domingo, 30 de outubro de 2011

a insanidade do coração


O Salmista sentia sua necessidade de orientação divina. Ele acabara de descobrir a insanidade de seu próprio coração e, pra que não fosse constantemente arrastado sem rumo por ele, tomou a decisão de buscar o conselho de Deus para guiá-lo dali por diante:


“Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória”
(Sl 73.24).


Um senso de nossa própria tolice é um grande passo em direção à sabedoria, quando ela nos leva a apoiar-nos na sabedoria do Senhor. O cego ampara-se no braço do amigo e chega ao lar em segurança, e de igual modo entregar-nos-íamos implicitamente à orientação divina, nada duvidando; confiantes de que, embora não possamos ver, é sempre seguro confiar no Deus que tudo vê.


“TU ME GUIAS” – é uma bendita expressão de confiança. Ele estava certo de que o Senhor não deixaria de atendê-lo nesta tarefa – Há uma palavra para você, ó crente, descanse nela. Esteja certo de que seu Deus será seu conselheiro e amigo; Ele o guiará; Ele o levará a todos os seus caminhos.


Em sua Palavra escrita, você encontra esta certeza em parte realizada, pois a Escritura Sagrada é o conselho de Deus para você. Felizes somos nós que temos a Palavra para guiar-nos sempre! O que seria do marinheiro sem a bússola? E o que seria do cristão sem a Bíblia?


Este é um mapa infalível, um mapa que aponta cada escolho, todos os canais com bancos de areia destruidores e o porta de salvação mapeados e marcados por Quem conhece todo o caminho.

Bendito sejas Tu, ó Deus, porque podemos confiar em Ti para guiar-nos agora, e guiar-nos sempre, até o fim! Depois desta orientação ao longo da vida, por fim o salmista vislumbra uma recepção divina: “E depois me recebes na glória”.

Que pensamento para você, crente! O próprio Deus o receberá na glória! Vagueando, errando, extraviando-se, mas, apesar disso, Ele o conduzirá salvo por fim à glória! Esta é a sua porção; viva alicerçado nesta esperança hoje, e, se as perplexidades o cercarem, vá na força deste texto diretamente ao trono.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Verdades sobre a Reforma que ainda precisamos resgatar


Verdades sobre a Reforma que ainda precisamos resgatar


Estamos na Semana da Reforma. 31 de outubro de 1517, Wittenberg, Alemanha. Um novo tempo começava, das ânsias guardadas no cerne de corações inflamados, surge uma nova forma, Reforma. Como um abençoado eco de Wycliffe (1328-1384), cujos ossos foram queimados trinta anos depois de sua morte, e de John Huss (1373-1415), o “ganso” que profetizou sobre o “cisne”, um tempo de redescobertas começava.

Na porta da igreja do castelo de Wittenberg, 95 teses começavam a desmontar uma história de opressão teológica. A vida de Lutero era marcada por um demolidor peso de culpa e senso absurdo do pecado, até o dia em que ele se depara com Rm.1.17, onde sua mente é aberta para a verdade transformadora da justificação por graça e fé. No século XIX, a frase mais conhecida da Reforma seria popularizada: “Ecclesia reformata et semper reformanda est” (“A igreja reformada está sempre se reformando”).

Quais são as principais verdades sobre a Reforma que ainda precisamos resgatar?

I – O resgate da justificação do pecador por graça e fé

Questão central do Evangelho: Como podemos, míseros pecadores, ser alvos da graça de Deus? John Stott dizia que “ninguém entende o cristianismo, se não entende a palavra ‘justificado’". A justificação por graça e fé começa onde há libertação dos esquemas de merecimento: indulgências, peregrinações, penitências, ativismo eclesiástico.

Reafirmar esse princípio nos leva a desmascarar teologias que priorizam o ter em detrimento do ser. É o efeito Lutero destruindo a tirania do merecimento.

II – O resgate da autoridade normativa das Escrituras

A redescoberta do evangelho tem passagem obrigatória pela oração e estudo da Palavra. Na época de Lutero, a hermenêutica estava presa aos esquemas próprios e tendenciosos de interpretação da igreja. A reforma afirma que as Escrituras têm autoridade suprema sobre qualquer ponto de vista humano. Não somos chamados a pregar uma teologia, mas o evangelho!

Lutero dizia que “no momento em que lemos a Bíblia é quando o Diabo mais se apresenta, pois tenta nosso coração a interpretar as verdades lidas segundo nossa própria vontade, e não segundo a vontade soberana de Deus”.
É preciso redescobrir a centralidade da Palavra. Reafirmar esse princípio nos leva hoje a questionar nossa hermenêutica, a assumir uma atitude bereana (At. 17. 10, 11), uma atitude de quem pensa.

III – O resgate da igreja como comunhão dos santos

Lutero amava a igreja, não queria dividi-la, mas oferecer-lhe um caminho de cura. A igreja era governada pelo Papa, e não por Cristo. Somente o clero possuía a Bíblia, isso sem falar no acúmulo de riquezas e poder da igreja enquanto o povo sofria na miséria (isso lembra alguma coisa?). Para Lutero, a igreja é o “autêntico povo de Deus”, os líderes servem à igreja, e não podem se servir dela. Por isso Lutero reafirmou o sacerdócio geral de todos os crentes – todo cristão tem a responsabilidade de anunciar o evangelho.

Reafirmar esse princípio hoje, numa sociedade do egoísmo, do individualismo e da indiferença, é assumir um chamado ao arrependimento. Esse arrependimento abrange todos os “caciques denominacionais” que ainda exploravam o povo, até às mentalidades ingênuas que, por preguiça mental, nunca progridem na fé.

IV – O resgate da liberdade do cristão

Lutero redescobre o prazer de ser livre. Como somente Deus é livre, ele nos concede a liberdade por meio de Jesus Cristo (Jo. 8.31,32 e 36). Lutero perguntava: “para que serve a liberdade do cristão?”, ao que ele mesmo respondia: “o cristão é livre para amar”. Estamos dispostos a amar hoje?

Reafirmar esse princípio significa reavaliar todo e qualquer sistema de submissão opressiva, legalismos asfixiantes, estreitamentos neurotizantes, experiências carismáticas carentes de misericórdia, que destroem a liberdade.

