorcido o evangelho original de Jesus, convertendo-o de um simples rabino inovador em objeto de devoção de seus discípulos posteriores. A evidência histórica, entretanto, aponta em outra direção.

Para Paulo, o Cristo divino e exaltado pela ressurreição é o mesmo Jesus histórico que morreu crucificado e foi ressuscitado ao terceiro dia. Em 1Coríntios 15.3-7, Paulo afirma sua crença nos fatos históricos, circundando a morte de Jesus. Como já vimos em outra parte deste livro, esses mesmos fatos foram asseverados nos evangelhos pelas próprias testemunhas oculares da crucificação e ressurreição de Jesus ou por autores ligados a essas testemunhas.

Os críticos do cristianismo se levantam contra a posição histórico-ortodoxa dizendo que Jesus é uma figura idealizada, um símbolo de fé. No século 19, alguns chegaram até mesmo a duvidar de sua existência. Porém, existem muitas evidências históricas disponíveis sobre Jesus Cristo.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

"neopentecostalização" das Igrejas históricas.

 "neopentecostalização" das Igrejas históricas.










Por Renato Vargens



Volta e meia eu recebo emails, scraps, facebooks e twitters de irmãos, membros de igrejas históricas afirmando que suas igrejas saíram do marasmo espiritual e que pela graça de Deus estão vivenciando um grande e significativo avivamento. Segundo estes, os sinais que confirmam o derramamento do Espírito Santo são sobrenaturais, como louvor profético, revelações, quebra de maldições hereditárias, libertação de espíritos territoriais, dentes de ouro, enriquecimento pessoal e muito mais.





Sei da história de gente que por acreditar que estava debaixo de um grande e genuíno avivamento judaizou a fé, instituiu levitas, ordenou apóstolos, derramou de um helicóptero óleo ungido em uma favela do Rio de Janeiro, fez voto de nazireu raspando a cabeça, enterrou Bíblias nos extremos do Brasil, determinou o fim do pecado através de decretos espirituais, criou novas doutrinas fundamentadas em experiências místicas e muito mais.





Há pouco fui pregar numa igreja histórica que por razões diversas manifestou em sua liturgia todo tipo de confusão teológica. Se não bastasse a ênfase judaizante do culto, percebi também que a igreja em questão havia relativizado as Escrituras em detrimento a paganização da fé. Nesta perspectiva, os intercessores tiveram suas mãos ungidas pelo pastor para que pudessem repreender qualquer espírito maligno que porventura se manifestasse naquele lugar. Para piorar a situação, as canções entoadas pelo ministério de música eram extremamente confusas, cujas letras eram sofríveis, burrificadas e desprovidas de saúde teológica.





Em uma outra e famosa igreja histórica ao chegar ao templo deparei-me com o cartaz que dizia: "Venha participar da corrente das portas abertas! Ore conosco por sete semanas e experimente milagres em sua vida cristã". Numa terceira igreja, o pastor orgulhosamente afirmou: Extingui o conselho da minha igreja! Agora sou livre para ouvir as orientações de Deus e conduzir a minha comunidade segunda a vontade do Espírito Santo! Pois é, nesta perspectiva, o culto desta igreja, tornou-se mistico e irracional onde gritarias histéricas se transformaram na marca principal de uma igreja que abandonou nas prateleiras do gabinete pastoral as Sagradas Escrituras.





Falando em pastor, não são poucos os pastores de igrejas históricas que piraram de vez! Há pouco soube de um que abandonou as Escrituras em virtude da psicologia e que acredita que a psicanalise é a melhor maneira de ajudar o membro de sua igreja a superar os dilemas da vida. Soube de outro que preferiu dar ouvidos aos ensinos maniqueístas instituindo cultos de batalha espiritual onde demônios recebem nomes e a cidade é mapeada, isto sem falar naqueles que andam de congresso em congresso buscando revelações escalafobéticas para fazerem as suas igrejas crescerem.





Caro leitor, diante disto ouso afirmar que um número incontável de igrejas históricas se perderam no meio do caminho. Lamentavelmente boa parte destas que deveriam ser proclamadoras das verdades bíblicas abraçaram o neopentecostalismo, jogando na lata do lixo doutrinas fundamentais e indispensáveis a fé cristã.





A conseqûencia direta disto é a proliferação de heresias cuja disseminação tem produzido a apostasia e o esfriamento espiritual de um número incontável de pessoas que dia após a dia se distanciam das Sagradas Escrituras.





Pois é, diante do quadro pintado pelos artistas da apostasia neopentecostal, como também pelos pintores da teologia liberal, sou tomado pela convicção deas igrejas históricas mais do que nunca precisam priorizar as Escrituras, abandonando ao relento ensinos e doutrinas antagônicos a Palavra de Deus.





