quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

AMOR ETERNO


AMOR ETERNO.
(Jeremias 31,3)
O senhor lhe apareceu dizendo :”Eu te amei com amor eterno,com amor leal atraí.(outra versão com benignidade te atraí.)

Nós somos atraídos pelo o amor de Deus pela sua graça e a sua palavra.
Nós amamos ao Senhor Deus, por que primeiro Ele o Deus Pai Eterno e o seu
filho Jesus, o nosso Senhor Jesus Cristo nos amou.

A prova desse amor está no evangelho de João 3;16 (Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna)
Deus quer que tenhamos uma vida eterna no filho e junto ao filho para sua gloria.
Para isto Deus nos deixou ensinamento e o seu mandamento para obedecermos e praticarmos. O que é :
Amar o Senhor teu Deus acima de todas as coisa, com todo o seu entendimento, com todo o seu coração, com toda nossa força, e com toda
nossa alma . e amar o próximo com ti mesmo.

Em (Rm12;9,10) 1* parte diz que o nosso amor deve ser sincero(amor verdadeiro amor de entraga) .no 10 diz que temos que dedicar uns aos outros com amor fraternal .
Apalavra amor tem a sua melhor definição no grego :
1-Amor ágape. Amor de Deus ,amor incondicional. O qual não se preocupa receber na em troca.devemos der este amor. No espírito santo.
2- amor philis ou phileos. Amor fraternal.amor de amigo ,irmão, amor sem nenhuma conotação sexual.
3-Amor eroz . amor entre conjugues, marido e esposa.

Em 1Corintios 13 um capitulo que fala de amor.
Ainda que eu falasse línguas ,ainda que eu doar aos pobres , ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado . sem amor nada adiantaria .

Eu oro a Deus, e peço-lhe para que eu possa ter mais amor Por Ele, pelas pessoas e pela oração. Eu sei o quanto precisamos e necessitamos
Amar e orar.
Por amor Deus, nos tirou das trevas a onde estávamos perdidos, e nos levou para sua maravilhosa luz, através do seu filho Jesus.

No salmo 136 diz assim: Deus é bom e o seu amor dura para sempre.




LUGAR PARA JESUS



LUGAR PARA JESUS
(LUCAS 2;11-12)

11 É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.

12 E isto vos será por sinal: Achareis um menino envolto em faixas, e deitado em uma manjedoura.

Como nos dias de hoje ,nessa época de final de ano ,férias ,festas,presentes correria ,vamos imaginar como ex;(guaraparí) a cidade se enche a população se quatriplíca ,muita gente no mesmo lugar.
Assim aconteceu na cidade de Belém (cidade de Davi )o recenseamento (enumerar ,contagem )censo .tinha muita gente naquela cidade naquele lugar,as casas  estavam cheias , as hospedarias estava lotadas.
Muitos imaginam-se, que Jesus fora rejeitado ,Ele não foi rejeitado ,apenas não tinha lugar para Ele .
Para Jesus só havia um lugar simples e humilde, uma manjedoura (lugar de alimento e descanso para as ovelhas.) pois é impossível para uma vida humana viver sem se alimentar e sem descansar.Jesus é o nosso alimento o pão a vida ´e o Senhor ´e o nosso descanso.
O que estamos hospedando em nossos corações hoje.para deixar Jesus de fora, está tento lugar para Jesus em nossos corações e em nossas vidas hoje?. As vezes nós não rejeitamos o Senhor Jesus, mas não damos lugar para Ele. E em qual lugar ou posição que Jesus estar em nossos corações e vidas ?
A sua palavra diz Ele tem que estar em primeiro lugar, Jesus disse ; se você ama seu pai e sua mãe, mais do que amim, você não é digno de Mim, Jesus  não é egoísta e nem orgulhoso , Ele estar sendo didático ,ensinando ; quem o ama e guarda e pratique os seu ensinamento e os seus mandamentos.amararas mais e melhor a sua família , mais e melhor as suas esposas,viverás mais e melhor no convívio social ,no trabalho na igreja em tudo em geral. der ou dar o seu primeiro lugar verdadeiramente  para Jesus e verás em sua  vida algo totalmente novo e diferente.

ANO NOVO VIDA NOVA ?


ANO NOVO! - VIDA NOVA?
Uma mudança de vida jamais foi ou será caracterizada pela virada do ano, mas sim por mudança de atitudes.
Se você quiser ter vida nova em 2013,SIGA os conselhos abaixo registrados, extraídos da Palavra de Deus.
Aceite a Jesus Cristo ou reconcilie-se com Ele
"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo( 2 Co 5:17)A única maneira de se ter uma nova vida de direito e de fato, é através da aceitação pela fé do sacrifício de Cristo na cruz do Calvário, crendo n’Ele e confessando-O com a tua própria boca que Ele é Senhor.se pelas lutas da vida você afastou-se do Senhor, reconcilie-se com Ele antes mesmo da virada do ano, e já entre 2013 com vida nova.
Existem pessoas que passam a vida inteira relembrando os insucessos e os planos ainda não alcançados. Deixe disso e prossiga para o alvo.não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. " Filipenses 3:12.  Mesmo que você não tenha alcançado os objetivos desejados para 2012, esqueça isso e siga adiante, afinal, maiores são as possibilidades e oportunidades que estão à sua frente. O apóstolo Paulo continua em sua fala:"Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." Filipenses 3:14. portanto, não adianta “chorar o leite derramado”, vamos em frente, lembrando sempre que o apóstolo colocou como alvo o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus, :
Algumas pessoas vivem muito mal, principalmente porque suas mentes só se voltam para as piores coisas da vida: mentira, traição, corrupção, tragédia, desonestidade, etc..., Sempre estão esperando pelo pior.
A Bíblia Sagrada nos orienta justamente o contrário, senão vejamos:
"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e  se há algum louvor, nisso pensai." Filipenses 4:8
É necessário que nossa mente esteja voltada para as coisas que agradam a Deus. Precisamos ter os pés no chão e a mente no céu!
"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." - Romanos 12:2
Uma mudança de vida jamais foi ou será caracterizada pela virada do ano, mas sim por mudança de atitudes.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