V – O resgate da centralidade da cruz de Cristo

Através da libertação em Cristo, o cristão se torna “um Cristo para os outros”(Lutero), portanto, quem é cristão não pode dominar sobre os seus semelhantes, sob pretexto algum. Antes, solidariza-se com o sofredor, ajudando-o a carregar a cruz. Na cruz, o cristão vê crucificado o mundo. Dela vem a nossa vocação para estabelecer o reino de justiça, igualdade e paz. É o sinal supremo do amor de Deus.

Reafirmar esse princípio significa voltar à verdade de que não somos celebridades, mas servos. Como um cristão do passado dizia, “a vida oferece somente duas alternativas: autocrucificação com Cristo ou autodestruição sem ele”.
Somos chamados a discernir o espírito de cada época. Será que estamos dispostos a assumir o “efeito Lutero” em nossa prática teológica atual? Que a igreja seja sempre uma “igreja reformada, sempre se reformando”.
Até mais...
Alan Brizotti

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Afinal, quem precisa de igreja?


Afinal, quem precisa de igreja?



 Alan Brizotti
Esse post é baseado num estudo que ministrei numa igreja aqui em Goiânia, a partir do texto de Apocalipse 1.

J F Powers escreveu algo intrigante sobre a igreja: “Esta é uma grande e velha nave. Ela range, balança, rola, e às vezes faz com que a gente queira vomitar. Mas ela chega ao destino. Sempre chegou, sempre chegará, até o fim dos tempos. Com ou sem você”.

João da Cruz dizia que “a alma virtuosa que está só, é como a brasa que está só: ao invés de esquentar, tornar-se-á cada vez mais fria”. A igreja sempre esteve na fronteira entre a maravilha e o caos. Entre a glória e a vergonha. Entre o céu e o inferno.
Não é privilégio do nosso tempo uma igreja em crise. A igreja de Corinto era formada basicamente por mercadores judeus, ciganos, gregos, prostitutas, idólatras pagãos e gente de mentalidade sexual deturpada. Os primeiros capítulos mostram Paulo preocupado com uma pergunta: “exatamente, o que é isso que se chama igreja?” Paulo jamais fez essa pergunta sobre o judaísmo ou qualquer outra cultura pagã. Mas o enigma da igreja preocupou o apóstolo.

Por isso, Paulo procura em sua primeira carta aos Coríntios, palavras certas para descrever o mistério da igreja: lavoura, edifício? Até que no capítulo 12 ele usa a metáfora que se encaixaria com perfeição: corpo!

Como todo corpo a igreja tem dores. É de sua natureza o conflito. Flannery O’Connor escreveu algo terrivelmente verdadeiro: “o culto era tão horrível [na minha igreja] que deveria haver algo mais nele para que o povo continuasse vindo”.
Não é por acaso que o Novo Testamento insiste obstinadamente em apresentar a igreja mais como família do que como instituição: você conhece alguma família perfeita? A famosa igreja primitiva é descrita em riqueza de defeitos!

Vamos analisar um pouco mais de perto essa pergunta: “quem precisa de igreja”?

1. Não preciso de igreja, preciso ser igreja

O grande equívoco da geração envenenada pelo câncer da rivalidade e da crítica maldosa está no olhar errado: a postura de consumidor: “divirta-me”; “dê-me algo de que eu goste”. Quando o centro do culto está em mim, não sou igreja – o foco precisa estar em Deus! Apocalipse é o padrão: começa com a visão extraordinária da pessoa bendita de Cristo. Quando somos cristocêntricos, somos igreja!

Deus, não a congregação, é o mais importante. Quando me proponho a focar o palco e seus atores medíocres, vou acumular decepções, mas quando enxergo a cruz e mantenho os olhos para além do que acontece no palco, vejo a graça – vejo Deus!

A igreja – principalmente as pessoas que a Bíblia expõe – sempre foi marcada por decepções. Em Lc. 10. 1-23 Jesus faz um teste: envia cerca de 70 discípulos sem sua presença entre eles para várias cidades. A igreja em teste! Voltaram e Jesus em sua leitura detecta um grave perigo: o fascínio pelo poder, pela mágica, pelo êxtase!

A Igreja sempre vai ter decepções. Você não está num filme hollywoodiano, mas na vida comum das pessoas. Somos igreja e Jesus nos ama assim.

2. A tentação da espiritualidade em série

É o mal de Procusto. A mentalidade de gueto. A maldição do tribalismo. É o nazismo religioso. Conheceu um, conheceu todos. Se procuro uma igreja "como eu" estou destruindo todos os sinais da diversidade. É o Apocalipse e as sete igrejas, com suas idiossincrasias, seus defeitos e manias, suas virtudes e alegrias – sua celebração das diferenças.

Preciso entender que gente diferente de mim pode ser uma grande bênção no caminho da adoração. Philip Yancey escreveu: “como é fácil nos esquecermos que a igreja cristã foi a primeira instituição na história do mundo a nivelar num mesmo patamar judeus e gentios, homens e mulheres, escravos e livres”.

A igreja unia e ainda une em torno da mesa: é a Ceia, a celebração que cura o Éden: no jardim, o homem sem Deus comeu e pecou; na Ceia, o homem com Deus, come e celebra a vida. Ceia solitária não celebra, é apenas lembrança triste de um paraíso sem comunhão!

3. Não se pode fugir da igreja, apenas de um templo

Assim como não se consegue fugir da casa, mas somente de casa. Foge-se de uma geografia (paredes numa rua), mas não do estado de espírito que o lar representa. Alguns fogem da geografia do templo, apenas para tornarem-se alvos da missão da igreja: os que estão lá fora! A igreja é missionária! Se você sair, a gente vai atrás!

William Temple disse que “a igreja é a única sociedade cooperativa no mundo que existe em benefício dos que não são membros”. A igreja verdadeira trabalha, é movida pelo servir. Sua natureza aponta para fora do templo: para os que estão à margem do caminho. Repito: se você sair, a gente vai atrás!