Isto posto me sirvo das palavras do Principe dos Pregadores, Charles Haddon Spurgeon que costumava dizer: "Eu quero um avivamento das antigas doutrinas. Não conhecemos uma doutrina bíblica que, no presente, não tenha sido cuidadosamente prejudicada por aqueles que deveriam defendê-la. Há muitas doutrinas preciosas às nossas almas que têm sido negadas por aqueles cujo ofício é proclamá-las. Para mim é evidente que necessitamos de um avivamento da antiga pregação do evangelho, tal como a de Whitefield e de Wesley. As Escrituras têm de se tornar o infalível alicerce de todo o ensino da igreja; a queda, a redenção e a regeneração dos homens precisam ser apresentadas em termos inconfundíveis."





Caro amigo, se a igreja deseja vivenciar um avivamento em terras tupiniquins mais do que nunca necessita regressar à Palavra de Deus, fazendo dela sua única regra de fé, prática e comportamento, até porque, somente assim conseguirá corrigir as distorções evangélicas que tanto nos tem feito ruborizar.





Soli Deo Gloria,





Renato Vargens



terça-feira, 6 de setembro de 2011

OBEDECE OU NAO OBEDECER ESTA SIM É A QUESTAO

OBEDECER OU NÃO OBEDECER ESTA SIM, É A QUESTÃO




Contra quem lutamos?

Quem é o meu maior inimigo?



Deus nos criou para der vida em abundancia, pois seriamos semelhante a Ele.

Mas em nós entrou a morte, por causa do pecado de Adão e Eva.

Mas a vida veio por meio de Cristo Jesus, A Palavra de Deus diz que a vida está Nele Jesus.

Pelo pecado já estou condenado Sabendo dessa situação, que a nós nos foi revelada através da sua palavra, ainda sim vacilamos e pereçamos por quê?



Obedecer ou não obedecer esta é a questão, mais a obedecer a quem?

A mim mesmo, o meu próprio eu;

Ou A palavra de Deus, que é o filho (O Verbo).

Quem eu obedeço?



A eu mesmo, aos meus próprios Desejos, egoísmo, minha libertinagem, minha carne, as minhas leis...

Ou as palavras de Deus, a palavra da vida, da graça e do amor incondicional da justiça e da vida eterna.(salvação).

Seremos julgados por desobediência e por viver uma vida na pratica do pecado.

Quem nos condena é a sua palavra a sua Lei e a sua Justiça (Deus).



O que fazer? Negar a mim mesmo?



O meu maior inimigo sou eu mesmo, não é satanás, satanás não pode me condenar nem nos levar para o inferno. Eu e você só iremos para o inferno por desobediência a Palavra de Deus e pecarmos contra Ele Deus, e contra o próximo.



Satanás não esta no controle da minha vida e nem da sua vida, se eu e você arrepender dos nossos pecados e voltarmos ao primeiro amor,teremos a graça.



Satanás já está julgado e condenado. É Deus que esta no controle de nossas vidas,senão nós não seriamos julgado pelo nossos pecados, ele sim satanás seria julgado por nós, mas não é isto que a Palavra diz.



Pela sua boa vontade e o efetuar de Deus, Deus a nós, eu e você , nos deu toda e ultima decisão de nossas vidas (livre arbítrio), somos nós que decidimos,sou eu que decido.



satanás pode me enganar, influenciar e convencer a pecar e a desobedecer a Deus.

Irmaos nao deixem que satanás entra e controle a sua vida sua mente e os seu desejo seja as coisas do reino de Deus ...O Senhor Jesus é o caminho é a verdade e a vida,Ninguém vem ao Pai,a não ser por Mim;disse Jesus.



Arrependa-se do seu pecado, eu já arrependi dos meus.

Deus seja louvado A Ele toda honra toda glória ,Cristo Jesus é o alvo é a salvação.



Por Joel wilkerson texto a corrigi texto finalizado no blog graça e paz!





Por que a Biblia diz sexo antes do casamento é pecado?

Por que sexo antes do casamento é pecado?


A resposta simples é: porque a Bíblia diz. No entanto, diferentemente de outros mandamentos, a proibição de fornicação (sexo antes do casamento) é difícil de ser simplesmente aceita . Não ouvimos por aí ninguém questionando porque devemos devemos não matar, roubar, ou mesmo amara ao próximo como a si mesmo. Quando se fala em se manter virgem até o casamento, até mesmo cristãos de verdade (muitos só se dizem cristãos) têm seus questionamentos. Não que alguém duvide que seja errado, só não se sabe bem porquê. De fato, como obedecer algo que não entendemos é muito mais difícil, muitos caem em tentação pela ignorância de não compreenderam a maravilhosa vontade de Deus.