LIBERDADE E PROIBIÇÃO



SEGUNDA-FEIRA, 24 DE DEZEMBRO DE 2012

LIBERDADE E PROIBIÇÃO

Já há algum tempo escrevi sobre a mentira que tomou conta do homem em Genesis 3. Retomo ao mesmo capítulo resvalando no mesmo tema, contudo, me atendo na liberdade dada ao homem e a posterior proibição impingida a ele. A liberdade está clara: “De toda arvore comerás menos a do “conhecimento do bem e do mau”. Muito embora haja uma restrição a uma “arvore” não houve, contudo, impedimento para que tal acontecesse. Ou seja, liberdade tão plena que contemplava até o “direito” de desobedecer. A grande mentira contada ao homem que teria o mesmo conhecimento de Deus e por isso seria igual a Deus foi bem recebida. Sabemos, entretanto, que o homem mesmo sabedor do pior castigo – a morte – vive pensando ter liberdade total. E, na tal liberdade enfiam “o pé na jaca”. É triste, por exemplo, ver meninos e meninas cada vez mais cedo só “curtindo a vida” devidamente aditivados pelo álcool. É! E sem álcool não conseguem se divertir. A mesma coisa pode ser aplicada ao sexo, cada vez mais precoce. Não! Não sou moralista e muitos menos ingênuo a ponto de demonizar toda bebida e os festejos em que ela se faz presente. Também não ignoro a força da sexualidade. O que me espanta é a escravidão se tornar sinônimo de liberdade. É a dependência absurda em que o homem se submete julgando- se no controle. Dominado, mas, sentindo-se senhor. O homem não sabe lidar com o conhecimento do bem e do mau. Perde-se rápido. Engana-se e é enganado facilmente. Bem! E, se na liberdade da perfeição havia apenas a recomendação para sequer tocar “no conhecimento” agora, na desobediência e conseqüente expulsão do lugar perfeito, é imposta uma proibição taxativa. Querubim e espada guardam a arvore da vida. Pois é! O homem em pleno gozo da liberdade e conhecimento do binômio bem/mal está proibido de tocar na “vida”. Pretensamente livre e condenado à morte! E, agora, proibido de viver resta ao homem – se quiser continuar vivendo – sujeitar-se. Abrir mão de toda sua liberdade e render-se a Jesus. A volta a arvore da vida passa por ELE. E isto é totalmente loucura para a mente iluminada da humanidade. É paradoxal. Mas, a Porta estreita de entrada é a mesma de saída que nos faz encontrar campos abertos. Perco para ganhar. Morro para viver. Na minha liberdade me tornei escravo e morri. Quando me rendi a Jesus fiz-me servo e Ele me chamou de amigo. Renunciei ao que julgava ter e não tinha me tornando herdeiro do que jamais pensei existir. Descobrir que já não há mais proibição e, sim, proteção. Sou livre de novo!

sábado, 22 de dezembro de 2012


Quatro razões básicas para a rejeição da doutrina da perda da salvação

.

Pr. Marcos Granconato


O ensino bíblico que afirma que o crente não perde a salvação é chamado tecnicamente de doutrina da perseverança dos santos. Trata-se de um dos temas principais defendidos pelo Calvinismo. Essa doutrina teve como maior oponente dentro do Protestantismo o sistema idealizado pelo teólogo holandês Jacó Armínio (1560-1609). Entre outras coisas, o Arminianismo nega a fórmula “uma vez salvo, salvo para sempre”. Ainda que esse modelo tenha sido condenado pelo Sínodo de Dort (1618-1619), muitas igrejas evangélicas modernas o adotam, sendo possível encontrar seus expoentes entre batistas, assembleianos (principalmente) e presbiterianos (surpreendentemente).

Há pelo menos quatro razões básicas para rejeitar a doutrina da perda da salvação:

1. A salvação abrange uma seqüência de ações de Deus que começa na eternidade passada e se conclui com a glorificação perene no futuro (Rm 8.29-30)

Considerando a soberania e o poder de Deus, essa seqüência não pode ser frustrada ou interrompida. De fato, na referência acima vê-se que a corrente da salvação mostra seu elo inicial quando Deus conhece de antemão e predestina aqueles a quem decide alcançar. Em seguida, ele chama e justifica essas pessoas, glorificando-as finalmente. Evidentemente, não há como quebrar esse processo, estando a salvação garantida, inclusive, pelo selo do Espírito

(Ef 1.13-14). Ademais, é absurdo conceber o Deus da Bíblia como um ser incapaz, que predestina alguém para salvar, chama-o e o justifica, mas no fim não consegue glorificá-lo.

2. A salvação implica “novo nascimento”

Jesus ensinou que o homem salvo é aquele que nasceu de novo pela fé nele, podendo agora ver o Reino celeste (Jo 3.3). Sabe-se também que quem nasce de novo se torna filho de Deus (Jo 1.12-13; 1Jo 5.1). Evidentemente, para perder essas bênçãos, o crente teria que “desnascer”. E mais: se quisesse recuperá-las teria de nascer de novo de novo. Ora, essas possibilidades não existem nas Escrituras. Nascer de novo ou ser regenerado, tornando-se filho de Deus, é experiência única e, infalivelmente, resulta na salvação do crente (Gl 3.26-29).

