terça-feira, 29 de julho de 2014

Luiz Sayão - Queda em Gênesis

segunda-feira, 7 de julho de 2014

TEOLOGIA UNISCISTA

ESTUDOS UNICISTA


Essenciais da Teologia Unicista
"Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Jesus Cristo a principal pedra de esquina". Efésios 2:20 ESSENCIAIS DA TEOLOGIA UNICISTA 

Prefácio do Autor:
Essenciais da Teologia Unicista, primeiramente foi apresentado como um trabalho sobre “Aspectos do Movi­mento Pentecostal Unicista”, num simpósio patrocinado pela Harvard Divinity School em 5-7 de Julho de 1984, em Cambridge, Massachusetts. Dos dez maiores trabalhos apre­sentados no simpósio, este foi o único apresentado por al­guém da Pentecostal Unida e o único a lidar diretamente com a doutrina Unicista mesma. O propósito do trabalho foi para apresentar os elementos essenciais da convicção Unicista, para distingui-la claramente do trinitarianismo, e responder objeções que os trinitários possam levantar. 

Sendo que muitas pessoas, incluindo os trinitarianos, têm expressado grande interesse no trabalho, foi preparado para sua publicação. Foram feitas somente algumas mudan­ças pequenas, sendo que a mais notável é a citação tirada dos escritos de W.A. Criswell. 

Espero que este livrete tenha uma dupla função: (1) um resumo, uma referência conveniente para crentes Unicista e (2) um resumo, porém uma introdução completa da Unicidade, para aqueles fora do movimento.  

Essenciais da Teologia Unicista 
De acordo com uma estimativa, um quarto dos Pentecostais Americanos adere na doutrina conhecida como Unicidade.’ Na história da igreja, muitos têm formulado independentemente uma forma de teologia Unicista incluindo, por exemplo, os modalistas e os Sabelianos na era ante­Nicena, Miguel Scheppe, (1531), John Miller (1876), Andrew Urshan (1910), R.E.McAlister, John Seheppe, e Frank Ewart (1913), e a Verdadeira Igreja de Jesus na China (1917). Conseqüentemente a teologia Unicista não pode ser analisada somente pelo desenvolvimento histórico do movimento moderno Unicista; devem ser dada atenção séria aos textos bíblicos que tem induzido o reaparecimento persistente dentro da Cristandade. Este trabalho identificará os dogmas distintos da teologia Unicista da perspectiva de um Pentecostal Unicista, e apresenta sua base bíblica, e compara-o com o trinitarianismo. 

A doutrina Unicista pode ser apresentada sucintamente em duas propostas: (1) há um só Deus indivisível sem distinção de pessoas: (2) Jesus Cristo está toda a plenitude da Divindade encarnada, Todos os títulos da Deidade podem ser aplicados para Ele e todos aspectos da personalidade divina estão manifestados nEle. 

 
Monoteísmo Radical 
A base da teologia Unicista é um conceito radical de monoteísmo. 
Simplesmente declara, Deus é absolutamente e indivisivelmente um. Não há distinções ou divisões essencial em Sua natureza eterna, Todos os nomes e títulos da Deidade, tais como Elohim, Yahweh, Adonai, Pai, Verbo, Espírito Santo referem-se a um e o mesmo ser, ou - em terminologia trinitariana de uma pessoa. Qualquer pluralidade associada com Deus é somente uma pluralidade de atributos, títulos, papéis, manifestações, modos de atividades, ou relacionamentos do homem. 
Esta é a posição histórica de judaísmo. Tanto crentes Unicistas como judeus encontram a expressão clássica desta fé em Deuteronômio 6:4: “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR”.Muitas outras passagens no Antigo Testamento, particularmente em Isaias, afirma o monoteísmo estrito e são interpretadas literalmente de modo a excluir qualquer pluralidade na Deidade. Por exemplo: 

“... antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu SOU o SENHOR, e fora de mim não salvador.” (Isaias 43:10-11). “... eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim." (Isaias 46:9). 

Nenhuma passagem no Antigo Testamento declara explicitamente a doutrina trinitariana; uma não pode derivá-la de uma exegese de somente textos do Antigo Testamento. Se a triplicidade é uma parte essencial da natureza de Deus, Ele não revelou isto para Seu povo escolhido. Se correto, o trinitarianismo é o único aspecto chave da natureza de Deus totalmente desconhecida no Antigo Testamento, mas revelada no Novo Testamento. Se Deus é uma trindade, então Abraão, o pai dos fiéis de todas épocas, não compreendeu a natureza da Deidade a quem ele adorava. 
Os crentes Unicistas dão as seguintes explicações para as passagens do Antigo Testamento que os trinitarianos citam quando aludem à trindade. 

* O uso da palavra plural Elohim, não denota uma pluralidade de pessoas,
mas é uma maneira característica para expressar a grandeza OU majestade na linguagem hebraica. 

* O uso do plural divino na frase. “Façamos o homem à nossa imagem" pode
ser examinado de várias maneiras (1) Deus conversando com os anjos (como os judeus explicam); (2) Deus tomando conselho com a Sua própria vontade (como em Efésios 1: 11): (3) um pronome simplesmente no plural que concorda com o substantivo plural Elohim; (4) um plural de majestade ou literário: ou (5) uma referência profética à manifestação futura do Filho de Deus. E importante notar que, em cumprimento a este versículo, Deus criou Adão como uma pessoa, com um corpo, mente, personalidade, espírito e vontade. (Gênesis 1:27) - E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.  
(sempre se referindo no singular)

* Referenciais ao Filho são profético do homem Cristo, apontando para a 
manifestação futura de Deus em carne. 

* Referências ao Espírito de Deus, a Palavra de Deus e a sabedoria de 
Deus não significa uma pluralidade de pessoas, assim como quando se fala do espírito, da palavra, ou sabedoria de um homem. 

* Todas as teofanias do Antigo Testamento podem facilmente ser vista como 
manifestações do único Deus, que é onipresente, onipotente. Enquanto a expressão, “o anjo do SENHOR” aparentemente é uma teofania em muitas pas­sagens, ocasionalmente a frase denota um anjo literal distinguido de Deus. 

* As atribuições a Deus de partes do corpo humano é antropomorfismo, já 
que o único corpo físico permanente de um Deus que é Espírito é o do Filho de Maria. 

* Freqüentemente os trinitarianos explicam que as passagens monoteísticas usadas para mostrar a Unicidade meramente falam da harmonia perfeita e da união dentro da trindade, e excluem uma pluralidade de divindades falsas; mas não uma pluralidade de pessoas no verdadeiro Deus. No entanto, nem os escritores bíblicos e nem os seus leitores originais entenderam assim. Além disso, este ponto de vista permitiria o politeísmo total, pois muitas divindades distintas poderiam viver em perfeita harmonia e união. 

Os trinitarianos sugerem que a palavra hebraica usada para descrever a Unicidade de Deus é echad, que pode significar um em harmonia. Entretanto, também pode significar unicidade numérica absoluta, e é usada desta maneira muitas vezes nas Escrituras. E deve ser interpretada assim quando fere-se a Deus, ou então não excluiria o politeísmo como passagens 

em questão claramente pretendem. Até a importância que echad conota uma união de coisas plurais, significa a união dos atributos múltiplos de Deus. 

Mudando para o Novo Testamento, os expoentes da Unicidade enfatizam a importância de exegetas na luz do contexto e cultura. Os oradores e escritores originais eram judeus estritamente monoteístas que não tinham pensado de introduzir uma nova e dramática revelação de pluralidade na Divindade. Nem escritores nem leitores pensavam em categorias trinitarianas, pois tanto a doutrina e a terminologia da trindade ainda não haviam sido formuladas. Muitas passagens do Novo Testamento confirmam o monoteísmo do Antigo Testamento. Nenhum dos testamentos usa a palavra trindade, ou associa a palavra três ou a palavra pessoas com a Deidade de maneira significativa. A única passagem que usa a palavra pessoa (hypostasis) em relação a Deus é Hebreus 1 :3, onde diz que o Filho é a expressa imagem da sua pessoa [Edição Revista e Corrigi da] - literalmente "substancia" - não uma pessoa ou substância separada de Deus. 
Enquanto os trinitarianos reconhecem que a sua dou trina da Divindade é um mistério para mentes humanas que são finitas. Os adeptos Unicistas sustentam que a Unicidade de Deus não é mistério, porém é claramente revelada na Escritura para aqueles que crerem. Para estes, o verdadeiro mistério da Divindade é a Encarnação (1 Timóteo 3:16), e que tem sido revelado.