Abstinência antes do casamento melhora vida sexual, diz estudo .

Há algum tempo atrás, quando sua avó se casou, por exemplo, essa dúvida nem seria trazida à baila. Tão claro como hoje as pessoas sabem que não deve se matar ou roubar, se sabia que o sexo era para depois do casamento (ao menos para as mulheres). Hoje em dia, fazer sexo fora do casamento é "normal" e ter uma vida sexual ativa é aclamado como sendo necessário para que a pessoa seja saudável e "de bem com a vida". No entanto, esse mandamento veio diretamente de Deus e, ainda que o mundo cada vez mais tente levar-nos a crer que guardar-se para o casamento é sem sentido e ultrapassado, tem em si a perfeição que tudo que vem de Deus possui.

Muitas pessoas não sabem nem ao menos onde se encontra na Bíblia esse mandamento.





Então vamos começar por aí. Dependendo da tradução as palavras mudam, mas você pode encontrar esse mandamento em Atos 15:20, 15:29, 21:25.

"mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, das relações sexuais ilícitas, do que é sufocado e do sangue. At. 15:20





"Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e das relações sexuais ilícitas; e destas coisas fareis bem de vos guardar. Bem vos vá.At. 15:29

"Quanto aos gentios que creram, já lhe transmitimos decisões para que se abstenham das cousas sacrificadas a ídolos, do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas." At.21:25

Mas o que a Bíblia diz sobre o sexo:





1. Deus é a favor do sexo. Ele o criou puro, limpo, bonito e deseja que suas criaturas o desfrutem plenamente no casamento.





2. O propósito do sexo é:

A. Procriação - a extensão do amor dos pais na concepção dos filhos.

B. Comunicação - unidade conjugal.

C. Recreação - o prazer conjugal.





3. Deus planejou o sexo para o casamento.

Confira em Gen.1:28 Hebreus 13.4 ; 1 Tessalonicenses 4. 3-8 ; 1 Coríntios 6. 12-20.

"Então Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra." Gn. 1:28

"Honrado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; pois aos devassos e adúlteros, Deus os julgará." Hb. 13:4

"Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o seu próprio corpo em santidade e honra, não com desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém iluda ou defraude nisso a seu irmão, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos. Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santificação. Portanto, quem rejeita isso não rejeita ao homem, mas sim a Deus, que vos dá o seu Espírito Santo. " I Tessalonicenses 4. 3 ao 8.

Diante da avalanche devastadora que atualmente tenta transformar o sexo antes do casamento em um fato normal e totalmente aceitável; devido a força implacável que a pressão dos amigos e da mídia exerce; pela assustadora proliferação do sexo precoce, é evidente a necessidade de um estudo claro, amplo, franco, aberto sobre estas questões tão polêmicas, e que são tão reais à sua problemática de vida.

Então você já sabe que é errado, mas por que é errado?

Como qualquer outro pecado, sexo antes do casamento, tem suas conseqüências...

1. Efeitos Físicos

- Perda da virgindade;

- Gestação inesperada;

- Filho ilegítimo;

- Aborto;

- Casamento forçado;

- Doenças venéreas.





2. Relacionamentos Desfeitos

Muitos namoros e noivados terminam justamente devido ao envolvimento sexual. O sexo, que foi idealizado por Deus para ser uma bênção quando praticado sob Seus princípios, torna-se uma catástrofe.

Para os dois jovens envolvidos é muito complicado desfazer o relacionamento, livrar-se dos elos que os encurralou, equacionar as dificuldades mútuas e as brigas constantes que surgem em decorrência. Há também a chance concreta de um dos dois sentir-se usado pelo outro e, quando a relação termina, esse é um fator que machuca demais.





3. Culpa

Assim como muitas formas de imoralidade e desobediência dos padrões divinos, o sexo antes do casamento também produz culpa.





4. Abalo emocional

O preço emocional para uma imoralidade sexual é imensurável. Suspeita, desapontamento, tristeza, stress, sentimento de vazio são algumas emoções destrutivas que a sucedem.

Uma garota afirmou:

- Depois da experiência você fica mais dependente do que nunca do rapaz. Ele é a sua vida e você se sente inteiramente vulnerável. Quando meu namorado terminou comigo senti-me péssima, horrível. Ao saber que após uma semana ele já tinha outra, fui invadida por um sentimento de rejeição desesperador.

Eis o depoimento de outra moça:

- Pensei que a relação sexual seria mais satisfatória, mas me enganei. Confessei a Deus o que fiz. Sei que Ele me perdoou. No entanto, o que me entristece, é que nunca mais receberei minha virgindade de volta. Temo pelo dia em que terei que contar ao homem que o Senhor tiver escolhido e separado para mim, que ele não será o primeiro.