3. A salvação não pode ser atribuída a pessoas que professaram temporariamente a fé

Várias passagens bíblicas falam de pessoas que, participando da comunhão dos crentes, testemunharam e até experimentaram bênçãos maravilhosas, caindo, em seguida, na apostasia (Hb 6.4-6). Não é correto, porém, dizer que essas pessoas perderam a salvação. Na verdade, elas nunca foram salvas (1Jo 2.19). Isso é evidente porque aprendemos na Parábola do Semeador que a prova da fé salvadora é a perseverança (Mt 13.1-23). Quem não persevera nunca foi de fato salvo (1Ts 5.23-24; Hb 10.39; 1Pe 5.10; 1Jo 5.4-5).

4. A salvação não pode ser anulada pelo pecado individual do crente

Em 1Coríntios 5.1-5, Paulo fala de um crente que tinha envolvimento sexual com a mulher do próprio pai. Era um pecado tão grave que ele diz não ser comum nem mesmo entre os pagãos (v.1), devendo esse homem ser “entregue a Satanás” (v. 5), o que significa ser expulso da igreja (v.13). Isso, porém, não fez com que ele perdesse a salvação. Na verdade, Paulo diz que a disciplina poderia trazer a destruição do corpo, mas que o espírito daquele homem seria salvo (v.5). Ademais, em 1João 2.1, aprendemos que se algum crente pecar, isso não gera sua condenação eterna, mas sim sua defesa, feita por um “Advogado junto ao Pai: Jesus Cristo, o justo”.

Essas são apenas algumas razões pelas quais devemos rejeitar a doutrina da perda da salvação. Outros textos que falam da segurança do crente são João 10.28-29; Romanos 8.33-34; 1Coríntios 3.15 e Hebreus 7.25.


O que significa o mundo jaz do maligno?

O que significa o mundo jaz do maligno?
O que significa o mundo jaz do maligno?

Essa expressão “o mundo jaz no maligno” se encontra em “1 João 5. 19: Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno.”

Bom, irei te explicar cada palavra em separado e depois juntamos tudo para compreendermos o que esta frase quer nos ensinar:
O mundo inteiro: Temos aqui a menção do sistema mundano. A Bíblia nos diz que o diabo é o deus deste século.“nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos…” (2Co 4. 4). João tem em vista aqui a sociedade [sem Deus] dominada pelo diabo e pelo pecado. É uma constatação. Todo o nosso mundo, quando não tem Deus como guia, está entregue nas mãos do diabo e sob o domínio de seu mal.
Jaz: Essa expressão significa estar sob o poder do mal, ser mantido em submissão pelo diabo. Indica “alguém” que aceita o domínio do mal e o aprova.
No Maligno: Aqui temos uma menção clara ao diabo e ao mal. Note que no versículo o termo “Maligno” é grafado com a primeira letra em maiúscula, apontando para o representante de todo mal, o diabo. Ele é mencionado como o “deus” que domina a sociedade mundana.
Juntando toda a expressão, e considerando o contexto, podemos observar que essa expressão significa que o sistema mundano [sem Deus] jaz, ou seja, está sob o poder do diabo, está submisso a Ele e ao seu mal. Sem Deus, o mundo está aberto à ação do Maligno, principalmente, através das tentações que levam as pessoas a optarem pela vida de pecado. Uma vez consumado, o pecado gera a condenação. “Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” (Tg 1. 15)
Somente voltando-se a Deus pode-se quebrar esse domínio do Maligno, como vemos no versículo anterior:“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca.” (1Jo 5. 18)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Cada um é livre para o que quer ?


Cada um é livre para fazer o que quer

.


Por Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho


Ouvi esta frase, num programa de televisão: “Cada um é livre para fazer o que quer”. Ela me fez pensar.

O homem é dotado de capacidade de pensar e tomar decisões. É responsável por seus atos. Não se pode impor a alguém uma religião ou uma ideologia, por exemplo. Pais escrupulosos não imporão uma profissão a seus filhos. Respeitarão suas habilidades e o seu pendor. Neste sentido, a frase tem certa razão. Cada um faz o que quer de sua vida, sendo por isso responsável. Neste sentido, a liberdade é plena.

Mas nem sempre somos livres para fazermos o que queremos. Eu gostaria de fazer muitas coisas que simplesmente não posso. Neste sentido, não somos livres para fazer o que queremos. Querer não é poder. Podemos querer coisas que não podemos ter.

Há coisas que não apenas não podemos fazer, mas que não devemos fazer. Um homem pode desejar ter todas as mulheres do mundo, mas ficará no desejo. Alguém disse que Deus é mal humorado porque parte dos dez mandamentos começa com um não. Ele nos proibiu coisas boas que gostaríamos de fazer. Por isso diz uma música popular que “tudo que eu gosto é ilegal, imoral ou engorda”. As coisas boas são proibidas. Deveríamos poder fazer e ter todas as coisas que gostaríamos. Abaixo as leis, abaixo os conceitos moralistas, abaixo as religiões com suas regrinhas! Viva a anarquia, vivam os desejos, façamos o que queremos e chega de conversa.

Mas isso funciona? Por querer a mulher de Urias o rei Davi planejou a sua morte. Fez o que quis: adulterou e idealizou um assassinato. Mas pagou um preço muito alto pelo que fez. Pode-se fazer o que se quer ou é necessário ter regras? Liberdade é o direito de fazer o que se quer? O que uma pessoa quer e pensa ser seu direito pode ser a transgressão do direito de outra.