É o Pai do filho pródigo esperando e correndo (Lc. 15. 11-32); é o pastor indo atrás da ovelha que se perdeu (Mt. 18. 12, 13); é Jesus tratando como amigo o traidor Judas (Mt. 26. 50), indo atrás de Pedro no barco (Jo. 21); é o recado à igreja de Éfeso, (Ap. 2. 5): “lembra-te de onde caíste”. As portas da igreja estão sempre abertas para quem saiu do templo pensando ter saído da igreja.

4. É impossível fazer parte da história de Deus no mundo sem passar pela igreja

Apocalipse é taxativo nesse ponto: João vê Jesus Ressurreto, e ao invés de descortinar os eventos futuros e revelar logo o céu, passa pela igreja – uma não, sete!

Antes mesmo de falar ao mundo, Jesus fala à igreja. Em João 15. 16, o mesmo apóstolo declara o que Jesus vaticinou: “Não foram vocês que me escolheram, eu escolhi vocês”. A igreja é o risco que Deus quis correr. Dorothy Sayers lista três humilhações que Deus enfrentou na história: a encarnação, a cruz e a igreja.

A igreja é o elogio de Deus à raça humana: é Deus resolvendo habitar em nós através do Espírito. O mesmo Deus que esteve acima de nós (Antigo Testamento), e ao nosso lado (Novo Testamento), agora está dentro!

Eugene Peterson escreveu algo sobre esse aspecto do Apocalipse em relação à igreja que preciso reproduzir aqui:

O Evangelho nos leva à vida comunitária. Uma das principais mudanças que o Evangelho opera é gramatical: “nós” ao invés de “eu” e “nosso” em vez de “meu”. Quando se voltou na direção da voz de trombeta que chamava sua atenção, a primeira coisa que o apóstolo João viu foram os sete candelabros de ouro, que são as “sete igrejas”. Então, no meio deles, viu “alguém semelhante ao filho do homem”, Jesus, o Cristo. É impossível ter Cristo sem a igreja. Nós tentamos. Gostaríamos muito de evitar o envolvimento nas contradições e distrações das outras pessoas que acreditam nele, ou afirmam que creem. Desejamos o Cristo que é apenas bondade, beleza e verdade. Preferimos adorá-lo diante de um magnífico pôr-do-sol, das notas inspiradoras de uma sinfonia que nos eleva, ou de uma poesia tocante.

Gostaríamos de colocar a maior distância possível entre nossa adoração e a indiferença e o moralismo exagerado que sempre conseguimos, de uma forma ou de outra, encontrar na igreja. Somos ardentes para com Deus, mas frios para com a igreja. Não é a falta de religião ou indiferença que faz muitos se afastarem; é exatamente o oposto: eles entendem e experimentam a igreja como um poluente cancerígeno no ar puro de sua religião. Muitos, desejando alimentar a fé em Deus, em lugar de se integrar a uma companhia de santos que continuam a parecer e agir como pecadores, fazem uma longa caminhada por uma praia, escalam uma montanha, ou se dedicam a ler Dostoiévski, Stravinsky ou outro.

Mas o Evangelho diz não a todo esse esteticismo pretensioso: “Escreva às sete igrejas”. Seria mais de nosso agrado ir diretamente da visão maravilhosa de Cristo (Ap. 1) para o êxtase glorioso do céu (ap. 4 e 5), ou então para as grandes vitoriosas e batalhas contra a perversidade do dragão (Ap. 12 a 14). Mas é impossível. É necessário lidar antes com a igreja. 
A ação de Deus na história passa pela igreja!


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terça-feira, 18 de outubro de 2011

VERDADEIROS ADORADORES


Os verdadeiros adoradores

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“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” (João 4.23)

Introdução:

Quem são os verdadeiros adoradores? Quais atitudes são vividas por eles e que tocam o coração de Deus? O estudo de hoje está baseado em João 4.23, quando Jesus afirma para a mulher samaritana, que a hora era chegada em que os verdadeiros adoradores iriam adorar o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai os estava procurando. À Luz desse texto, abordaremos algumas verdades que dizem respeito a esses servos que são autênticos, e que adoram e glorificam ao Senhor com suas vidas.

I – Os verdadeiros adoradores são procurados por Deus.

O texto que lemos nos afirma que Deus está procurando. Ele procura porque não há muitos! Procura porque são especiais e precisam ser encontrados. A Igreja de Cristo tem vivido dias de intensa adoração. Isto tem sido percebido através das prédicas, dos congressos que são realizados, no contexto da liturgia, dos grandes eventos de músicas gospel e outros. A adoração tem sido a tônica, o pulsar na vida de muitas. A realidade que tem sido vista e percebida é a de multidões e multidões dos que se dizem adoradores diante do Pai. Contudo, a pergunta que fica é: quantos de fato são verdadeiros adoradores? Quantos estão sendo encontrados no centro da vontade de Deus? Os genuínos adoradores que Deus procura, são aqueles que um dia entregaram por completo suas vidas para o controle total de Cristo. Para eles o viver é Cristo e o morrer é ganho. (Fl 1.21) Eles não adoram pelo que Cristo os dá, mas, pelo que Cristo é e representa em suas vidas. Não são movidos pelas circunstâncias, mas proclamam como Habacuque falou um dia: “Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação”. (Hb 3.17,18) Eles negaram a si mesmos, tomaram a sua cruz e seguiram a Jesus. (Mt. 16.24) Esses são os autênticos adoradores que estão sendo procurados por Deus. Você é um verdadeiro adorador?

II – Os verdadeiros adoradores adoram em espírito e em verdade – Rm 12.1

De forma objetiva o texto lido nos afirma: “... em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade;” Há uma relação íntima do verdadeiro adorador com Deus. A adoração é em espírito e através da fé. É exercida também em verdade. Ela é fruto da sinceridade de um coração quebrantado e verdadeiro diante do Pai. Uma adoração exercida na sinceridade plena desse coração que sabe plenamente que Deus está recebendo a sua adoração. Você consegue imaginar a grandeza e plenitude desses momentos com Deus. O Pai procurou e encontrou o verdadeiro adorador! Esse se alegrou por ter sido encontrado por Deus! Um grande milagre começa a acontecer através do quebrantamento e entrega desse adorador que adora na certeza de que Deus está recebendo a sua adoração. Nesse contexto, o coração é aberto, lágrimas são derramadas e respostas de Deus são ministradas a esse coração. Esse milagre é para mim e você se assim formos encontrados pelo Deus que nos salvou.