Avaliando a posição da Unicidade, é interessante notar as conclusões da The New Catholic Encyclopedia: "Há o reconhecimento da parte de exegetas e teólogos bíblicos... que não se deve falar de Trinitarianismo no Novo Testa mento sem sérias qualificações... a exegese do Novo Testa mento já provou que tanto as formas de expressão quanto a maneira de pensar é característica do desenvolvimento patrístico e conciliário teria sido algo desconhecido para as mentes e cultura dos escritores do Novo Testamento". Do mesmo modo, o teólogo Protestante Emíl Brunner escre veu. A própria doutrina da Trindade, entretanto, não é uma doutrina Bíblica e este fato não é por acaso, mas por necessidade. É o produto de reflexão teológica acerca do problema... A doutrina eclesiástica da Trindade não é somente o produto de genuíno pensamento Bíblico, mas também o produto de especulação filosófica, o que é distante do pensamento Bíblico. 

 
A Deidade Absoluta de Jesus Cristo 
Teólogos Unicistas identificam Jesus Cristo como a encarnação do único Deus, baseando-se em uma interpretação literal de Colossenses 2:9-10 que diz, "Porquanto nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. Também nele estais aperfeiçoados, Ele é o cabeça de todo principado e potestade.” 
Todos os nomes e títulos da Deidade — assim como Yahweh, Pai e Espírito Santo - podem ser aplicados propriamente a Jesus. Jesus não é a mera encarnação de uma pessoa de uma Trindade, mas a encarnação de todo o caráter, qualidade e personalidade do único e indivisível Deus. 

A Unicidade afirma em termos fortes que Jesus é Deus, o mesmo do Antigo Testamento, e sustenta que os escritores do Novo Testamento tencionavam isto quando chamavam Jesus de Deus. Isto é, o único e somente Deus do Antigo Testamento se encarnou como Jesus Cristo. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (11 Coríntios 5:19). Para usar a terminologia bíblica, Jesus é a imagem do Deus invisível. Deus manifesto em carne, nosso Deus e Salvador, e a expressa imagem da substância de Deus. W. A. Críswell, pastor da Primeira Igreja Batista de Dallas. Texas, e que no passado foi presidente da Convenção Batista do Sul, descreveu a deidade de Cristo em termos idênticos aos usados pelos unicistas nos seus Sermões Expositivos Sobre o Apocalipse. 
Freqüentemente não entendo as pessoas que pensam que no céu verão três Deuses. Se você pensa que verá três Deuses, então o que os Muçulmanos dizem acerca de você é verdade, e que o seu vizinho Judeu diz acerca de você é verdade. Você não é um monoteísta, você é um politeísta. Você crê numa multiplicidade de Deus, plural. “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR. Conhecemos Deus como nosso Pai, conhecemos Deus como nosso Salvador e conhecemos Deus pelo Seu Espírito em nossos corações. Mas não há três Deuses. O verdadeiro Cristão é um monoteísta. Há um Deus”. Eu e o Pai somos um.” “Quem me vê a mim, vê o Pai.” É o Senhor Deus quem fala. É Ele a quem João viu quando voltou-se. O único Deus que você verá é o Senhor Deus a quem João viu na visão do candelabro. O único Deus que você sentirá é o Espírito do Senhor Deus em seu coração. O único Deus que existe: é o grande Pai de todos nós. O único Senhor Deus. é Cristo. No Antigo Testamento nós O chamamos de Jeová. No Novo Testamento, a Nova Aliança, nós O chamamos de Jesus. Hoje, o único grande Deus, apresenta-se em autoridade e em juízo e em dignidade judicial entre Suas Igrejas velando por nós. “Eu vi um semelhante [um grande símbolo místico] a Filho de homem É o próprio Senhor Deus que virá, pois Cristo Jesus é o Deus do Universo. Não veremos três Deus no céu. Nunca pense que na glória nós veremos Deus Nº 1 e Deus Nº 2 e Deus Nº 3. Não! Somente há um Senhor Deus. Nós O conhecemos como nosso Pai, nós (3 conhecemos como nosso Salvador, nós o conhecemos como o Espírito Santo em nossos corações. 
Há um Deus e este é o grande Deus, que foi chamado no Antigo Testamento, Jeová, e, no Novo Testamento manifestado em carne, é chamado de Jesus. o Príncipe dos céus, aquele que virá . 

 A Unicidade atribui a Jesus todos os títulos da Deidade 
* Jesus é o Jeová do Antigo Testamento. Isto é estabelecido ao examinar muitas declarações do Antigo Testamento concernentes a Jeová que o Novo Testamento atribui a Jesus. Por exemplo, em Isaias 45:23 Jeová disse. 
“Diante de mim se dobrará todo o joelho, e jurará toda língua, mas em 

Romanos 14:10-11 e Filipenses 2:10-l1, Paulo aplica esta profecia à Cristo. 
O Antigo Testamento descreve Jeová como Todo Poderoso. Eu sou, único Salvador. Senhor dos senhores, Primeiro e Ultimo, único Criador, único Santo, Redentor, Juiz, Pastor e Luz; no entanto o Novo Testamento atribui todos estes títulos a Jesus Cristo. 

*Jesus é o Pai. “E o seu nome será... Deus Forte, Pai d a Eternidade,” 
(Isaias 9:6). “Eu e o Pai somos um" (João 10:30). “O Pai está em mim, e eu estou no Pai” (João 10:38). Quem me vê a mim, vê o Pai” (João 14:9). Jesus é o pai os vencedores (Apocalipse 21:6-7), e Ele prometeu não deixar os Seus discípulos órfãos (João 14:18). A Bíblia atribui muitas obras a ambos, tanto ao Pai como a Jesus: ressuscitar o corpo de Cristo, enviar o Consolador, atrair os homens a Deus, responder orações, santificar crentes e ressuscitar os mortos.

* O Espírito Santo é literalmente O Espírito que estava em Jesus Cristo. “ 0 Espírito da verdade.., habita convosco, e estará em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vos outros" (João 14:17-18). “O Senhor é o Espírito" 
(II Coríntios 3:17). O Espírito Santo é o Espírito do Filho e o Espírito de Jesus Cristo (Gálatas 4:6: Filipenses 1:19). O Novo Testamento atribui as seguintes obras tanto a Jesus como ao Espírito Santo: mover sobre os antigos profetas, ressuscitar o corpo de Cristo, ser o Consolador, dar palavras aos crentes na hora da perseguição, interceder, santificar, e habitar nos crentes. Apesar de não rejeitar o trinitarianismo, Lewis Smedes reconheceu. 
“A experiência do Espírito é a experiência com o Senhor. Na época atual, o Senhor é o Espírito.., O Espírito é Jesus, o que foi assunto, operando na terra... O Espírito é Cristo em sua função redentora... Isto sugere que nós não cumprimos o propósito bíblico ao insistir que o Espírito como uma pessoa que é separada da pessoa cujo nome é Jesus. 

Finalmente, os que ensinam a Unicidade identificam Jesus como Aquele que se assenta no trono celestial, ao comparar a descrição de Jesus em Apocalipse 1 com o daquele assentado no trono em Apocalipse 4, e notar que "Deus e o Cordeiro” é um só ser em Apocalipse 22:3-4. Conforme Bernard Ramm, os trinitários são ambíguos quanto ao fato de verem um ser divino ou três seres divinos no céu, mas os crentes Unicistas rejeitam firmemente qualquer noção de três seres visíveis como triteismo. 

 
Pai - Filho - Espírito Santo 
Crer na Unicidade não significa negar o Pai, o Filho, e Espírito Santo. Ela simplesmente oferece definições não trinitária para estes termos bíblicos. O título de Pai refere-­se ao papel de Deus como pai de toda a criação, pai do Filho unigênito e pai de todo o crente nascido de novo. O título de Filho refere-se à encarnação de Deus, pois o homem Cristo foi literalmente concebido pelo Espírito de Deus (Mateus 1 : 18-20; Lucas 1:35). O título de Espírito Santo descreve a característica fundamental da natureza de Deus. A santidade forma a base de Seus atributos morais, enquanto a espiritualidade forma a base dos Seus atributos não morais. O título especificamente refere-se a Deus em atividade, particularmente Seu trabalho de ungir, regenerar, e habitar no homem. 
Portanto, a Unicidade afirma os múltiplos papéis e funções descritos pelos termos Pai, Filho e Espírito. No entanto, diferente do trinitarianismo, ela nega que estes três títulos reflitam uma triplicidade essencial na natureza de Deus e afirma que todos os títulos aplicam-se a Cristo simultaneamente. 
Os termos podem também ser entendido na revelação de Deus ao homem: Pai refere-se a Deus em seu relacionamento familiar com o homem; Filho refere-se a Deus manifestado em carne; e Espírito refere-se a Deus em atividade. Por exemplo, um homem pode ter três relacionamentos significativos ou funções - assim como administrador, professor, e conselheiro - e ainda ser uma só pessoa no pleno sentido da palavra. Deus não define-se e nem limita-se a uma triplicidade essencial. 