Deus colocou tantos não nos dez mandamentos não por mau humor, mas por saber que somos maus, que somos pecadores. É uma incoerência o conceito humanista de que o homem é bom. Se o homem é bom, por que a maldade e tantas desgraças? Dizer que ele é bom e que a sociedade o corrompe é uma incongruência. A sociedade não é pau nem pedra. É gente. A sociedade é a soma das pessoas, que são más. Davi confessou sua maldade inata, quando declarou: “eu nasci em iniquidade” (Sl 51.5). Isso é o que os teólogos chamam de “depravação, a capacidade inata no ser humano de buscar o mal”. O homem não é bom. É pecador. Bem disse Billy Graham, “o homem é exatamente aquilo que a Bíblia diz que ele é”.

Por ser pecador, o homem não pode fazer o que deseja, pensando que assim é livre. Disse Paulo: “o bem que quero, esse não faço; o mal que não quero, esse eu faço” (Rm 7.19). Quando seguimos nossos instintos e paixões, não nos realizamos, mas nos frustramos. Ouvimos a iniquidade, desprezando leis e princípios que orientam a vida, e nos tornamos como os irracionais, que não têm capacidade mental e seguem o instinto. E nos damos mal.

Fazer o que se quer não é ser livre. É ser escravo. Dos instintos. De uma natureza corrompida. Por isso Jesus disse que “todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (Jo 8.34). Não somos livres quando fazemos o que queremos, e regras e princípios não são algemas. Imaginemos um trem que quisesse trafegar fora dos trilhos para poder ser livre. Saísse dos trilhos e entrasse pelo gramado, cheio de flores, alegre e festivo. Ele afundaria, com seu peso. Há um lugar para ele transitar e fora deste lugar ele se imobiliza.

Liberdade não é o direito de se fazer o que se quer. O pensador cristão Elton Trueblood disse que “liberdade não é liberdade para, mas liberdade de”. Somos livres não para fazermos o que queremos, mas somos livres de alguma coisa. Somos livres para sermos o que Deus espera de nós. Como disse Kierkegaard: “Com a graça de Deus serei o que devo ser”. Jesus ilustrou isto muito bem: “se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres” (Jo 8.36). Liberdade é a capacidade de poder gerir a sua vida. É a capacidade de viver sem ser escravo de vícios, de paixões vis, de drogas, da ansiedade, do medo do futuro. Desde quando uma pessoa escrava de um pedaço de papel com mato dentro, um cigarro, é livre? Desde quando alguém que não consegue livrar-se de uma garrafa é livre? Livre é a pessoa que pode dizer: “Isto me faz bem e eu aceito. Tenho forças para fazê-lo, mesmo não gostando”. Livre é a pessoa que pode dizer: “Isto é agradável, mas trará más consequências. É bom, mas tenho a capacidade de rejeitar”. Liberdade é o direito de saber usar bem a vida, de discernir entre o que se deve e o que não se deve.

Voltemos a Jesus: “se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. Ele dá discernimento espiritual e moral para sabermos o que buscar e o que evitar. Ele dá poder para vencer o que é agradável, mas daninho. Ele torna a pessoa livre. Muita gente censura os crentes, dizendo sermos escravos, que não podemos fazer muitas coisas. Não é que não podemos. É que não queremos. Não nos têm valor. Volto à questão do cigarro: é ridículo um adulto chupando sofregamente um mau cheiroso invólucro de papel com mato dentro, sem poder parar de fazê-lo, embora muitas vezes querido fazê-lo. Coisa triste um bêbedo, caído na sarjeta, escravo do álcool. Coisa deprimente e triste um casal se separando, com os filhos prejudicados, por causa da infidelidade conjugal de uma das partes.

Os crentes não vivemos debaixo de regrinhas. Vivemos na liberdade que Cristo nos deu. Ele nos abriu os olhos e capacitou nossa vida para vencermos o mal que desgraça e optarmos pelo bem que exalta.

Você pode ser livre. Pode deixar de fazer o que lhe prejudica e fazer o bem que sabe que deve fazer. Basta confiar em Cristo, fazendo dele seu Senhor, cedendo-lhe sua vida, confiando-lhe a direção do seu viver. Você descobrirá o que Jesus quis dizer com “e conhecereis a verdade e verdade vos libertará”. Jesus é a verdade que liberta. O resto é mentira. Seja livre. Assuma um compromisso com Cristo.

Fonte: Site do autor
.

um pouco mais sobre o nome de Jesuse natal.


Um pouco mais sobre o nome de Jesus e natal

"e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre." Isaías 9.6-7

As mensagens por ocasião da celebração do Natal andam confusas. Tem até muita gente cristã rejeitando esta celebração em razão dessa confusão. Mas a mensagem bíblica a respeito da encarnação do Verbo de Deus é muito clara! Vamos caminhar rapidamente no capítulo 9 de Isaías para entender o que Deus havia preparado!

Primeiro, mensagem do Natal é uma mensagem de esperança verdadeira. O primeiro verso do texto já nos diz: “Mas para a Terra que estava aflita não continuará a obscuridade.” O fato é que aquele povo estava em trevas e cegueira espiritual, social e cultural. Eles precisavam de luz e a encarnação é a manifestação daquele que é a luz do mundo: "O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz”! (v. 2) 

Para que isto acontecesse, era necessária a disciplina: “Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali". Mas a disciplina de Deus não é sem um propósito: "Mas, nos últimos tempos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios" (v. 1), ou seja, a disciplina de Deus é acompanhada de misericórdia! Para entender este texto temos que começar admitindo que somos pecadores e carecemos da misericórdia de Deus. 