III – Os verdadeiros adoradores tocam o coração de Deus com sua adoração.

O homem foi criado para glorificar a Deus. Entendemos então que o coração de Deus é tocado e alegrado, através da adoração dos verdadeiros adoradores. Ela é plena, pois, não consiste apenas nos momentos de liturgia ou íntimos que passamos com o Senhor. Ela vai além! Ela toca o coração do Pai, pois a vida do adorador é um culto ao Deus que o salvou. O cristianismo para esse crente não é apenas religião, mas, se tornou o seu estilo de vida. Isto, porque ele dá um bom testemunho diante da sociedade, é fiel para com Deus, vive em oração, se envolve com a Palavra e prima pelos valores do Reino. Essa é a adoração que alegra o coração de Deus e resulta em grandes respostas na vida do adorador.

Conclusão:

Como temos sido encontrados diante de Deus? Será que Ele tem nos visto como verdadeiros adoradores? Temos adorado em espírito e em verdade? Nossa adoração está tocando o coração de Deus? A resposta para essas perguntas está em cada um de nós, e somente nós temos a condição de tomar as decisões, para sermos encontrados no centro da vontade de Deus. Somente nós podemos decidir, para sermos achados como verdadeiros adoradores ou não, diante do Pai.

Pr. Waldyr do Carmo

domingo, 16 de outubro de 2011

o rico e lazaro;


COMENTARIO SOBRE A PASSAGEM DO RICO E LAZARO.
(Lc 16;19-31)
Contexto é de cunho social.
Repare o contexto, das parábolas anteriores e posteriores a essa referida.
-Lazaro era um nome comum entre judeus (significado ajuda de Deus ou socorro de Deus) aquele que só Deus pode ajudar ou socorrer.
-Nas parábolas Jesus não cita nomes, mas nessa passagem, que muitos dos estudiosos consideram como parábolas e outros não pela sua característica literária.
Jesus citou dois nomes como de:
-Abraão (se refere ao pai da fé ,cristã ou monoteísmo,do Deus eterno) o terno usado Abraão ou seio de Abraão a nós remete o mesmo significado de paraíso ou céus para nos (banquete  festivos no céu junto Abraão e Moises entre outros ).
-A utilização do termo ou palavra Abrão ou pai (é a necessidade do judeu em não falar o nome de Deus o “eterno” em vão). Nesse caso é A mesmo referencia dada a Pedro para igreja.
-Lazaro foi citado acima o seu significado.
-Temos que lembrar que Jesus dirigia a palavra diretamente aos judeus (fariseus e saduceus), fez uma aplicação dentro do contexto e amplitude que os judeus poderiam compreender e entender conforme o seu conhecimento nas escrituras e nas tradições judaica dos judeus.    
19- Ora, havia um homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo, e todos os dias se regalava esplendidamente.
20 Ao seu portão fora deitado um mendigo, chamado Lázaro, todo coberto de úlceras;
Havia um homem, este homem é um fariseu rico que não se importa com a miséria do outro. Era egoísta e se utilizava da lei apenas para beneficio próprio.
Para os judeus, aqueles que eram prósperos, era aquele que estava sendo abençoado por Abraão , os filhos de Abraão ou seja da mesma linhagem dos patriarcas,  teria que ter poses e ser prósperos, os doentes ou os pobres não eram diretos da mesma linhagem de Abraão ou estava em constante pecado ou maldição.
Estes ficavam exclusos da sociedade (param fora do portão) e sofria penas por isso (as feridas ) eram  descriminados.
22 Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado.
23 No hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão, e a Lázaro no seu seio.
24 E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.  
 Ao morrer o rico foi sepultado no hardes (lugar de sofrimento para abrigar as almas     dos ímpios) ate o juízo final.
O rico olhou para cima e viu Abraão e lazaro ( o rico não argumentou com lazaro, e sim  com o pai Abraão ) lazaro não podia ler o rico algo de especial chamava a sua atenção. isto nos mostra que os judeus como filhos podem não alcançar a salvação se não seguir os preceitos, a lei ( não que lei salva, mais indica a sua plenitude que é Cristo Jesus)  a promessa no messias.

25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males; agora, porém, ele aqui é consolado, e tu atormentado.

26 E além disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de lá passar para nós.
 texto fala que o rico recebeu coisas boas (atenção e não fez delas boas coisas) quando somos abençoados é para ser abençoador, abençoar os próximos, com as nossas prosperidades capacidades e dons em prol do reino. Mais o mendigo recebeu coisas má  mas não praticou a maldade.
A um grande abismo entre os dois lados, sorte que um não pode passar de um lado para outro,
O texto indica que não  ha salvação após a morte. O momento de se render e de se arrepender do pecado é agora nesta vida é hoje.depois não haverá a possibilidade da salvação. A salvação esta agora em Cristo Jesus o nosso senhor e salvador.      

27Disse ele então: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,

28 porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham eles também para este lugar de tormento.

29 Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.

30 Respondeu ele: Não! pai Abraão; mas, se alguém dentre os mortos for ter com eles, hão de se arrepender.

31 Abraão, porém, lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.

           
.o rico pede ao pai Abraão que mande a lazaro de volte a avise os seus familiares, para que eles não sofram, o que ele o rico  esta sofrendo ,
Mas não há possibilidade de isto acontecer a reencarnação, ou a ação de espírito para voltar a terra e pregar (ou avisar)
O Senhor Jesus,nos ensina que os que viveram antes Dele estavam respaldados pela palavra e pela promessa. Que foi pregado por pai da fé Abraão que creu e por Moises e os profetas.