Como já vimos, a natureza divina de Jesus Cristo o Filho de Deus é identificado como o Pai e o Espírito Santo. Além do mais, o Pai e o Espírito Santo são identificados como um único e mesmo ser: o termo Espírito Santo descreve o que o Pai é, O Espírito Santo é literalmente o Pai de Jesus, desde que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo. A Bíblia chama o Espírito Santo o Espírito de Jeová, o Espírito de Deus e o Espírito do Pai. A Bíblia atribui muitas das obras de Deus o Pai ao Espírito também, assim como ressuscitar Cristo e habitar, consolar, santificar e ressuscitar os santos. 

Os que ensinam a Unicidade oferecem as seguintes explicações para passagens do Novo Testamento muitas vezes usadas para demonstrar a existência de uma Trindade.

* Referências no plural ao Pai e o Filho simplesmente fazem distinção entre a deidade e a humanidade de Cristo. 

Outras referências a Deus no plural fazem distinção entre várias manifestações, atributos, papéis ou relacionamentos que o único Deus tem. 
Por exemplo, II Coríntios 13:13 descreve três aspectos, atributos, ou obras de Deus ­graça, amor, c comunhão - e os liga com nomes ou títulos que correspondem mais diretamente com estas qualidades ­Senhor Jesus Cristo, Deus, e Espírito Santo. Assim também, em I Pedro 1:2 menciona a presciência de Deus Pai, a santificação do Espírito, e o sangue de Jesus. 

* O batismo de Cristo não pretendia apresentar aos judeus devotos espectadores uma doutrina nova radical de pluralidade na Divindade, mas significativa a unção autorizada de Jesus como o Messias. Uma compreensão correta da onipresença de Deus dissipa qualquer noção que a voz celestial e a pomba requerem pessoas separadas. 

* A descrição de Cristo do Espírito Santo com o “ou­tro Consolador” em João
14 indica uma diferença de forma ou de relacionamento, isto é, Cristo em Espírito antes do que em carne. 

* João 17 fala da união do homem Cristo com o Pai. Como um homem. Cristo era um com Deus em mente, propósito e vontade. e nós podemos ser um com Deus neste sentido. Entretanto, outras passagens ensinam que Cristo é um com Deus num sentido que nós não podemos ser, porque Ele é o próprio Deus. 

* Dizer que Jesus está à mão direita de Deus não significa uma posição física de dois seres com dois corpos. pois Deus é um Espírito e não tem um 
corpo físico fora de Jesus Cristo. Tal ponto de vista seria distinguível 
do diteismo. Antes, a frase é uma expressão idiomática do Antigo Testamento, denotando que Cristo possui todo o poder, autoridade, e preeminência de Deus. 
* As Epístolas de Paulo incluem tipicamente uma saudação tais como: "Graça a vós outros e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo” 
(Romanos 1:7). Isto enfatiza a necessidade de reconhecer não somente os papéis de Deus como Pai e Criador, mas também a revelação de Deus em carne como Jesus Cristo. A conjunção Grega kai pode significar mesmo”, identificando assim o Pai e Jesus como o mesmo ser. Em passagens semelhantes, tais como II Tessalonicenses 1:2 e Tito 2:13, deve-se aplicar a lei de Granville Sharp: Se dois substantivos próprios do mesmo gênero, número, e caso são ligados com kai, e se o primeiro tem o artigo definido e o segundo não, então ambos falam da mesma pessoa. 

* “O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo:” denota um relacionamento de aliança assim como " o Deus de Abraão.” Isto serve para nos lembrar das promessas que Cristo conquistou como um homem sem pecado, promessas do “Deus de Jesus Cristo,, que estão disponíveis àqueles que têm fé em Cristo. 

* O kenosis de Cristo descrito em Filipenses 2:6-8 não significa que Cristo se esvaziou dos atributos divinos, como onipresença, onisciência e onipotência, senão Cristo seria meramente um semi-deus. O Espírito de Cristo reteve todos os atributos da deidade mesmo quando Ele manifestou todo o Seu caráter em carne. Esta passagem somente referem-se às limitações de Cristo imposta nEle relativa a Sua vida humana. O kenosis foi uma rendição voluntária de glória, dignidade e prerrogativas divinas, não uma abdicação de Sua natureza divina. A união de deidade e humanidade que era Jesus Cristo, era igual a Deus e procedia de Deus, mas se tornou humilde e obediente até a morte. 

* A visão daquele sobre o trono e do Cordeiro em Apocalipse 5 é apenas simbólica. Aquele que se assenta no trono representa toda a Deidade, enquanto o Cordeiro representa o Filho em Seu papel sacrifical humano. 

 
O Filho 
Conforme temos visto, os expoentes da Unicidade explicam que o termo Filho fala da manifestação do único Deus em carne. Eles afirmam que Filho pode referir-se à natureza humana de Cristo somente (como em “o Filho morreu”) ou à união de deidade e humanidade (como em “o Filho voltará à terra em glória”). Entretanto, eles insistem que o termo não pode ser usado quando separado da encarnação de Deus; nunca pode apenas referir-se à deidade. Eles rejeitam o termo Deus Filho,” não bíblico, a doutrina do Filho eterno, e a doutrina da geração eterna. A frase “o Filho unigênito” não refere-se ao fato que o Filho foi gerado do Pai, por uma geração espiritual inexplicável, mas refere-se à concepção miraculosa de Jesus no ventre da virgem pelo Espírito Santo.
Para estabelecer o princípio da existência do Filho, os crentes Unicistas indicam as seguintes passagens das Escrituras: "Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso também o ente Santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lucas 1:35). 
“Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gálatas 4:4). “Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (Hebreus 1:5). Eles apontam para o tempo em que o papel distinto do Filho terminará, quando o propósito redentor para o qual Deus se manifestou em carne não existirá mais. Isto não implica que o corpo imortal glorificado de Cristo deixará de existir, mas que a obra de mediador e o reinado do Filho findarão. O papel do Filho será imergido pela grandeza de Deus, que permanecerá em Seu papel original como Pai. Criador. e Soberano de todas as coisas. “Então o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” (1 Coríntios 15:28). 

Os crentes Unicistas enfatizam as duas naturezas de Cristo, usando este fato para explicar as referências no plural ao Pai e Filho contidas nos Evangelhos. Como Pai. Jesus as vezes agia e falava de Sua auto-consciência
divina: como Filho Ele algumas vezes agia e falava de Sua autoconsciência
humana.’4 As duas naturezas nunca entravam em conflito, porque elas estavam unidas em uma só pessoa. 

Apesar de darem ênfase às duas naturezas de Cristo, os que ensinam a Unicidade têm dado inadequada atenção à muitas áreas da Cristologia. Alguns têm feito declarações que parecem de Apolinário [que defendia o adocianismo, ou seja que Jesus foi adotado à posição de Filho de Deus: por um ato de Deus],pois deixam de definir e usam termos com precisão, mas estudiosos da Unicidade rejeitaram opressivamente esta implicação. A Unicidade se desenvolveu cuidadosamente, pode ser vista como compatível com a formulação Cristológica do Concílio de Calcedânia, isto é, que Cristo tem duas naturezas completas — deidade e humanidade — mas é somente uma pessoa. Entretanto, os crentes Unicistas não se baseiam nos credos para formular posições doutrinárias, mas baseiam-se apenas nas Escrituras, que revelam a plena deidade de Cristo, a plena humanidade de Cristo, e a união essencial e total de deidade e humanidade na Encarnação. 

Em alguns casos, os crentes Unicistas têm tomado posições Cristológicas não somente inconsistente com a Calcedônia, mas também com a sua própria posição na Unicidade. Por exemplo, alguns têm explicado o clamor de Cristo na cruz, “Deus meu. Deus meu porque me desamparaste?” como sinal que o Espírito de Deus deixou Jesus naquele momento. Este ponto de vista não apenas destrói a união da pessoa de Cristo, mas também afeta a crença em sua deidade absoluta. E mais consistente ver isso como expressando a punição que Cristo sofreu quando Ele tomou sobre Si os pecados do mundo. Ele de fato provou a morte por todos os homens; Ele sentiu a separação total de Deus que o pecador sentirá na eternidade. 
Entre os meios Unicistas existem várias opiniões acerca da possibilidade de Cristo pecar. Urna aplicação consistente de princípios da Unicidade indicaria que Cristo era irrepreensível. As vezes, alguém diz que Jesus conscientizou da Sua deidade ou tornou-se plenamente divino em algum momento de Sua vida adulta, como por exemplo em Seu batismo. Esta posição é inconsistente com as doutrinas Unicistas do Filho gerado. e da absoluta deidade de Cristo. e é portanto rejeitada pelo movimento. 

Os que ensinam a Unicidade dão as seguintes explicações para dúvidas levantadas com respeito à Sua doutrina do Filho. 