O que Deus disse que faria para tornar essas coisas uma realidade? Segundo vimos no verso 2, fazendo a sua luz brilhar! Alguém que vive sem perspectiva e visão, precisa de luz. Quem vive em trevas, vive em opressão e tristeza. E o pecado faz isto conosco! Mas Deus prometeu que traria sobre o seu povo a sua alegria (v. 3): “Tens multiplicado este povo, a alegria lhe aumentaste; alegram-se eles diante de ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando repartem os despojos.” Também era necessário que fossem retiradas as causas dessa opressão: “Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre eles, a vara que lhes feria os ombros e o cetro do seu opressor...” (v. 4) Além do jugo histórico pelo qual este povo passou, oprimido por muitas nações, o principal jugo que tinham era aquele imposto pela sua natureza caída. 

Mas qual seria o agente para concretizar estas coisas: o filho encarnado de Deus - "um menino nos nasceu, um filho se nos deu" (v. 6). Ele pode fazer isto por causa de quem ele é e do poder que ele tem: "o governo está sobre os seus ombros". O Natal não é sobre o indefeso menino, mas sobre Aquele que carrega nos ombros o governo de todas as coisas! Aquele que veio e venceu a morte, o príncipe das trevas e o próprio pecado, para que não mais fôssemos escravos dele.

E finalmente, podemos e devemos celebrar o Natal com grande confiança por conta do caráter desse governante: "e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre." (v. 6-7) Esse nome é simples, é Jesus (Josué, em hebraico) e significa "Jeová Salva" ou "Jeová é Salvação".

Meu desejo é que nesta confiança e na promessa desse texto (O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto!) celebremos o nascimento do Salvador, o autor e consumador da fé e tenhamos a visão e a esperança que só pode vir deste que tem o governo sobre os seus ombros! Lembre-se, o governo não está sobre você, mas sobre Cristo.
   
Publicado originalmente no site da Associação Internacional de Escolas Cristãs (ACSI Brasil) e adaptado.

Mauro Meister
Diretor Executivo ACSI Brasil


Texto de Isaías 9.1-7
Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos gentios.  2 O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz.  3 Tens multiplicado este povo, a alegria lhe aumentaste; alegram-se eles diante de ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando repartem os despojos.  4 Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre eles, a vara que lhes feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia dos midianitas;  5 porque toda bota com que anda o guerreiro no tumulto da batalha e toda veste revolvida em sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo.  6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;  7 para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

SOBRENATURAL NÃO SIGNIFICA ESTUPIDO



segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Irmãos, sobrenatural não significa estúpido

Por John Piper

Se alguém lê meu último post, “Irmãos, o Ministério é Sobrenatural” (não profissional), e diz: “Então você acha que não importa se cantamos desafinados, pregamos de forma incompetente e não oferecemos estacionamento?”, minha resposta é: “Isso é apenas estupidez”.

Importa se você pensa que a única alternativa para mal feito é “profissional”. Se a única maneira que você tem para estimular a excelência em sua igreja é estimular o “profissionalismo”, eu diria que você precisa de um vocabulário maior.

A bagagem agregada à palavra “profissionalismo” não ajuda se estamos tentando ser um povo sobrenatural de Deus. E é isso que queremos ser: O Corpo de Cristo, raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade particular de Deus, templo do Espírito Santo, família de Deus, santos, chamados, Caminho, noiva de Cristo, e mais. Não é conveniente querer ser uma noiva profissional.

Onde a Busca Começa


Então, quando renuncio a busca por profissionalismo, isso significa que não aspiro por excelência? Não. Mas, de fato, eu começo minha busca por excelência na minha busca por excelente perdão. Excelente misericórida. Excelente paciência. Excelente gentileza. Excelente humildade. Excelente autocontrole. Excelente andar de acordo com o evangelho (Gálatas 2.14).

É isso que Paulo tinha em mente quando nos disse para imitar o infinitamente excelente Deus. “Sejam imitadores de Deus… e andem em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós” (Efésios 5.1-2). Não sei se Jesus cantava afinado ou se sua túnica não tinha nenhum vinco, mas sei que suas habilidades em devolver o mal com o bem eram indescritivelmente belas.

A Busca Se Estende


Então Paulo estende a busca: “tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas” (Filipenses 4.8). Assim, depois que nossos corações tiverem passado por uma renovação do evangelho, o próximo cômodo a ser reformado é a nossa mente: Pense nessas coisas excelentes. Preencha sua mente com excelência. Beleza. Justiça. Pureza. Honra.

A próxima coisa que sai da boca de Paulo é a seguinte: “Ponham em prática tudo o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim” (Filipenses 4.9). Assim, o coração renovado pelo evangelho e a mente reformada pela excelência “põe em prática essas coisas”. Importa como as coisas são feitas. Em casa. Na igreja. Em qualquer lugar. Nós “praticamos” excelência.

Temperado com Missão


Então devemos construir edifícios esplendorosos? Talvez. Mas não muitos. A prioridade colocada na opulência dos templos e palácios no Antigo Testamento pertencia a uma era da religião do tipo “venha-e-veja”. Como a rainha de Sabá que veio a Israel e ficou impressionada diante da riqueza de Salomão (1 Reis 10.5). Mas o Novo Testamento não tem nenhuma ênfase na opulência, porque é mais uma religião do tipo “vá-e-conte”. O impulso missionário domina o impulso doméstico. Somos peregrinos. Somos enviados. “Não levem nada pelo caminho: nem bordão, nem saco de viagem, nem pão, nem dinheiro, nem túnica extra” (Lucas 9.3). Esse dito não é normativo para todas as missões, mas ele tempera tudo.