Mas para nós nos dias de hoje aplicação é cremos e seu Nome (Jesus) e na sua palavra e obra e na sua graça.
Jesus nos convida sempre a tomar consciência dos verdadeiros problemas do mundo e a atuar num empenho cristão, que não se limita a alguma esmola, mas procura ir às causas da desigualdade, das injustiças, com obras de partilha e de solidariedade. Quantas coisas supérfluas nós temos? Quanto tempo da nossa vida desperdiçamos com coisas inúteis? Quantas coisas podemos fazer pelos mais necessitados e não o fazemos? Ele não nos condena se usarmos coisas materiais boas, o que ele denuncia é se isso significa egoísmo e indiferença para com os nossos irmãos mais necessitados.
Também Lucas continua a denunciar o mau uso do dinheiro por parte de alguns à custa da miséria de tantos. Na parábola do homem rico e do miserável Lázaro,. O que o separa do miserável Lázaro é apenas a porta de sua casa. Ele não acolhe o pobre. Este leva uma vida dura; não só é desprovido de bens, mas se encontra doente e desabrigado. Seu corpo não é coberto de roupas finas, mas de muitas feridas. Ele quer matar sua fome com o sobejo da mesa do rico. Sua companhia são os cães sujos que se aproximam dele para lamber-lhe as feridas. Faminto e doente, vive na sujeira das ruas. Mas, diferentemente do rico, Jesus faz questão de lembrar o seu nome: Lázaro (Deus ajuda).
Jesus é o nosso socorro :

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

AS PORTAS DE JERUSALÉM


AS PORTAS DE JERUSALÉM (Subsídio EBD)

Por Gilson Barbosa
Deus nunca nos deixa só e coloca em nosso caminho pessoas certas para auxiliar-nos na frente da “batalha”, no labor, no ministério, nos projetos, planos, etc, pois assim como fez com Neemias Ele faz conosco. Até mesmo em nossos negócios particulares, no casamento, na faculdade, em nosso cotidiano, Deus nos agracia com pessoas que estarão ao nosso lado e nos ajudarão. No trabalho da reconstrução dos muros e portas de Jerusalém muita gente “pôs as mãos na obra”. Neemias recebeu ajuda dos sacerdotes (3.1), dos ourives e perfumistas (3.8), dos líderes e mulheres (3.12), levitas (3.17) e mercadores (3.32). Apesar do nome de Neemias não aparecer no capítulo 3, pelo contexto (2.18-20; 4.13-23) depreendemos que ele liderou todo o pessoal na execução do projeto.
O grupo dos sacerdotes foi o primeiro mencionado por Neemias. Eliasibe, o sumo sacerdote, recebeu a incumbência de Neemias para liderar seu respectivo grupo e reparar a Porta das Ovelhas. Ressalto a importância desse grupo visto que o sumo sacerdote, depois do governador, era a segunda pessoa mais importante em Judá e seu engajamento certamente motivou outros (os próprios sacerdotes) a trabalharem também. Isso nos remete ao entendimento de que o líder deve ser o primeiro a empreender esforços no sentido de ver a situação caótica restabelecida e não apenas delegar tarefas. O sumo sacerdote e os sacerdotes deviam servir de exemplo aos demais.
A NATUREZA DA PORTA NOS TEMPOS BÍBLICOS
Antes de mencionarmos as portas de Jerusalém é importante anotar a relevância dasportas naquele tempo. Segundo a Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia (p. 328) a “arqueologia e as referências literárias tem ilustrado amplamente a natureza das portas antigas, as quais variavam segundo o tipo de estrutura a que serviam, os materiais envolvidos e as posses do construtor. Assim, a porta de uma tenda consistia apenas em um pedaço de pano, ou em uma pele de animal, que cobria a entrada a mesma. A maioria das portas eram feitas de madeira. Nas residências dos ricos, a porta de madeira podia ser coberta de metal, o que também ocorria no caso das portas das cidades e dos quartéis. Havia portas feitas de pedras, ou inteiramente de metal. Não havia dobradiças como as que conhecemos atualmente; no lugar de dobradiças haviam pivôs que eram ajustados em soquetes, na parte de baixo e na parte de cima da porta. Também haviam portais com portas dobradiças (Isa. 45.2; Sal. 107.16). Como medida de segurança, havia trancas de metal ou madeira (II Sam. 13.17). Também haviam fechaduras e chaves (Jui. 3.23). Os portais tinham três partes: o limiar; as ombreiras aos lados e a verga ou peça horizontal, do alto da porta”.
As portas das cidades eram locais extremamente importantes para a sociedade da época: “Eram os lugares de maior afluência do povo para negócios, processos judiciais, conversação, passatempo na ociosidade (Gn 19.1; Dt 17.5; 25.7; II Sm 15.2; II Rs 7.1; Ne 8.1; Jó 29.7; Pv 31.23)” BUCKLAND. Dicionário Bíblico Universal.
No livro de Neemias nos deparamos com doze portas. São elas: Porta do Vale (3.1, 2); Porta da Fonte (3.15); Porta das Ovelhas, ou do Gado (3.1); Porta do Peixe (3.3); Porta Velha (3.6); Porta do Monturo (3.14); Porta das Águas (3.26); Porta dos Cavalos (3.28); Porta da Guarda ou Mifcade (3.10); Porta de Efraim (8.16); Porta Oriental (3.29) e a Porta da Esquina (II Rs 14.13; II Cr 25.23). 
Segundo o pastor Elyseu Queiroz de Souza (Israel por dentro, p. 134) “cada nome tinha um significado especial. É bom notar que o número era também simbólico e correspondia ao número das portas da Santa Cidade, a Nova Jerusalém (Ap 21.12-14)”. Ele escreveu ainda fatos interessantíssimos sobre as atuais portas de Jerusalém, em sua viagem a Israel em julho de 1985, que merece ser redigido:
“A cidade velha de Jerusalém tem 3 quilômetros de extensão e é cercada por uma muralha de 13 metros de altura, quase igual a um prédio de 4 andares. É dentro desta cidade fortificada que se acham os principais santuários de Jerusalém. Tem 8 portões de entrada cujos nomes são: 1) A Porta Nova.2) A Porta de Damasco. 3) A Porta de Herodes (estas três ficam na parte norte das muralhas). 4) A Porta de São Estêvão. 5) A Porta Dourada (esta porta foi fechada pelos turcos em 1590 e permanece fechada até o dia de hoje. Foi por esta porta que Jesus entrou na cidade, grandemente aclamado como rei, pela multidão, quando muita gente estendia os seus vestidos à sua passagem, e outros cortavam ramos de árvores e os espalhavam pelo caminho, e a multidão que ia adiante e a que o seguia clamava, dizendo: ‘Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas’ (Mt 21.8-11). Foi mesmo uma grande apoteose. Muitos dizem que por esta Porta Dourada, que está fechada, Jesus entrará na sua segunda vinda em glória. Eles fecharam a porta para bloquear a entrada de Jesus. Estultícia deles, que não merece nem comentário. E com isso Deus cumpre as profecias de Ezequiel 44.1,2. 6) A Porta do Lixo. 7) A Porta de Sion, na muralha sul. 8) Finalmente, a Porta de Jafa, na muralha ocidental”.[1]
O pastor Elyseu Queiroz prossegue dizendo que é bom que o leitor atente para o fato de que estas portas atuais não correspondem àquelas que foram reedificadas por Neemias quando da volta do cativeiro; nem nos nomes nem em número e nem em significado.
METÁFORA DAS PORTAS
Na lição desse domingo (16/10/2011) as portas serão usadas como metáforas para ilustrar profundas verdades espirituais. Segundo os estudiosos no assunto muitas vezes estabelecemos comparações de uma forma sintética, isto é, sem usar conjunções que estabeleçam a comparação. Por exemplo, a frase ‘o violeiro estava bravo como uma onça’ poderia ser escrita assim: ‘O violeiro estava uma onça’. Desse modo, a comparação é transformada em metáfora. A palavra metáfora vem do grego mataphoráque significa transferência (isto é, transferência de sentido de uma área para outra).
PORTA DAS OVELHAS (vs 1,32) – Esta é a primeira porta mencionada. Foi chamado de Porta das Ovelhas, porque por ela entravam as ovelhas e cordeiros utilizados no sacrifício. Essa porta fala da primeira experiência que temos em nossa vida cristã - ou seja, uma percepção de que Jesus é o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. A Porta das Ovelhas, em seguida, fala-nos da cruz e do sacrifício que Jesus fez pelos nossos pecados. É o ponto de partida de tudo, porém numa leitura atenta do capítulo 3 notamos que a esta porta também é mencionada no final do capítulo, perfazendo assim um círculo completo. Isso é porque tudo começa e termina com a morte de Jesus na cruz.
PORTA DOS PEIXES (vs 3) – Por esta porta os pescadores traziam os peixes capturados para serem vendidos. Ela nos remete a pensar no evangelismo, pois o Senhor nos comissionou para sermos “pescadores de homens”. É uma progressão natural em nossa vida cristã, que, depois da morte de Cristo pelos nossos pecados, e depois de usufruirmos os benefícios espirituais dela, que contemos as demais pessoas a alegria de termos recebido o Senhor Jesus em nossas vidas. Cabe a nós testemunharmos da simplicidade do evangelho e “pescarmos almas” para Cristo.
PORTA VELHA (vs 6) – Essa porta nos fala das velhas formas da verdade cristã. Em nossa caminhada espiritual a primeira experiência é receber a Cristo; a segunda é falar aos outros de Jesus; a terceira é a necessidade de fundamentarmos nossa fé nas doutrinas essenciais da fé cristã – que são verdades. Isso significa aprender e manter os velhos caminhos da verdade que nunca mudam. O profeta Jeremias (6.16) disse: “Assim diz o SENHOR: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele”. Existem coisas que até necessitam de mudanças, progressos, alternâncias, outras, não devem sofrer alteração alguma.
PORTA DO VALE (vs 13) – Olhando na figura ao lado perceberemos que há uma longa distância que separa a Porta Velha da próxima porta que é a Porta do Vale. Quando aceitamos a Cristo como Salvador e começamos a andar na fé cristã parece que estamos numa espécie de “lua de mel”. Esse é um dos melhores períodos na vida do novo convertido, pois a presença de Jesus é muito forte em todos os segmentos da sua vida. Por um bom tempo nos beneficiaremos do gozo desse começo na jornada espiritual. Porém, mais cedo ou mais tarde nos depararemos com a Porta do Vale. Ela nos fala de dificuldades, oposições, e nos leva ao processo de nos humilharmos diante de Deus. Na nossa caminhada espiritual nem tudo será uma “mar de rosas” e certamente teremos experiências desagradáveis. Cabe estarmos preparados e prontos para enfrentarmos essas situações.
 PORTA DO MONTURO (vs 14) – Por essa porta saía todos os resíduos e lixos para fora de Jerusalém até ao Vale de Hinom para ser queimado. Isto é o que acontece em nossa própria vida. Literalmente falando quase todos nós temos um quartinho ou um cômodo externo em nossas casas onde guardamos alguns dos “lixos” que acumulamos ao longo de certo tempo – revistas e jornais velhos, objetos que não usamos mais, etc. Da mesma maneira muitos têm entulhado seus corações com os lixos pecaminosos: pornografia, imoralidades, conceitos relativistas, ódio fraternal, etc. É necessário limparmos o nosso coração e lançar fora o lixo acumulado. A Bíblia diz que “sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv 4.23). Jesus disse que “o que sai do homem isso contamina o homem. Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem” (Mc 7.20-23).