* De acordo com Hebreus 1:2, Deus criou o mundo através do Filho. 
Certamente. o Espírito (Deus) que estava no Filho era também o Criador do mundo. Esta passagem também pode indicar que baseou a inteira obra da criação sobre a fritura manifestação do Filho. Deus na Sua presciência sabia que o homem pecaria, mas Ele também sabia que através do Filho o homem poderia ser salvo e poderia cumprir o propósito original de Deus na criação. 
Como John 

Milier declarou, "Apesar de Ele não tomar sobre Si a humanidade até a plenitude do tempo, no entanto Ele a usou. e agiu através dela, desde a eternidade". 
* Hebreus 1:6, o Filho é chamado de primogênito ou primeiro a nascer. Uma interpretação deste versículo segundo Ário diria que Deus criou um Filho divino antes de qualquer coisa que Ele criou, porém isto não é inconsistente com a teologia da Unicidade, e este movimento rejeita firmemente qualquer forma de Arianismo. O Filho é o primogênito no sentido da humanidade: 
(1) Ele é o Filho primogênito e o unigênito. tendo sido concebido pelo Espírito; 
(2) A Encarnação existiu na mente de Deus desde o princípio e formou a base para todas as ações subseqüentes; 
(3) Como homem. 
Jesus é o primeiro a vencer o pecado, e é portanto O primogênito da família espiritual de Deus; 
(4) Como homem. Jesus é o primeiro a vencer a morte, e é portanto o primogênito da ressurreição; 
(5) Somente como primogênito tem a posição de preeminência. Jesus também é o cabeça de toda a criação e da igreja. 

* Jesus existiu antes da Encarnação, não como Filho eterno mas como o eterno Espírito de Deus. O Filho foi enviado do Pai, mas esta terminologia simplesmente indica que o Pai estava colocando em ação o plano preexistente em um certo momento, e que o Filho foi divinamente apontado para concluir uma tarefa específica. Do mesmo modo. João Batista foi um homem enviado por Deus, mas ele não existiu antes da sua chegada ao mundo. 

* As orações de Cristo representam a luta da vontade humana, submetendo-se à vontade divina. Elas representam Jesus orando de Sua auto-consciência humana e não da divina, pois Deus não precisa orar. Assim podemos explicar outros exemplos da inferioridade do Filho em poder e conhecimento. Se estes exemplos demonstram uma pluralidade de pessoas, eles estabelecem a subordinação de uma pessoa à outra, ao contrário da doutrina trinitariana de igualdade. 

* Outros exemplos de comunicação, conversação ou expressão de amor entre Pai e Filho são explicados como comunicação entre as naturezas divina e humana de Cristo. Se usado para demonstrar urna distinção de pessoas; eles estabeleceriam centros de consciência separado na Divindade, que é de fato politeísmo. 

 
O Logos 
O Logos (Verbo) de João 1, não é equivalente ao título Filho na Teologia Unicista como é no trinitarianismo. O Filho está limitado à Encarnação, mas o Logos não está. O Logos é a auto-expressão de Deus, “a maneira de Deus de auto revelar-se” ou “Deus se expressando.” Antes da Encarnação, o Logos era o pensamento inexpressado ou o plano na mente de Deus, e era real como nenhum pensamento humano pode ser, devido a perfeita presciência de Deus, e no caso da Encarnação, devido a predestinação de Deus. No princípio, o Logos estava com Deus, não como uma pessoa separada mas com o próprio Deus — parte de Deus e pertencente a Deus, assim como um homem e sua palavra. Na plenitude do tempo Deus colocou carne no Logos; Ele expressou a Si mesmo em carne. 

 
Teologia Do Nome 
A Unicidade dá farte ênfase à doutrina do nome de Deus como expressado tanto no Antigo como no Novo Testamento. Para as pessoas dos tempos bíblicos, “o nome é uma parte da pessoa, uma extensão da personalidade do individuo”. Especificamente, o nome de Deus representa a revelação da Sua presença, caráter, poder e autoridade. No Antigo Testamento, Yahweh (Jeová) era o nome redentor de Deus e o nome singular pelo qual Ele distinguiu-se dos deuses falsos. Todavia, no Novo Testamento, os que ensinaram a Unicidade afirmam que Deus acompanhou a revelação de Si próprio em carne com um novo nome. Este nome é Jesus, que inclui e toma o lugar de Yahweh, pois literalmente significa Yahweh — Salvador, ou Yahweh é Salvação. Apesar de outros levarem o nome Jesus, o Senhor Jesus Cristo é o único que realmente é o que o nome descreve. 

Enquanto os trinitarianos vêem o nome Jesus como o nome humano de Deus Filho, os crentes Unicistas vêem este nome como o nome redentor de Deus no Novo Testamento, que tem o poder e a autoridade que a igreja necessita. Eles apontam para estas passagens das Escrituras: “Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (João 14:14). “E não há salvação em nenhum outro, porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:1 2). “Por meio de seu nome, todo o que nele crê recebe remissão de pecados” (Atos 10:43). “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira, e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra” (Filipenses 2:9-10). “E tudo o que fizerdes, seja em palavras, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Colossenses 3:17). 

Eles notam que a Igreja Primitiva orava, pregava, ensinava, curava os enfermos, operava milagres, expulsava demônios e batizava no nome de Jesus. 
O nome de Jesus não é uma fórmula mágica: ele só tem efeito através da fé em Jesus e de um relacionamento com Ele. Todavia o Cristão deve usar o nome de Jesus falando em oração e no batismo, como uma expressão externa de fé em Jesus e obediência à Palavra de Deus. 

 
Fórmula Para O Batismo Nas Águas 
A teologia do Nome e a rejeição do trinitarianismo exige o uso de uma fórmula batismal Cristológica. O movimento Unicista ensina que o batismo nas águas deve ser administrado invocando o nome de Jesus. Geralmente, os títulos de Senhor ou Cristo, são usados como uma identificação adicional, como foi feito no Livro dos Atos. Expoentes da Unicidade mostram que cada vez que a Bíblia descreve a fórmula usada em um batismo, sempre descreve o nome de Jesus (Atos 2:38: 8:16; 10:48; 19:5: 22:16). Além destes relatos históricos no Livro de Atos, as epístolas usam muitas alusões à fórmula batismal do nome de Jesus (Romanos 6:4; I Coríntios 1:13; 6:11; Gálatas 3:27; Colossenses 2:12). 
Mateus 28:19 dá atenção especial, porque é a única passagem bíblica que possivelmente poderia ser interpretada como uma alusão a qualquer outra fórmula. É explicado como segue: 

* A gramática do versículo denota um nome singular, sendo que Jesus é ao mesmo tempo Pai, Filho e Espírito, e sendo que Ele veio em nome de Seu Pai e enviará o Espírito em Seu nome, o único nome de Mateus 28:19 tem que ser Jesus. Muitos trinitários reconhecem que o nome é singular e identificam-no como Yahweh. Crentes Unicistas mostram que o nome salvador de Deus no Novo Testamento não é Yahweh mas Jesus. 

O contexto exige uma fórmula Cristológica. De fato. Cristo disse. ‘Eu tenho toda a autoridade, portanto ide e fazei discípulos, batizando- os em meu nome. Outra vez, muitos estudiosos trinitários reconhecem a força deste argumento. Conseqüentemente argumentam que este versículo não relata a ipsissima verba [palavra exata] de Jesus, mas que é uma paráfrase por Mateus ou mesmo uma mudança litúrgica feita por copistas. E importante notar que Fusébio muitas vezes citou este versículo perante o Concílio de Nicéia, dizendo "em meu nome." Outros trinitários propõem que a igreja originalmente não via este versículo como uma fórmula batismal. Para crentes Unicistas que aceitam as palavras de Mateus 28:19 como estão, isto não apresenta um problema textual; eles vêem as palavras existentes como uma descrição da fórmula do nome de Jesus. 

* Os relatos paralelos da Grande Comissão em Marcos 16 e Lucas 24, ambos descrevem o nome de Jesus. 

* A Igreja Primitiva, que incluía Mateus, cumpriu as instruções de Cristo, batizando em nome de Jesus. 

Enquanto historiadores da Igreja de um modo geral concordam em que a fórmula original do batismo era realmente "em o nome de Jesus" nem todos os trinitarianos concordam que esta frase bíblica denota invocar oralmente o nome de Jesus. Os que ensinam a Unicidade acham que sim porque: 

* Esta é a maneira mais natural e literal de ler. 

* Em Atos 22:16. Ananias falou para Paulo invocar o nome do Senhor no batismo. 

* Atos 15:7 e Tiago 2:7, indicam que o nome de Jesus foi invocado por cristãos em várias ocasiões específicas. Neste último versículo. The Amplified Bible [A Bíblia Amplificada versão no inglês] identifica isto como o batismo nas águas. 

* Quando os discípulos oravam, impunham as mãos sobre os doentes e expulsavam demônios "em nome de Jesus,” eles sempre invocavam oralmente o nome (Atos 3:6; 16:18; 19:13). 