Então a busca por excelência está sempre temperada por uma mentalidade orientada a missões com uma inclinação em direção à simplicidade. É uma inclinação, não algo absoluto. Talvez haja lugar para uma catedral aqui e ali. Mas o povo de Deus não se inclinará a morar em palácios. E a vasta obra do reino acontecerá principalmente em locais sem sofisticação.

Excelência Discreta


Mas e a maneira que fazemos as coisas? E a música, por exemplo? Lembramos do salmista dizendo: “Glória e majestade estão diante dele, força e formosura, no seu santuário” (Salmos 96.6). “Cantem-lhe uma nova canção; toquem com habilidade ao aclamá-lo” (Salmos 33.3). Formosura. Com habilidade. Isso significa de forma profissional? Em todo o meu ministério pastoral, nunca orei para a adoração ser feita profissionalmente.

A categoria que consideramos mais útil se chama “excelência discreta”. O adjetivo “discreta” significa que a qualidade do ato deve ajudar, e não impedir, o objetivo espiritual do ministério. Liderar adoradores tem como objetivo, pelo poder do Espírito de Deus (1 Pedro 4.11), despertar a atenção da mente e as afeições do coração para a verdade e beleza de Deus e do evangelho. O modo de cantar e tocar um instrumento que ajuda isso acontecer não é bem descrito como “profissional”.

Procurando por um Milagre


Mas “excelência discreta” nos ajuda a chegar ao problema. Ela nos lembra que pessoas são distraídas não apenas por música de qualidade ruim, mas também pela ostentação da sutileza musical. Adoração comunitária não é um recital. O santuário não é uma sala de orquestra. O grito de “Bravíssimo!” para uma virtuosa performance (o que pode ser totalmente apropriado em uma sala de concerto) tem o foco oposto daquilo que estamos procurando para a manhã de domingo. Estamos procurando o milagre da comunhão com Deus.

O mesmo se aplica à pregação. De um lado, presbíteros devem ser “aptos para ensinar” (1 Timóteo 3.2). Dotados. Hábeis. Capazes. Eficazes. Por outro lado, existe um tipo de oratória suave e fácil, e um tipo de casualidade bacana, sábia, “antenada” e até mesmo estudada que pode causar tanta distração da presença de Deus quanto o embaraço autoconsciente do principiante nervoso.

Espiritual Não Significa Má Qualidade


Excelência discreta significa que o conteúdo, linguagem, tom de voz, gesticulação e conduta servirão aos objetivos espirituais da mensagem: o despertamento do morto e a edificação da fé nos santos pelo poder de Deus. Não há um levantar profissional dos mortos. E nenhuma edificação profissional do templo da alma.

Portanto, irmãos, nós (ainda) não somos profissionais. Nosso objetivo é sobrenatural. Portanto, nossos meios são definidos e moldados pelo Espírito de Deus. A excelência que buscamos serve a comunhão espiritual com Deus. Ela não causa distração. Mas espiritual não significa má qualidade. E sobrenatural não significa estúpido

SERÁ QUE POSSO PERDER A MINHA SALVAÇÃO

Aqui está a perseverança dos santos que obedecem aos mandamentos de Deus e permanecem fiéis a Jesus. (Apocalipse 14:12)

O número de pessoas que saíram da igreja cresceu. É só você pensar em quantas pessoas conhece, que não caminham mais com você para a igreja. Para Kinnaman, [1] diretor de um instituto cristão americano de pesquisas, “a maior parte dos ‘não-cristãos’ (...) é formada por gente que (...) frequentou a igreja e serviu a Jesus”. Isso não é coisa de hoje: há mais de dois mil anos, o autor de Hebreus já alertava os crentes a não abandonarem o costume de congregar (10:25). Sair da igreja, deixar de vigiar e orar (Lc 21:36) podem ser sinais de desvio da fé, pois as práticas cristãs são relevantes para continuarmos caminhando na graça de Cristo.

Perseverança é a “irmã gêmea” da santificação, pois quem anda em santidade de vida, está perseverando na fé, e quem persevera na fé, está se santificando; isso porque a graça de Deus nos leva a viver de uma nova maneira. Assim, podemos viver como filhos de Deus, de maneira sensata, justa e piedosa (Tt 2:12), pois fomos separados do pecado pelo Senhor e devemos desenvolver a santificação para vermos o Senhor (Hb 12:14). Fazendo assim, iremos preservar nossa salvação.

Há algumas imagens que nos ajudam a visualizar a perseverança. Por primeiro, temos a corrida. Em Hebreus 12:1, lemos: ... corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta. Esse texto mostra a vida cristã como uma corrida rumo à pátria celestial. A palavra corramos (gr. trechomen [2]) traz a ideia de um constante esforço para se chegar ao objetivo final. Por isso, essa corrida é feita com perseverança (gr.hupomones [3]), que, aqui, nos remete a caminhar com esperança [4]. O cristão não está caminhando para o nada, está indo para o céu.

Outra imagem que temos para a perseverança é a luta. É o que vemos em 1 Corintios 9:26b: ... assim luto. A palavra grega traduzida por luto (gr. Pukteuo) aponta para o pugilista ou boxeador, “aquele que luta com os punhos”. [5] Veja que a vida cristã é uma constante luta contra o pecado. A última imagem que a Bíblia apresenta é da guerra. O cristão é um soldado que anda conforme a vontade daquele que o alistou para o serviço. É isso que Paulo diz, em 2 Timóteo 2:3: Participa comigo dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus. Embora Paulo esteja se dirigindo a quem está no ministério, certamente essa imagem serve para a vida do cristão. Devemos militar espiritualmente no poder de Deus.