5. Ataques Contra a Auto-Estima

A causa para um envolvimento sexual antes do casamento, também pode vir a ser uma de suas conseqüências. Envolvimento sexual fora do casamento acentua os sentimentos de insegurança, humilhação e as dúvidas pessoais.





6. Escravidão Espiritual

A Palavra de Deus declara em 1 Pedro 2.11: "As paixões carnais fazem guerra contra a alma." e em 1 Pedro 5.8, o apóstolo menciona o diabo como nosso adversário, que anda ao nosso redor como leão que ruge à procura de alguém para devorar. O sexo é o meio pelo qual Satanás escraviza os seres humanos física, emocional e espiritualmente - ao mesmo tempo - em diversas oportunidades.

O pecado sexual prejudica o relacionamento e o caminhar do adolescente com Deus. Já observei que jovens mergulhados em uma relação ilícita são mais vulneráveis a outras tentações.





Acima de todas essas razões, fazer sexo fora do casamento implica em desobedecer uma determinação de Deus. Quando pecamos contra Deus pagamos o preço. O Espírito Santo se entristece e se afasta, decepcionamos a nosso Senhor e Salvador - que nos garantiu que nunca sofreríamos tentação que não pudéssemos resistir e atendemos a concupiscência da carne, voltamos a agir como a velha criatura, voltamos ao jugo de Satanás.

Cabe a cada um de nós resolver o que fazer... Lembre-se "Tudo posso naquele que me fortalece." Inclusive esperar..

Fonte: Evangelização Pessoal

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

2011PODE UM CAMELO PASSAR PELO FUNDO DE UMA

segunda-feira, 5 de setembro de 2011PODE UM CAMELO PASSAR PELO FUNDO DE UMA AGULHA?


Por Gilson Barbosa





Qual o significado, em Mateus 19.24, sobre a expressão: “um camelo passar pelo fundo de uma agulha?”





“E, outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus” Mt 19.24





Esta narrativa bíblica também se encontra em Marcos 10.17.22 e Lucas 18.18-23 e conta-nos a história do jovem rico que se encontrou com Jesus e foi logo perguntando: “Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?” Depois de uma rápida conversa e da proposta final de Jesus, a Bíblia diz que o jovem “... retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades”. Ao que Jesus disse, aos discípulos, as palavras do texto supracitado.





Há pelo menos três pensamentos sobre o que significa o texto:





· A indicação de que camelo, no texto, seria uma corda ou cabo.





Alguns manuscritos bíblicos traduziram a expressão Kámelos (animal literal), por Kámilos (corda ou cabo). E os que defendem esta tradução dizem que Kámelos é uma tradução errada do grego original. Entretanto, conforme afirma Russel Norman Champlin (ver bibliografia), essa intenção “... teve por finalidade diminuir a possibilidade do ato”.Esse primeiro significado então é precário, pois, no original não aparece Kámilos, mas, Kámelos.





· A sugestão de que a expressão “agulha” era o nome de uma porta em Jerusalém.



Neste caso, diz um autor franciscano: “Jesus... compara o rico que quer entrar no reino do céu ao camelo que tem de atravessar o fundo de uma agulha... e lembrava o que se via fazerem às portas de Jerusalém os camelos que chegavam de regiões distantes carregados de fardos e preciosidades para entrarem na cidade: tinham de se curvar quase até ao chão ou depor a carga” (SOARES, Ebenézer Ferreira. Dificuldades Bíblicas e outros estudos. Casa Publicadora Batista, 1970). No entanto no original grego agulha, nos textos acima citado, não se refere à porta e nem há exatidão, por parte dos estudiosos, sobre a existência de tal porta em Jerusalém.





· O sentido é literal.





Longe de nós tratarmos a riqueza como algo mal, pois Jesus disse em Marcos 10.24: “... quão difícil é, para os que confiam nas riquezas, entrar no reino de Deus!”. Há na Bíblia vários relatos de pessoas ricas que serviram e seguiram a Jesus.No entanto, o que Jesus deixa evidente no texto, é o apego exagerado às riquezas, do jovem, com a adição de uma atitude egoísta, pois o mesmo “... pesaroso desta palavra [de Jesus], retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades”.



O apóstolo Paulo não fala que o dinheiro é a raiz de todos os males, mas sim, o amor ao dinheiro: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1 Tm 6.10). A lição que Jesus quis dar, é que o ser humano deve se deleitar dos seus bens em conformidade com a vontade divina, para não se tornar escravo de suas posses e abandonar o seu próximo. “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Mt 6.24).