* A frase realmente significa o poder e autoridade de Jesus, mas o poder e autoridade representado por um nome é sempre invocado por usar de fato o nome próprio. 

* Se esta frase não descreve uma fórmula batismal, então nem Mateus 28:19, já que a construção gramatical é idêntica. Todavia, isto deixaria a igreja sem qualquer meio para distinguir o batismo cristão do batismo pagão, do batismo judaico de prosélitos, e do batismo de João. 

* Apesar de haver diferenças nas palavras exatas ditas em cada relato batismal, todos (inclusive Mateus 28:19) descrevem o mesmo nome: JESUS. 

 

Recebimento do Espírito santo 
Pentecostais Trinitários muitas vezes têm sido acusado de glorificar o Espírito Santo as custas do Filho, e eles distinguem nitidamente entre receber Cristo e receber o Espírito Santo. A doutrina da Unicidade evita este problema. Receber Cristo é receber o Espírito Santo, e vice-versa. 

Pentecostais Unicistas, tipicamente esperam que o batismo do Espírito Santo virá imediatamente após o arrependimento, como parte de uma experiência de conversão apostólica. Os discípulos esperaram até o Pentecostes para receberem o batismo do Espírito, apenas porque este não estava disponível antes da fundação da Igreja do Novo Testamento. Cornélio e a sua casa receberam imediatamente o Espírito quando creram na pregação de Pedro. Paulo foi cheio com o Espírito Santo como parte de sua experiência de conversão que durou três dias. Os Samaritanos em Atos 8 e os discípulos de João Batista em Atos 19 receberam o Espírito Santo quando chegaram à plenitude da fé em Cristo. 

Portanto, ao contrário de outros Pentecostais, os Pentecostais Unicistas vêem o batismo do Espírito Santo como uma parte integral de receber Cristo. 
Para eles não é um novo encontro com outro membro da trindade, nem uma segunda ou terceira "obra de graça", mas é uma parte da vida nova em Cristo. 

 
Conclusão 
Em contradição ao trinitarianismo, a Unicidade afirma que:
(1) Deus é indivisivelmente um em número, e nEle não há distinção de pessoas;
(2) A Divindade não é mistério;
(3) Jesus é a absoluta plenitude da Divindade; Ele é ao mesmo tempo Elohim, Yahweh, Pai, Filho e Espírito Santo;
(4) O Filho de Deus foi gerado segundo a carne e não existiu desde a eternidade passada — este termo apenas refere-se à encarnação de Deus em Cristo;
(5) O Logos (Verbo) não é uma pessoa separada, mas a mente, pensamento, plano, atividade ou expressão do Pai;
(6) Jesus é o nome de Deus revelado no Novo Testamento e representa salvação, poder e autoridade de Deus;
(7) O batismo nas águas deve ser administrado para invocar oralmente o nome de Jesus como parte da fórmula batismal; e
(8) os crentes definitivamente só verão um ser divino nos céus: Jesus Cristo. 

 
A doutrina da Unicidade não destrói nenhuma doutrina essencial ao Cristianismo, desde a autoridade única da Escritura da expiação substituinte até justificação pela fé. De fato, os crentes Unicistas afirmam que a sua doutrina sustenta o Cristianismo bíblico de três maneira específicas: 

(1) Ela restabelece a terminologia bíblica e os padrões bíblicos de pensamento sobre o assunto da Divindade, estabelecendo claramente o Cristianismo do Novo Testamento como herdeiro espiritual do judaísmo do Antigo Testamento;
(2) Ela defende a absoluta deidade de Jesus Cristo, revelando Sua verdadeira identidade;

(3) Ela dá ênfase bíblica no nome de Jesus, colocando o poder do Seu nome disponível ao crente. Em resumo, para eles a doutrina da Unicidade é um elemento crucial na restauração da fé bíblica e do poder apostólico.

PECADO VENIAL , ,GRAVE E MORTAL E CAPITAL.

Pecado Venial , Grave e MortalPDFImprimirE-mail

Escrito por Prof Everton N Jobim   
O pecado é a ação livre e consciente do homem através da qual ele transgride as leis divinas. Trata-se , portanto , de um ato de desrespeito à misericórdia e à justiça infinitas de Deus , que nos deu a lei e a graça de Cristo , para que vivêssemos apartados do pecado e encontrássemos definitivamente a salvação e a vida eterna.
 


O pecado é um ato de desordem contra a organização natural do mundo e contra a nossa ordem interna , enquanto ser que possui uma dimensão material e espiritual , hierarquizada. O pecado quebra a hierarquia do espiritual sobre o físico , da razão sobre os sentidos , de bem sobre o mal. As consequências nefastas do pecado voltam-se , inicialmente , contra a própria pessoa e logo em seguida contra o próximo. O pecado é um ato de desamor do homem em relação a Deus e também em relação à própria pessoa e aos demais membros da comunidade. Por mais que o autor de um ato pecaminoso possa pensar estar agindo a seu favor.

O pecado entrou no mundo pela ação do homem primevo que desejou ir além dos limites impostos por Deus e assim apartou-se da graça , da paz e da justiça divinas , sendo expulso do estado de perfeição em que vivia , arcando com as consequências de seu ato de desamor por Aquele que nos deu a vida e a santidade , para a glória eterna junto a Ele. O homem , então , ficou sujeito ao erro , ao pecado , ao sofrimento e à morte . Somente a graça de Cristo poderia reparar essa afronta tremenda do homem a Deus e assim devolver a graça perdida às almas daquelas pessoas que livremente acolhem a mensagem redentora.
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Classificações do Pecado
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1 - Pecados veniais são pecados 'leves' ou perdoáveis pela via extra-sacramental , através da realização de obras penitentes. A Igreja , não obstante , recomenda vivamente a confissão dos pecados veniais.

São pequenas faltas morais , como , por exemplo , omitir algum fato , negligenciar quanto à obrigação como cristão no âmbito dos deveres impostos pela lei canônica , dizer alguma mentira sem maior importância e etc.

O pecado venial acumulado em nossas almas não pode se transformar em pecado mortal , porque o pecado mortal está associado a atos específicos. Um ato pecaminoso em termos veniais , não pode se tornar pecado mortal por acumulação. O pecado venial não agride a substância da lei divina e não apaga a graça em nossa alma. De todo modo , também é uma forma de afastamento do amor e da misericórdia de Deus que deve ser evitada. Principalmente porque , uma vez , acumulado , o pecado venial , nos predispõem ao pecado mortal e debilita a caridade em nossa alma .
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2 - O Pecado Mortal é aquela falta moral que sempre elimina a graça divina da nossa alma , rompendo a amizade do homem com Deus.

Cometemos pecados sempre quando agimos livre e conscientemente -- ações adotadas por constrangimento externo insuperável ou por ignorância , não constituem pecado , não implicam em culpa pessoal ao autor da referida ação pecaminosa. O único pecado herdado é o pecado original que é transmitido por geração sem responsabilidade pessoal do homem.

Existe gravidade diferenciada no âmbito dos pecados considerados de caráter mortal. Pecados mortais são , por exemplo , pecar contra os Dez Mandamentos e pecar contra o Espírito Santo.
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-- Os DEZ MANDAMENTOS proclamam :

1. AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS

2. NÃO PRONUNCIAR O NOME DO SENHOR, TEU DEUS, EM VÃO

3. LEMBRAR DO DIA DO SENHOR PARA SANTIFICÁ-LO

4. HONRA PAI E MÃE

5. NÃO MATAR

6. NÃO COMETER ADULTÉRIO

7. NÃO ROUBAR

8. NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO CONTRA TEU PRÓXIMO

9. NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO

10. NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS
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A DOUTRINA DOS DEZ MANDAMENTOS

Amar a Deus sobre todas as coisa é a nossa primeira exigência religiosa . Quem não crê em Deus e não o adora nada poderá encontrar de Deus ; está procurando a condenação eterna. Com um mínimo de fé tudo é possível , sem fé nada é possível.

Por isso , não devemos blasfemar , não devemos usar o nome de Deus para ações não espirituais ou não éticas . Só devemos evocar o testemunho e a proteção divina para ações éticas e para a verdade.

Devemos cultuar a Deus publicamente e em um dia da semana obrigatoriamente - o dia do Senhor.

Devemos honrar nossos pais que nos deram a vida natural e a moral cristã , através da educação. Devemos ser dignos deles e prosseguir a sua obra.

Não matar é zelar pela vida daquele semelhante que foi feito com a dignidade de um filho de Deus , como uma imagem e semelhança , do Pai. Somente Deus tem o controle sobre a vida e a morte.

Respeitar a mulher é um compromisso de fidelidade matrimonial e espiritual , pois os homens e as mulheres unem-se em matrimônio por ordem divina.