PORTA DA FONTE (vs 15) – A partir da imagem acima, notaremos que a porta da fonte fica muito próximo a Porta do Monturo. Em outras palavras, depois de uma experiência onde é retirado o “lixo das nossas vidas” usufruímos da verdadeira fé e daí por diante “fontes” límpidas começam a fluir dentro de nós. Isso nos fala das águas vivas do Espírito Santo que limpam nossas vidas e nos fortalece mais ainda nossa vida cristã”. Certa vez Jesus disse: “Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado” (Jo 7.37-39).

PORTA DAS ÁGUAS (vs 26) – Essa porta é uma imagem que retrata a Palavra de Deus e seu efeito em nossa vida. Paulo escrevendo aos Efésios (5.26) afirma que Cristo purificou Sua igreja com a lavagem da água, pela palavra. Não é por acaso que esta porta estava localizada ao lado da Porta da Fonte; é como se as duas andassem juntas. O Espírito Santo é aquele que torna a Palavra de Deus viva para nós permitindo que a limpeza (Porta da Fonte) e a direção pela Palavra (Porta das Águas) tomem lugar na nossa vida. 

PORTA DOS CAVALOS (vs 28) - A porta dos cavalos nos fala de “guerra”, pois como os cavalos foram usados ​​na batalha, se tornaram um símbolo da guerra. Em Apocalipse 19.11 está registrado: “E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça”. Podemos notar no livro de Neemias seu abnegado esforço numa luta travada contra seus opositores e isso demandou muita força moral, psicológica e espiritual. Da mesma forma cada cristão está numa batalha, quer saibamos ou não, quer queiramos ou não. Assim como o cavalo é símbolo de força, cada cristão também deve lutar com todas as suas forças espirituais contra as hostes do mal (Ef 6.12-17).

PORTA DOURADA OU ORIENTAL (vs 29) – Essa porta é singular para os judeus, pois esperam acontecer nela um evento particular - a vinda do Messias! (Ez 44.1,2). “Então me fez voltar para o caminho da porta exterior do santuário, que olha para o oriente, a qual estava fechada. E disse-me o SENHOR: Esta porta permanecerá fechada, não se abrirá; ninguém entrará por ela, porque o SENHOR, o Deus de Israel entrou por ela; por isso permanecerá fechada”. O portão leste abre e olha para o Monte das Oliveiras e sabemos que quando Jesus voltar Ele irá retornar a esse lugar: “E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul” (Zc 14.4). O Senhor Jesus entrará em Jerusalém pela porta leste. Para a nossa vida cristã ela mostra-nos a necessidade de mantermos a esperança de que ele retornará.

PORTA DA GUARDA OU MIFCADE (vs 31) – Essa é a porta da inspeção. Ela fala-nos dobema de Cristo, onde nossas vidas serão inspecionadas e recompensadas de forma apropriada. Em nossa experiência cristã, devemos viver com isso em mente. Somos chamados a viver a nossa vida com a eternidade em vista, por isso devemos cuidar mais das coisas eternas do que as temporais que vemos ao nosso redor.

SEU ESFORÇO NÃO É VÃO NO SENHOR

As referencias bíblicas às portas queimadas (1.3; 2.3, 13, 17) retratam o estado vergonhoso em que estava a cidade de Jerusalém, porém, com muito ânimo e organização Neemias juntamente com seus liderados conseguiram restaurá-las e tirar “a vergonha de Judá”. Nas nossas vidas também acontece da mesma forma. Somos servos do Senhor, reconhecemos sua Soberania e Governo, desfrutamos da sua Graça, mas, de vez em quando, por inúmeras razões que desconhecemos, somos alçados a um “estado ou posição de vergonha” e acabamos servindo de zombaria aos nossos inimigos e opositores. Contudo, temos a garantia de que assim como Deus agiu no projeto de reconstrução dos muros e portas, por intermédio de Neemias, e abriu o coração das pessoas para ajudá-lo, Ele há de abençoar sua vida, ministério, projetos e planos, estimado leitor. Apenas sê forte e corajoso!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

PAULO O MAIR EVANGELISTA

Paulo foi o maior missionário da história da igreja. Investigar o conteúdo da sua mensagem e a relevância de seus métodos é um desafio para a igreja contemporânea. Na busca do crescimento da igreja, não precisamos recorrer às novas técnicas engendradas no laboratório do pragmatismo, mas devemos nos voltar ao exemplo daquele que foi o maior bandeirante do Cristianismo. Algumas estratégias de Paulo merecem destaque:

1. Paulo sempre buscou as sinagogas para alcançar os religiosos. Sempre que Paulo chegava em uma cidade, procurava ali uma sinagoga. Sabia que nesse ambiente religioso, judeus e pessoas tementes a Deus se reuniam para estudar a lei e orar. Seu propósito era argumentar com essa pessoas, a partir do Antigo Testamento, queo Jesus histórico é o Messias, o Salvador do mundo. Não podemos perder a oportunidade de pregar a Palavra nos templos, onde pessoas religiosas se reúnem, para expor a elas as Escrituras e por meio delas apresentar-lhes Jesus.

2. Paulo sempre aproveitou os lugares seculares para alcançar as pessoas não religiosas. Tanto em Corinto como em Éfeso, Paulo lançou mão desse recurso. Não podemos limitar o ensino da Palavra de Deus apenas aos locais religiosos. Em Corinto Paulo ensinou na casa de Tício Justo e em Éfeso, na escola de Tirano. Paulo ia ao encontro das pessoas, onde elas estavam. Era um evangelista que tinha cheiro de gente. Estava nas ruas, nas praças, nas escolas. Era um pregador fora dos portões. Ainda hoje podemos e devemos usar esses recursos. Podemos e devemos plantar igrejas, usando espaços neutros, como fábricas, escolas e hotéis. Muitas pessoas que, ainda hoje, encontram resistência para entrar num lugar religioso não oferecem qualquer resistência para ir a um lugar neutro.

3. Paulo sempre utilizou os lares como lugares estratégicos para a evangelização e o ensino. Paulo ensinava publicamente e também de casa em casa, testemunhando tanto a judeus como a gregos o arrependimento e a fé em Cristo Jesus. Paulo era um evangelista e um mestre. O lar sempre foi um lugar estratégico para o crescimento da igreja. Na igreja apostólica não havia templos. As igrejas se reuniam nas casas. E a partir desses núcleos, a igreja espalhou-se e multiplicou-se por todo o império romano. O lar deve ser uma embaixada do reino de Deus na terra, uma agência de evangelização e uma escola de discipulado.

4. Paulo sempre plantou igrejas em cidades estratégicas. Paulo foi um pregador fiel e relevante. Ele lia o texto e o povo. Conhecia as Escrituras e a cultura. Jamais mudou a mensagem, mas sempre buscou os melhores métodos para alcançar os melhores resultados. Por isso, fixou-se nas cidades mais importantes do império, porque estava convencido de que a partir dali, o evangelho poderia se espalhar para outros horizontes. Nas quatro províncias que Paulo plantou igrejas, as províncias da Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia Menor, procurou sempre se estabelecer em lugares geográfica, econômica e religiosamente importantes, pois sabia que as igrejas nessas cidades tornar-se-iam multiplicadoras na evangelização mundial.