Essas imagens ajudam-nos a visualizar como devemos caminhar com nosso Senhor Jesus Cristo. Não devemos ficar parados na vida cristã. A ordem bíblica é: cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo (2 Pedro 3:18 NVI). Precisamos continuar nossa corrida crendo na recompensa final (1 Corintios 9:24-25). Jamais podemos vacilar, na nossa luta contra o inimigo de nossas almas (Ef 6:12), mas devemos continuar seguindo as ordens do Senhor para agradá-lo sempre (2 Timóteo 2:3). Podemos ter uma vida cristã crescente, perseverando, sempre dependentes da graça de Deus.

O cuidado no caminho - Já sabemos que nossa salvação está mais perto do que quando começamos a crer em Jesus (Romanos 13:11). É nosso dever, então, preservar a salvação. E isso é possível? Jesus falou várias vezes sobre perseverança. Em três, dos quatro evangelhos, Cristo nos chama a não desistirmos da fé, frente aos últimos dias (cf. Mt 24:13; Mc 13:13; Lc 21:19). Perseverar é a tradução para a palavra grega hupomeno, cujo significado é ficar firme na fé em Cristo, até o fim. Perseverar ou preservar a salvação é caminhar para frente, seguindo Jesus Cristo.

Para que preservemos a salvação que nos foi dada de graça por Jesus, devemos continuar nossa corrida, nossa luta e nossa guerra. A partir das três imagens que lemos acima, vamos meditar, agora, sobre o que atrapalha o cristão. O atleta segue na corrida e o cristão persevera. Para isso, precisa deixar todo peso que o detém e o pecado que o envolve (Hebreus 12:1). Wiley [6] nos ajuda a entender o significado de deixar o peso: “... tem o sentido de desfazer-se de coisas supérfluas, (...) o excesso de vestimenta que impeça o progresso do corredor”. Assim, devemos tirar tudo que impede a nossa caminhada. Com a imagem do lutador, Paulo mostra como devemos combater, no “ringue” da vida cristã. Ele diz que não dava socos no ar (1 Corintios 9:26b), pois seria algo inútil, e concluí: mas esmurro meu corpo e o reduzo à escravidão, (...) (v.27a). Vale dizer que o apóstolo não maltratava seu corpo, mas limitava, no poder de Deus, a sua natureza humana. Para Paulo, seu maior adversário era ele mesmo.

Sabemos que quem nos ajuda nessa luta é o Espírito Santo (Galatas 5:17). Por fim, o que impede o soldado de ser vitorioso na guerra é embaraçar-se com as coisas desta vida (2 Timoteo 2:4). Segundo a chave linguística do NT “a palavra [embaraçar-se] retrata a arma de um soldado embaraçada em sua própria armadura (...)”. [7] Como soldados de Cristo, temos de continuar na “guerra” contra o pecado, não perdendo de vista a nossa esperança.

Desvio: primeiro passo rumo à apostasia - A Bíblia afirma claramente que um cristão pode perder a salvação recebida pela graça de Deus. Isso acontece quando este apostata. Apostasia significa, literalmente, “mudança de posição”. A apostasia é uma ruptura completa de relação com Jesus; não é resultado de uma decisão rápida, “mas de um processo de endurecimento gradual dentro da mente que se cristalizou agora em uma ‘atitude constante de hostilidade a Cristo’”. [8]

O primeiro passo rumo à apostasia é o desvio. Sobre isso, Tiago diz: ... se algum dentre vós se desviar da verdade ... (5:19a). Aqui, “o verbo ‘desviar’ significa ‘perambular’ e sugere um afastamento gradativo da vontade de Deus”. [9] Assim, entendemos que um crente pode, sim, sair do caminho. Os cristãos devem pregar aos desviados, para que estes voltem ao caminho, pois, a partir do texto de Tiago, entendemos que há chance para aquele que se afastou, mas ainda crê no Senhor (Tiago 5:20). Quanto aos duvidosos, mencionados na Carta de Judas, devemos nos esforçar e ter misericórdia deles, a fim de ajudá-los a voltar para o caminho de Deus (Judas 22-23). O fato é que o desviado da verdade pode voltar. Contudo, o desvio é um caminho perigoso, pois pode levar à apostasia. O pecado continuado pode levar ao endurecimento da mente e tornar a consciência insensível. Assim, chega-se à apostasia.

Para o apóstata, não há retorno (Hebreus 6:4-6). Cuidemos: quem se desvia do caminho, já tem uma grande chance de apostatar. Não devemos insistir no pecado (Hebreus 10:26), pois todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado (1 João 3:9a). Se não perseverarmos na fé, acontecerá o retrocesso espiritual mencionado em 2 Pedro 2:20-22. De crentes genuínos, passaremos a hereges e falsos mestres (ver 2 Pedro 2:1-19). O apóstata é comparado ao cão que volta a comer seu vômito e a porca limpa que se suja na lama (v.22).

Preservar a fé em Jesus é o melhor remédio. O melhor a fazermos é não negligenciarmos tão grande salvação(Hebreus 2:3). Não devemos trocar Jesus por filosofias, legalismos ou prazeres momentâneos. Devemos vencer os pecados que podem nos fazer sair do caminho da graça. Não precisamos provar do mundo para sabermos que o que há nele é mau: basta lembrarmos o que a Bíblia diz: sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno (1 João 5:19).