Não mentir é uma obrigação nossa , pois o pai da mentira é satanás e Deus deseja sempre a verdade e a conduta ética de Seus filhos.

Não roubar é um dever moral , porque o próximo tem direito natural à propriedade para a sua subsistência , e também por vontade divina , expressamente manifestada nas Tábuas da Lei . Roubar é um ato imoral.
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OS PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO

O pecado contra o Espírito Santo consiste na rejeição da graça de Deus ; é a recusa da salvação. Implica numa rejeição completa à ação , ao convite e à advertência do Espírito Santo (Mc 3.29; Hb 10.8).

O Papa São Pio X - pontificado de 1903 a 1914 - em seu Catecismo Maior , ensinou que são seis os pecados contra o Espírito Santo:

1º - Desesperar da salvação -- quando a pessoa perde as esperanças na salvação , achando que sua vida já está perdida e que ela se encontra condenada antes mesmo do Juízo . Julga que a misericórdia divina é pequena. Não crê no poder e na justiça de Deus.

2º - Presunção de salvação , ou seja , a pessoa cultiva em sua alma uma idéia de perfeição que implica num sentimento de orgulho . Ela se considera salva , pelo que já fez . Somente Deus sabe se aquilo que fizemos merece o prêmio da salvação ou não. A nossa salvação pode ser perdida , até o último momento da nossa vida , e Deus é o nosso Juíz Eterno . Devemos crer na misericórdia divina , mas não podemos usurpar o atributo divino inalienável do Juízo.

O simples fato de já se considerar eleito é uma atitude que indica a debilidade da virtude da humildade diante de Deus. Devemos ter a convicção moral de que estamos certos em nossas ações , mas não podemos dizer que aos olhos de Deus já estamos definitivamente salvos.

Os calvinistas , por exemplo , afirmam a eleição definitiva do fiel , por decreto eterno e imutável de Deus.

A Igreja Católica ensina que , normalmente , os homens nada sabem sobre o seu destino , exceto se houver uma revelação privada , aceita pelo sagrado magistério. Por essa razão , os homens não podem se considerar salvos antes do Juízo.

3º - Negar a verdade conhecida como tal pelo magistério da Santa Igreja , ou seja , quando a pessoa não aceita as verdades de fé , mesmo após exaustiva explicação doutrinária. É o caso dos hereges.

Considera o seu entendimento pessoal superior ao da Igreja e ao ensinamento do Espírito Santo que auxilia o sagrado magistério.

4º - Inveja da graça que Deus dá aos outros . A inveja é um sentimento que consiste em irritar-se porque o outro conseguiu algo de bom . Mesmo que você possua aquilo ou possa ganhar um dia. É o ato de não querer o bem do semelhante . Se eu invejo a graça que Deus dá a alguém, estou dizendo que aquela pessoa não merece tal graça, me tornando assim o juíz do mundo. Estou me voltando contra a vontade divina imposta no governo do mundo. Estou me voltando contra a Lei do Amor ao próximo. Não devemos invejar um bem conquistado por alguém. Se este bem é fruto de trabalho honrado e perseverante , é vontade de Deus que a pessoa desfrute daquela graça.

5º - A obstinação no pecado é a vontade firme de permanecer no erro mesmo após a ação de convencimento do Espírito Santo . É não aceitar a ética cristã . Você cria o seu critério de julgamento ético. Ou simplesmente não adota ética nenhuma e assim se aparta da vontade de Deus e rejeita a Salvação.

6º - A Impenitência final é o resultado de toda uma vida de rejeição a Deus : o indivíduo persiste no erro até o final , recusando arrepender-se e penitenciar-se , recusa a salvação até o fim . Consagra-se ao Adversário de Cristo . Nem mesmo na hora da morte tenta se aproximar do Pai , manifestando humildade e compaixão. Não se abre ao convite do Espírito Santo definitivamente.
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Os pecados contra o Espírito Santo estão interligados. Dessa forma , negar verdades doutrinárias da Igreja e obstinar-se no erro são ações complementares . Negar uma verdade factual ou uma verdade moral da Igreja implica igualmente numa ação condenável em termos éticos e na perda da graça . Mesmo que possamos identificar uma diferença entre um herege que negue a existência da verdade moral afirmada pela Igreja e o pecador que não ignora a vigência da lei e a sua fundamentação doutrinária , mas , mesmo assim , age contrariamente a ela.

A presunção da salvação é um ato de negação de uma verdade da Igreja . Qual seja ? A possibilidade da perda da salvação até o último minuto da vida . O mesmo vale para quem já se considera condenado , negando a verdade da misericórdia infinita de Deus , tal como ensinada aos homens , o mesmo vale para a impenitência final e para quem inveja uma graça concedida por Deus aos demais membros da Igreja e assim não pratica a caridade.
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OS PECADOS QUE CLAMAM AO CÉU são :

Não pagar o justo salário do seu empregado , oprimir viúva , velho e órfão e praticar atos contrários à natureza como homossexualismo , zoofilia e etc. Não pagar o justo salário é se apropriar do bem alheio. Oprimir viúva e velho é sumamente grave porque além do fato da opressão em geral ser pecado , oprimir pessoas frágeis é um ato de extrema covardia e finalmente praticar atos contrários à natureza é voltar-se contra a vontade expressa por Deus para a realidade criada.

Somente é possível reparar o pecado mortal com a confissão e a penitência sacramental. Quem morre em estado de pecado mortal cumprirá pena eterna no inferno. E quem está em pecado mortal não pode se aproximar da sagrada comunhão durante a santa missa para não profanar as espécies sagradas.