5. Paulo sempre acreditou no poder da verdade para convencer e converter os corações. Paulo pregou com lágrimas, mas sem deixar de usar seu cérebro. Por onde passou, dissertou sobre a verdade das Escrituras e persuadiu as pessoas a crerem em Cristo. Ele dirigiu-se à mente das pessoas e tocou-lhes o coração. Paulo rejeitou a sabedoria humana, mas não a sabedoria divina. Ele não confiou nos recursos da retórica, mas usou todos os argumentos lógicos e racionais, na dependência do Espírito, para alcançar as pessoas com o evangelho.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

pais e filhos ensinar e obedecer


Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; aconselhar-te-ei, tendo-te sob a minha vista.
Salmos 32:8

Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o de acordo com a tua palavra. 
Salmos 119:9

Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensino de tua mãe. Porque eles serão uma grinalda de graça para a tua cabeça, e colares para o teu pescoço. 
Provérbios 1:8-9

Filho meu, não te esqueças da minha instrução, e o teu coração guarde os meus mandamentos; porque eles te darão longura de dias, e anos de vida e paz. Não se afastem de ti a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço, escreve-as na tábua do teu coração; assim acharás favor e bom entendimento à vista de Deus e dos homens. Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal. Isso será saúde para a tua carne; e refrigério para os teus ossos. Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de toda a tua renda; assim se encherão de fartura os teus celeiros, e trasbordarão de mosto os teus lagares. Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enojes da sua repreensão; porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem. 
Provérbios 3:1-12

Filho meu, guarda o mandamento de, teu pai, e não abandones a instrução de tua mãe; ata-os perpetuamente ao teu coração, e pendura-os ao teu pescoço. Quando caminhares, isso te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo. Porque o mandamento é uma lâmpada, e a instrução uma luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida, para te guardarem da mulher má, e das lisonjas da língua da adúltera. 
Provérbios 6:20-24

O filho sábio ouve a instrução do pai; mas o escarnecedor não escuta a repreensão. 
Provérbios 13:1

O filho sábio alegra a seu pai; mas o homem insensato despreza a sua mãe. 
Provérbios 15:20
O filho insensato é tristeza para seu, pai, e amargura para quem o deu à luz. 
Provérbios 17:25

O que aflige a seu pai, e faz fugir a sua mãe, é filho que envergonha e desonra. 
Provérbios 19:26

O que guarda a lei é filho sábio; mas o companheiro dos comilões envergonha a seu pai. 
Provérbios 28:7

Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra. 
Efésios 6:1-3

Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais; porque isto é agradável ao Senhor. 
Colossenses 3:20

Foge também das paixões da mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor, a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor. 
2 Timóteo 2:22

sábado, 8 de outubro de 2011

Os Falsos Profetas Têm Meios Próprios de Controle


Os Falsos Profetas Têm Meios Próprios de Controle


Por Erwin Lutzer

Paulo repreende os crentes coríntios: "Tolerais quem vos escravize, quem vos devore, quem vos detenha, quem se exalte, quem vos esbofeteie no rosto" (2 Co 11.20, ARA; grifos meus).

Imagine! Esses crentes estavam dispostos a ser maltratados pelos superapóstolos sem reclamar! Esses falsos mestres eram manipuladores, controlando e humilhando, e as pessoas crédulas os seguiam!

A natureza humana não mudou! Fico maravilhado com histórias que ouço de pessoas frequentando igrejas onde o pastor usa de autoridade para explorar o povo por meio de controle arrogante, comentários depreciativos e acusações. Em certos casos, o pastor ameaça os membros da igreja, chegando a ponto de amaldiçoá-los se deixarem a congregação. Ele exige lealdade absoluta, compromisso e obediência pessoal. As pessoas continuam frequentando, embora ele os "esbofeteie no rosto", como disse Paulo. Afinal de contas, o pastor afirma ser o servo especial de Deus.

Como os falsos profetas exercem tal controle?

Primeiramente, por isolamento. Eles rompem as relações dos congregantes com suas famílias, insistindo que devem prestar lealdade somente aos falsos mestres. Insistem que os membros apenas se comuniquem com eles; afinal, o profeta lhes dirá tudo o que precisam saber. Esta é a marca do falso culto.

Em segundo lugar, há intimidação. Se os falsos profetas conseguirem conhecer a personalidade do congregante, eles acham um ponto de fraqueza e o usam como alavanca para suborná-lo à sujeição. Certo falso mestre perguntou aos membros de seu pequeno grupo quais eram suas fantasias sexuais e depois usou esta informação contra eles. Há cerca de vinte anos, um falso profeta aqui na região de Chicago falou-me que se eu não me colocasse sob sua autoridade, ele já havia me visto "caindo". Isso pode ser intimidante se pensarmos que ele, na verdade, falava em nome de Deus.

Em terceiro lugar, há exploração. O falso mestre encontra meios de desenvolver relacionamentos com seus seguidores. Se for uma personalidade da mídia, ele garante um favor especial se os seguidores lhe escreverem. Ele promete respostas às orações; promete prosperidade; promete que Deus os recompensará com dinheiro. Esse enganador almeja dependência e confiança cultual. Assim, os falsos profetas podem depender da lealdade e sustento desse povo por muitos anos. Entrementes, os falsos profetas não se põem sob autoridade. Eles desafiam a autoridade dos pastores, ou escolhem integrantes da diretoria da igreja que sabem que não os farão prestar contas. E pelo fato de acreditarem que recebem ordens diretamente de Deus, quando são interrogados, replicam: "Quem é você para questionar o ungido do Senhor?" Se um milagre acontece em seu ministério, eles o desfilam na frente das multidões e, implicitamente, recebem o crédito como "operadores de milagres". Mas se alguém não é curado, é por culpa da pessoa que não teve fé o suficiente ou não deu bastante dinheiro. Ninguém jamais é chamado ao púlpito para testemunhar sua "não-cura".

Já notou que as multidões que vêm admirar os operadores de milagre são os pobres? Porque estas pessoas — Deus as abençoe! — raciocinam: Se eu puder ter tanta Jé quanto o meu líder, Deus me abençoará como o abençoou. Assim, se a hipoteca não for automaticamente paga, se não forem curados, é por culpa deles. Não admira que pessoas desiludidas com esses ministérios pensem que Deus as abandonou.