Caminhando com certeza - Por que podemos andar com certeza da salvação? Em primeiro lugar, podemos ter certeza da salvação porque ela foi conquistada na cruz. Em Colossenses 1:22, Paulo diz que Deus, pelo sacrifício de Cristo, nos reconciliou consigo para nos apresentar santos, irrepreensíveis e inculpáveis, perante ele. A palavra apresentar pode significar que, no futuro, diante do julgamento de Deus, não haverá nenhuma sentença contra os salvos. Outra palavra de significado interessante é irrepreensíveis, que traz a ideia de que seremos chamados por Deus não para sermos incriminados, pois somos inculpáveis, devido à reconciliação que Jesus fez para voltarmos para o Pai. [10] Em segundo lugar, podemos ter certeza da salvação porque a salvação final (glorificação) é certa. Em Romanos 8:30, encontramos esta certeza: E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou. 

Paulo é tão certo da salvação dos que, pela graça, creram em Jesus que coloca a glorificação como fato do passado. Um “passado profético”, uma forte certeza. [11] Deus já contempla o fim da salvação, pois é onisciente. Podemos confiar na sua palavra. Jesus foi para o céu, mas virá para nos buscar (João 14:3). Podemos caminhar com essa certeza, pois, como vimos fomos reconciliados com Deus, na cruz. E já que fomos salvos por ele, devemos preservar a fé, para que, naquele dia, sermos por ele salvos da ira (Romanos 5:9). Essa preservação não é merecimento.

Não nos esforçamos para sermos filhos de Deus, pois já o somos, pela graça. Nós praticamos a salvação sabendo que é Deus que nos dá poder (Filipenses 2.12-13). Para não perder essa esperança viva, a única condição que creiamos inteiramente na verdade, fiquemos firmes e seguros nela, convictos da Boa Nova de que Jesus morreu por nós, sem vacilarmos na confiança nele como salvador (Cl 1.23a – BV). Não desistamos da fé! Pratiquemos o evangelho!

Aplicando a Palavra de Deus em nossa vida:

1. Persevere: Não saia do caminho!

Talvez você esteja sentindo vontade de sair da igreja, ou, talvez, mesmo indo ao templo, você não esteja mais vivendo como igreja. Talvez você já tenha percebido que o seu amor esfriou (Mateus 24:12), que o pecado o tem levado para longe, que você anda lendo coisas estranhas ao evangelho e frequentando lugares impróprios para um cristão. Talvez você nem guarde mais os mandamentos de Deus como antes (Êxodo 20). Saiba, porém, que há jeito, pois Deus não desistiu de você. Corra, lute e guerreie! Não pare de perseverar! Não olhe para traz! Continue! Prossiga para o alvo, pois a graça de Deus o fortalece (Filipenses 3:13-14).

2. Persevere: Volte para o caminho!

A você, que está desviado ou conhece alguém que se desviou, a mensagem da palavra de Deus é esta:“Volte para o caminho!”. Você pode ter cansado da igreja ou ter se escandalizado com ela, mas Deus o espera de braços abertos. Venha o mais depressa possível. Antes de excluir Deus de sua vida, exclua o seu eu e volte para o Senhor. Ele continua amando você e dizendo: Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo (Apocalipse 3:20). Cabe a você decidir.

Conclusão

Preciso ser humilde e reconhecer que, só com a graça de Deus, conseguirei caminhar para frente, na vida cristã. Por isso, eu me pergunto: Como tenho caminhado? Como está meu ritmo na “corrida da fé”? Como tenho lutado? Como tenho guerreado: com minhas armas ou com as de Deus? Irei procurar me envolver mais com minha comunidade local. Vou aumentar meu ritmo na fé, tanto na esfera particular como na pública. Pela graça de Deus, aumentarei meu tempo de oração e leitura da palavra. Participarei mais dos cultos, envolvendo-me em um ministério da igreja local. Perseverarei na fé em nosso Senhor Jesus Cristo!

Amém!

Bibliografia:

1. Apud Dick, Cristianismo Hoje, n.25, out/nov de 2011, p.42.

2. WILEY, Orton H. A excelência da nova aliança em Cristo. Tradução: Petrônio Leone.
Rio de janeiro: Central Gospel, 2008. pág. 507

3. WILEY, Orton H. A excelência da nova aliança em Cristo. Tradução: Petrônio Leone.
Rio de janeiro: Central Gospel, 2008. pág. 507

4. RIENECKER, Fritz. Chave linguística do Novo Testamento grego. Tradução: Gordon
Chown e Júlio Paulo T. Zabatiero. São Paulo: Vida Nova, 1995. pág. 523

5. RIENECKER, Fritz. Chave linguística do Novo Testamento grego. Tradução: Gordon
Chown e Júlio Paulo T. Zabatiero. São Paulo: Vida Nova, 1995. pág. 308

6. WILEY, Orton H. A excelência da nova aliança em Cristo. Tradução: Petrônio Leone.
Rio de janeiro: Central Gospel, 2008. pág. 507

7. Guthrie apud RIENECKER, Fritz. Chave linguística do Novo Testamento grego. Tradução: Gordon Chown e Júlio Paulo T. Zabatiero. São Paulo: Vida Nova, 1995.pág. 474

8. ARRINGTON, French L. & STRONSTAD, Roger (Editores). Comentário bíblico pentecostal: Novo Testamento. Tradução: Luís Aron de Macedo e Degmar Ribas Júnior. Rio deJaneiro: CPAD, 2003. pág. 1575

9. WIERSBE, Warren W. Comentário bíblico expositivo: Novo Testamento 2. Tradução:
Susana E. Klassen. Santo André: Geográfica, 2006c. pág. 497

10. MARTIN, Ralph P. Colossenses e Filemom: introdução e comentário. Tradução: Júlio T.
Zabatiero. São Paulo: Vida Nova e Mundo Cristão, 1984. pág. 78

11. STOTT, John W. A mensagem de Romanos. Tradução: Silêda e Marcos D. S. Steuernagel.
São Paulo: ABU, 2000. pág. 306