UNICISMO / TRINDADE

UNICISMO

Prof. João Flavio Martinez
UNICISMO
Prof. João Flavio Martinez
Dentro da unidade do único Deus existem três pessoas distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e estes três compartilham da mesma natureza e atributos; então, com efeito, estes três são o único Deus.
Há muitos cristãos evangélicos que consideram o movimento Pentecostal Unicista (também conhecido como "Só Jesus") como um movimento cristão evangélico. A realidade é que este movimento está muito longe de ser considerado como cristão; está mais para uma seita. Uma das definições teológicas de seita é: Qualquer grupo que se desvia das doutrinas fundamentais do cristianismo, como a Trindade, a divindade de Jesus Cristo e a salvação pela graça, através da fé em Jesus Cristo somente.
Os maiores grupos os mais conhecidos que compõem o movimento Pentecostal Unicista são: 
· Igreja Apostólica da Fé em Cristo Jesus 
· Igreja Pentecostal Unida · Igreja Pentecostal da Fé Apostólica 
· Outros grupos independentes que também crêem na unicidade de Deus, como por exemplo, a Igreja Voz da Verdade, Pentecostal Unida do Brasil, Tabernáculo da Fé, Igreja de Deus do Sétimo Dia etc.
Os pentecostais unicistas negam uma doutrina fundamental do Cristianismo: a doutrina da Trindade.
Este artigo foi escrito exclusivamente para alertar ao corpo de Cristo acerca deste movimento sectário e demonstrar à luz das Escrituras como os Unicistas estão equivocados sobre a verdadeira natureza de Deus. Seguimos a orientação de Judas 3, que nos exorta a lutar ardentemente pela fé que uma vez por todas foi dada aos santos.
O ARGUMENTO UNICISTA
A doutrina unicista está baseada no entendimento de duas verdades bíblicas. Estas bases bíblicas são usadas como fundamentos sobre o ponto de vista que tem de Deus e Jesus Cristo. A primeira verdade bíblica é que há somente um Deus e que Jesus é Deus. Destas duas verdades, os Unicistas deduzem que Jesus Cristo é Deus em sua totalidade, sendo assim, Jesus tem que ser o Pai, o Filho e o Espírito Santo, rechaçando a doutrina da Trindade.
O ARGUMENTO TRINITÁRIO
A Igreja, através dos séculos, sempre ensinou que dentro da unidade do único Deus existem três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e estes três compartilham da mesma natureza e atributos; então, com efeito, estes três são o único Deus.
A teologia unicista ensina que Jesus Cristo é o Pai encarnado, e que o Espírito Santo é Jesus Cristo também. Estes ensinamentos são o pilar da teologia unicista. Vejamos se esta noção está em harmonia com as Escrituras.
É JESUS O PAI?
Versículos que os Unicistas usam para provar que Jesus é o Pai.
Isaías 9:6 – o "Pai Eterno" 
Este versículo não ensina que Jesus é o Pai. O título "Pai eterno", refere-se ao fato de que Jesus é o Pai da eternidade; em outras palavras, Jesus sempre existiu (João 1:1); Ele não foi criado, não teve princípio (João 17:5).
O termo "Pai" não era o título que se costumava usar para dirigir-se a Deus no Antigo Testamento. Assim, este versículo não ensina que Jesus é o "Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo" (1ª Pedro 1:3); em outras palavras, Jesus não é seu próprio Pai.
João 10:30 – "Eu o Pai somos um" 
Se Jesus houvesse querido dizer que ele é o Pai, haveria dito: "Eu e o Pai sou um" ou "Eu sou o Pai", que seria a expressão gramatical correta. Jesus não pode ser acusado de ter sido um mal comunicador. 
"Somos" (gr. esmen), a primeira pessoa do plural. Jesus e o Pai são um em natureza e em essência, porque Jesus é Deus, como o Pai, mas não é o Pai.
João 14:8, 9 – " Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. 9 Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? "
Jesus NÃO disse a Filipe que era o Pai.
Jesus veio como representante do Pai; veio demonstrar-nos o caminho ao Pai (v.6). Em João 5:43, Jesus disse: “Eu vim em nome de meu Pai [na autoridade do Pai, com as credenciais do Pai], e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome [em sua própria autoridade, com suas próprias credenciais; como o anticristo], a esse aceitareis”.
Quantas vezes temos orado: "Pai, ajuda-me para que as pessoas te vejam em mim". Acaso isso quer dizer que quando as pessoas virem você, estarão vendo literalmente ao Pai? Certamente que não, nem tampouco você estaria realmente pensando nisso, mas sim, estaria pedindo que Deus o ajude a representá-lo corretamente diante das pessoas para que possam ver a Deus através de sua vida. Por isso Jesus disse a Felipe: "O que me viu, viu ao Pai", porque ver a Jesus, quem representou ao Pai foi como se estivesse vendo ao Pai. Mas Jesus NÃO estava dizendo que ele era o Pai.QUE DIZ A BÍBLIA ACERCA DE JESUS E O PAI?
Jesus é referido como "Filho" mais de 200 vezes no Novo Testamento e nunca é chamado de "Pai".
Jesus referiu-se ao Pai mais de 200 vezes como alguém distinto dele.
Em mais de 50 versículos podemos observar o Pai e a Jesus, o Filho, lado a lado.
Nos Evangelhos, Jesus nunca referiu-se a si mesmo como sendo ele seu próprio "Filho", do mesmo modo que ele se referia ao Pai como "meu Pai" (João 20:17).
No Novo Testamento repetidamente encontramos expressões como estas:
Romanos 15:5-6 — “Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus. 6 Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. 
2ª Coríntios 1:3 — “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação;” 
Filipenses 2:10-11 — “Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, 11 E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” 
1ª João 1:3b — " nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. ". 
1ª João 2:1 — " Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. ". 
2ª João 3 — “Graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, seja convosco na verdade e amor. ".
No Evangelho de João, Jesus refere-se a si mesmo como enviado pelo Pai, mas nunca referiu-se a si mesmo como o Pai que enviou ao Filho.
O Pai enviou a alguém separado dele, chamado Filho. 
1ª João 4:9-10,14 — " Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. 10 Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. 14 E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo.”
É JESUS O ESPÍRITO SANTO?
Versículos que os Unicistas usam para provar que Jesus é o Espírito Santo. 
2ª Coríntios 3:17 — "Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade".
O texto não diz que "Jesus é o Espírito". Se a passagem dissesse isto, talvez os Unicistas tivessem um ponto forte, mas como não diz isto, eles assumem que a palavra "Senhor" se refere a Jesus Cristo.
O "Espírito" aqui é chamado de Senhor no sentido de identificá-lo com Javé (Jeová) ou Deus, e NÃO com Jesus, já que o versículo 16 diz: "Mas quando alguém se converte ao Senhor, então véu se tirará". Trata-se de uma referência a Êxodo 34:34: "Porém, vindo Moisés perante o SENHOR [Javé] para falar-lhe, removia o véu até sair; e, saindo, dizia aos filhos de Israel tudo o que lhe tinha sido ordenado".
O contexto sempre é que determina a quem se está referindo quando a palavra "Senhor" é usada. No versículo 17 a palavra "Senhor" está referindo-se a Javé e não a Jesus, já que o versículo 16 e todo o contexto assim demonstra.
Se os Unicistas estivessem sempre corretos ao interpretar "Senhor" como "Jesus", como ficaria Filipenses 2:11? O texto diz: " E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.". Seguindo a linha de raciocínio dos Unicistas, teríamos de concluir erroneamente que: "E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Jesus...". Isto não é o que este versículo está dizendo, mas o que está ensinando é que: "E toda língua confesse que Jesus Cristo é Deus. Porém, não Deus, o Pai, porque no mesmo versículo diz que isso será feito "para a glória de Deus Pai".
Romanos 8:9 — " Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.".
Este versículo NÃO mostra que Jesus é o Espírito Santo. A única coisa que está dizendo é que se alguém não tem o Espírito que produz fé em Cristo e demonstra o caráter de Cristo ou seja "o Espírito de Cristo", ele não é parte do corpo daquele que morreu por nossos pecados. Ele é todavia controlado pela "natureza pecaminosa".
O versículo 11 faz distinção bem clara entre o Pai que levantou a Jesus dos mortos, o Espírito pelo qual Jesus foi levantado e Jesus, quem foi levantado. Não se pode ignorar a distinção de pessoas apresentada neste versículo.QUE DIZ A BÍBLIA SOBRE JESUS E O ESPÍRITO SANTO?
Mateus 12:31-32 — O texto fala da blasfêmia contra o Espírito Santo. A conclusão lógica que é extraída deste texto é que se a blasfêmia contra o Espírito Santo não vai ser perdoada, mas a blasfêmia contra o Filho vai ser perdoada, então o Filho NÃO é o Espírito Santo. 
João 14:16 — O Espírito Santo é o "outro Consolador". 
João 15:26 — Jesus enviou o Espírito Santo. 
João 16:13-14 — O Espírito Santo demonstra humildade e busca glorificar a Jesus.
Depois de termos visto que Jesus não é o Pai nem tampouco o Espírito Santo, podemos nos dar conta de que os Unicistas têm um conceito equivocado da verdadeira natureza de Deus.
Se Jesus não é o Pai, mas é Deus, e o Pai não é Jesus e é Deus, e o Espírito Santo não é Jesus e é Deus e a Bíblia diz que somente há um Deus, então isto significa que dentro da unidade do único Deus existem três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e estas três compartilham a mesma natureza e atributos; então, com efeito, estas três são o único Deus.
Uma coisa é dizer "Eu não entende a doutrina da Trindade" e outra coisa é dizer que "a doutrina da Trindade é falsa", "pagã", "diabólica", "antibíblica". A Bíblia faz uma advertência muito forte para esta classe de pessoas quando nos diz: “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho. Qualquer que nega o Filho, também não tem o Pai; mas aquele que confessa o Filho, tem também o Pai. " (1ª João 2:22-23).
Centro Apologético cristão de Pesquisas.
Obs: Os versículos foram mudados para a Bíblia (ACF) 

sexta-feira, 4 de julho de 2014

MARXISMO CULTURAL É PARADOXO - CUIDADO COM QUEM EVOCA ESTE TERMO



Marxismo cultural é um paradoxo - cuidado com quem evoca este termo
por , sexta-feira, 4 de julho de 2014



MarxbyLevKerbel.jpgNa década de 1960, os marxistas da URSS tratavam o movimento conhecido como 'marxismo cultural' com o mesmo grau de ceticismo que os cristãos seguidores da Bíblia tratam o modernismo teológico.  Em outras palavras, eles negavam veementemente que aquilo representasse o verdadeiro marxismo.
Quando você abandona os princípios fundamentais de uma determinada ideologia, mas ainda tenta manter o nome dessa ideologia — porque há muitos seguidores dela —, você será tratado pelos defensores da ideologia original como um invasor.
O marxismo cultural está para o marxismo assim como o modernismo está para o cristianismo.  Qualquer indivíduo que considere que marxismo cultural é marxismo não entende nada de marxismo.  No entanto, tal postura é muito comum em círculos conservadores.  Trata-se de um grande erro estratégico porque representa, acima de tudo, um erro conceitual.
O coração, a mente e a alma do socialismo marxista ortodoxo é um só: o conceito de determinismo econômico.  Marx argumentou que o socialismo é historicamente inevitável porque haverá uma inevitável transformação do modo de produção da sociedade.  Ele argumentou que o modo de produção é a subestrutura de uma sociedade, e que a cultura geral é a superestrutura.  Segundo ele, as pessoas se apegam a uma visão específica das leis, da ética e da política de uma sociedade somente por causa de seu comprometimento a um modo específico de produção.  Se esse modo de produção for alterado, o apego das pessoas às leis, à ética e à política será alterado. 
Em 1850, o modo dominante de produção era o capitalismo.  Marx assim rotulou esse modo de produção.  O nome pegou, ainda que o marxismo original esteja culturalmente morto.
Essa posição de Marx ganhou vários defensores exatamente porque ela era puramente econômica/materialista.  Marx criou uma teoria que descartava a necessidade de qualquer explicação histórica; no fundo, era uma teoria que se baseava na ideia de que ideias não são fundamentais para a transformação da sociedade.  Marx acreditava que a arena decisiva da luta de classes é o modo de produção, e não a batalha das ideias.  Ele via as ideias como um desdobramento secundário do modo de produção.  Sua visão era essa: ideias não têm consequências significativas.  Retire esse postulado do marxismo, e o que sobra não mais será marxismo.
É por isso que sempre me espanto quando vejo analistas conservadores aceitando a ideia de marxismo cultural.  Eles recorrem aos escritos da Escola de Frankfurt para pegar notas de rodapé que dêem sustento a essa ideia.  Os analistas mais sagazes recorrem aos escritos de Antonio Gramsci feitos dentro de uma prisão na década de 1930.  Gramsci oficialmente era um comunista.  Ele era italiano.  Ele passou uma temporada na União Soviética durante a década de 1920 e voltou de lá acreditando que a tradição leninista estava incorreta.  O Ocidente havia demonstrado não ser um terreno fértil para o comunismo precisamente porque o Ocidente era cristão.  Gramsci entendeu claramente que, enquanto o cristianismo não fosse destruído e permanecesse uma tradição precípua no Ocidente, não haveria nenhuma revolução proletária aqui.  A história certamente o comprovou correto.  A revolução proletária jamais veio.
Gramsci argumentou, e a Escola de Frankfurt seguiu seu caminho, que a maneira de os marxistas transformarem o Ocidente era por meio da revolução cultural: daí surgiu a ideia do relativismo cultural.  Esse argumento está correto, mas o argumento não era e nem nunca foi marxista.  O argumento era hegeliano.  Tal argumentou virava o marxismo do avesso, assim como Marx havia virado do avesso as ideias de Hegel.  Em seus primórdios, toda a ideia do marxismo era baseada na rejeição do lado espiritual do hegelianismo.  O marxismo original estabelecia que o modo de produção deveria ser o núcleo da análise da cultura capitalista.
Em 1968, no auge do movimento contra-cultural, escrevi um livro sobre Marx intitulado Marx e sua religião de revolução.  Já era claro para mim, em 1968, que o marxismo era uma religião de revolução, uma visão que remetia aos festivais de Cronos, na Grécia antiga.  O marxismo não era uma análise científica da sociedade, e nem de sua economia.  Para escrever esse livro, não perdi tempo com o marxismo cultural.  No entanto, teria sido muito mais fácil mostrar o lado religioso do marxismo recorrendo aos marxistas culturais.  Eles claramente haviam entendido que, na cultura ocidental — a qual é um desdobramento do cristianismo —, todas as questões culturais envolviam religião.  Mas isso acabaria com o propósito do meu livro.  Meu objetivo era mostrar que o marxismo original era em si uma religião própria.  Invocar o marxismo cultural iria desviar o foco dos leitores.  Marxistas culturais teriam sido alvos mais fáceis, mas discuti-los enfraqueceria o argumento do meu livro.
Os marxistas culturais dividiram o campo marxista.  Seus ataques à cultura podem ser interpretados como uma tática, mas eram mais do que uma tática: eram uma estratégia.  Eram uma estratégia baseada no abandono do marxismo original.
Podemos discutir essa cisão no marxismo em termos de uma família específica.  O mais proeminente defensor intelectual do stalinismo nos EUA durante as décadas de 1940 e 1950 era Herbert Aptheker.  Sua filha Bettina era uma das líderes do Movimento da Liberdade de Expressão, o qual havia começado no segundo semestre de 1964 na Universidade da Califórnia, Berkeley.  Ela se tornou bem mais famosa que seu pai stalinista.  Foi aquele evento no campus que lançou a rebelião estudantil e o movimento contra-cultural.  Mas o próprio termo "contra-cultura" é um indicativo do fato de que tal conceito nunca foi marxista.  Era sim uma tentativa de derrubar a cultura dominante, mas Marx jamais teria perdido tempo com tal conceito.  Marx não era um hegeliano.  Ele era um marxista.
Bettina e seu pai romperam relações em 1968, quando a URSS invadiu a Tchecoslováquia.  Bettina foi contra a invasão.  O Partido Comunista dos EUA, onde seu pai era uma figura proeminente, foi a favor e defendeu a URSS.
Anos depois, Bettina revelou que seu pai havia lhe abusado sexualmente dos 3 aos 13 anos de idade.  No fundo, na visão de mundo de seu pai, ele estava apenas conduzindo sua própria agenda gramsciana; ele estava atacando a cultura ocidental desde dentro de sua própria casa.  Mas isso não afetou seu marxismo ortodoxo.  Afetou o de sua filha.
Bettina Aptheker é hoje professora da Universidade da Califórnia, e leciona estudos culturais: feminismo.  O movimento que ela lançou em Berkeley morreu no início da década de 1970.  Ela ainda é uma crítica fervorosa do capitalismo, mas suas críticas não se baseiam nos escritos de Karl Marx.  A contra-cultura também não baseou em Marx.
A contra-cultura
Sejamos claros e diretos: Marx estava errado e Gramsci estava certo.  O marxismo ortodoxo não foi a causa primária da contra-cultura.  A contra-cultura era um movimento progressista que visava a atacar as bases fundamentais da cultura ocidental.  Já o marxismo estava comprometido em alterar o modo de produção.  Com efeito, ele também queria alterar a cultura, mas queria fazer isso por meio de alterações profundas nos modos de produção. 
Eis o problema: os conservadores de hoje levam excessivamente a sério as declarações dos marxistas culturais da Escola de Frankfurt, que na realidade não eram marxistas.  Eles eram basicamente progressistas e socialistas. Mais ainda: eles facilmente teriam sido alvos de Marx em 1850.  Marx passou a maior parte de sua carreira atacando pessoas assim, e praticamente não gastou tempo nenhum atacando Adam Smith ou os economistas clássicos.  Ele jamais respondeu aos economistas neoclássicos e aos economistas da Escola Austríaca que surgiram no início dos anos 1870.  Marx teve muito tempo para responder a essas pessoas, mas ele nunca o fez.  Ele passou a maior parte de sua vida atacando indivíduos que hoje seriam rotulados de marxistas culturais.  Marx os considerava inimigos infiltrados no campo socialista.  Marx os atacava porque eles, quando atacavam o capitalismo, não fundamentavam seus ataques utilizando a teoria do socialismo científico de Marx, a qual era toda baseada no modo de produção.
Na década de 1920, Gramsci havia entendido claramente que, se ele permanecesse da União Soviética, ele acabaria sendo mandado a um campo de concentração.  Ele poderia até ser executado.  Ele havia percebido que Stalin provavelmente teria mandado matá-lo.  Portanto, ele voltou para a Itália sabendo perfeitamente bem que também acabaria sendo enviado a um campo de concentração italiano, o que de fato ocorreu.  Mas os fascistas o deixavam ler e o deixavam escrever.  Ao permitir isso, eles solaparam o comunismo marxista.
É difícil rastrear a influência histórica da Escola de Frankfurt.  Sair de uma ínfima seita e alcançar toda a cultura geral é algo que requer um estudo de causalidade complexa.  O movimento básico rumo ao relativismo cultural começou no final dos anos 1880, e os principais marcos disso foram o modernismo teológico e o movimento progressista.  A psicologia freudiana já fazia parte disso em 1925.  Freud fornecia a justificativa para o relativismo; a Escola de Frankfurt só veio depois.  Só que o modernismo teológico ganhou muito mais adeptos do que a Escola de Frankfurt jamais sonhou ganhar.
A contra-cultura que começou após o assassinato de Kennedy era muito mais um produto dos Rolling Stones do que da Escola de Frankfurt.  O sexo, drogas e rock 'n roll em meadas da década de 1960 substituiu o sexo, cerveja e rock 'n roll do final da década de 1950.  Era uma mistura mais poderosa.  Não tente rastrear a contra-cultura à Escola de Frankfurt.  É melhor rastreá-la à Primeira Guerra Mundial, que arrancou pela raiz as instituições do Ocidente.  O que ocorria nos bancos traseiros dos automóveis após 1918 tinha mais a ver com a contra-cultura do que com os escritos da Escola de Frankfurt.
Conclusão
O Ocidente jamais chegou perto de uma revolução proletária.  No entanto, quando o Ocidente decidiu que "não roubarás" deveria ser reescrito como "não roubarás, exceto por votação majoritária", a visão de mundo keynesiana havia nascido.  Essa visão é dominante hoje.
O marxismo está morto.  O marxismo cultural também.  Estamos na época do keynesianismo social-democrata.
Para vencer essa batalha é necessário persuadir as pessoas de que "não roubarás" significa exatamente isso: é imoral roubar, com ou sem voto majoritário.
E isso não tem nada a ver com o modo de produção.