sábado, 30 de junho de 2012

A genuína prática do Evangelho


A genuína prática do Evangelho

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“E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?” (Lc 6.46)

            Há uma longa distância entre o “falar” e o “praticar”. De forma veemente e efusiva, Cristo nos exorta à prática real da Fé que professamos. Chamá-lo de Senhor e não obedecer aos Seus mandamentos é caminhar por uma estrada sem direção e viver fadado a uma grande derrocada.
Mas como obedecer, se a todo o instante somos confrontados com os desejos, que latejam em nossa carne e primam por nos afastar de Deus? A proposta de vitória vinda de Deus é a entrega total (plena) de nossas vidas aos cuidados e direcionamentos de Cristo. Somente passando uma procuração no plano espiritual para o controle Dele é que a vitória será instaurada em nossas vidas. Esse é o estilo de vida que agrada a Deus! É viver de forma plena os sonhos que Ele sonhou para nós antes que nascêssemos.
É preciso entregar o leme do barco da nossa vida ao Senhor; e isto se dá, quando todas as nossas ações, decisões e atitudes são passadas pelo crivo do caráter de Cristo. Isto é obedecer! É caminhar numa parceria de sucessos com Deus! É viver o melhor que foi prometido por Cristo na terra e na certeza da viva esperança da morada nos céus.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Chaves hermenêuticas do engano! (Jesus contra Jesus)


Chaves hermenêuticas do engano! (Jesus contra Jesus)

Por Josemar Bessa
 
Quando achamos que podemos escolher no que crer na Bíblia, já declaramos não crer nela. Numa época em que queremos um cristianismo cada vez mais em sintonia com a cultura atual, fabricamos "chaves hermenêuticas" para na verdade, reescrever a verdade de Deus segundo nossas opiniões.

Hoje, por não suportar a sã doutrina, ou não conseguir conciliar as doutrinas ofensivas do evangelho ao orgulho humano, ao liberalismo, ou para abraçar um cristianismo água com açúcar que transforma Cristo numa espécie de Gandhi... é comum ver pessoas colocando Cristo contra o apóstolo Paulo, Pedro... - mas na verdade o que temos é um ataque sutil e mortal contra a própria Palavra de Deus.

Sempre que alguém coloca Jesus contra o apóstolo Paulo, o alvo é atacar a Verdade de Deus!! Os cristãos não podem retalhar a Bíblia ou ensinar que algumas partes dela tem mais autoridade do que outras. Ou que alguma doutrina possa ser deixada de lado. Ou que algumas passagens são mais verdadeiras que outras.

Muitas vezes para um cristão desavisado pode parecer e soar muito piedoso a declaração de que as palavras de Jesus têm mais peso do que as do Apóstolo Paulo, por exemplo, mas o fato é que por trás disso se esconde alguém que está propositalmente e enganosamente atacando a Palavra de Deus, cortando e jogando fora a realidade e necessidade do conselho de TODA a Palavra de Deus.

A Bíblia não poderia ser mais clara: "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra". 2 Timóteo 3:16-17

Toda Escritura é divinamente inspirada. Em nenhum lugar nas Escrituras lemos que algumas escrituras são mais inspiradas e que a luz delas outras partes possam ser ignoradas por ter menos "inspiração".

Colocar partes da Bíblia contra outras partes, colocar Jesus contra Paulo, Jesus contra Pedro... implica dizer que as cartas de Paulo, por exemplo, são menos inspiradas e autoritárias que as palavras de Jesus registradas nos evangelhos. Mas nada poderia estar mais longe da verdade.

Jesus é o único Deus verdadeiro, e se realmente acreditamos no que está registrado em 2 Timóteo 3.16-17, temos que crer que Jesus é quem "soprou", inspirou as palavras que o Apóstolo Paulo e os outros apóstolos escreveram em suas cartas. Colocar Jesus contra Paulo, Pedro, João... ou qualquer outra porção das Escrituras, é colocar Jesus contra Jesus. Paulo não registrou suas meras opiniões, ( quer alguém goste ou não ), sobre o evangelho e a sã doutrina, escreve Escrituras inspiradas e autoritária.
 
Veja o que Pedro diz: "Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz. E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada;  Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza; Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém”. - 2 Pedro 3:14-18

Pedro fala das cartas de Paulo como Palavra de Deus e alertou contra mestres ignorantes, instáveis e falsos que estavam distorcendo essas verdade para sua própria destruição.

Junto com o entendimento de que o Antigo Testamento deve ser interpretado pelo Novo Testamento, aprendemos também que as narrativas do Evangelho devem ser interpretadas pelas Epístolas, e não o contrário.

Os Evangelhos registram os acontecimentos históricos de nossa redenção, a encarnação, vida, morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo. Mas por si mesmos, eventos históricos não são suficientes, precisamos de uma palavra de autoridade que nos diga o verdadeiro significado desses eventos.

Se um homem pensa que pode olhar para um acontecimento histórico e de sua própria cabeça interpretar o que significa  o evento, ele se coloca no lugar de Deus.

Pegue o fato histórico da ressurreição, por exemplo. Não é para nós  presumirmos o que a ressurreição significa. As Epístolas soletram para nós o que isso significa, e aquele que vai além do que é interpretado nas Epístolas está fabricando uma doutrina de sua própria cabeça. Também não é prerrogativa da igreja  interpretar qualquer um dos eventos da história redentora. Deus enviou os apóstolos para esse fim e não devemos adicionar ou tirar nada de  suas palavras.

Precisamos ir para as Epístolas para interpretar corretamente os eventos registrados nos Evangelhos. A igreja muitas vezes não segue este princípio fundamental. Ela sempre tenta justificar alguma prática ou costume, chamando alguma lição "espiritual" da vida, morte ou ressurreição de Cristo, mas esta é uma interpretação particular e humana ao invés de ser uma interpretação divina do evangelho.

Ao colocar muitas vezes os evangelhos contra as epístolas, o que se está fazendo é rejeitar, por exemplo, a interpretação teológica da vida, morte e ressurreição de Cristo registrada por Paulo (ou Pedro... ) através da inspiração direta do Espírito Santo.

Ao tentar silenciar as Cartas dos Apóstolos, o propósito é fabricar um evangelho falso  e "benevolente" para uma sociedade inimiga do Deus da Verdade!

Jesus deu o evangelho que Paulo, Pedro, João... proclamaram.
 
Liberais modernistas e pós-modernista propositadamente suprimem a verdade ( Rm. 1:18 ) que Paulo recebeu o evangelho que ele pregou do próprio Jesus Cristo. Disse Paulo: "Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo". Gálatas 1:11-13

Em outras palavras, o evangelho de Paulo não era contraditório com o evangelho de Jesus. O evangelho de Paulo era o evangelho  que o próprio Jesus ordenou ao  Apóstolo Paulo  pregar e proclamar. Este é ainda corroborada pelo fato de que, Jesus apareceu para o apóstolo Paulo em Corinto e encorajou-o a manter a pregação do evangelho que Ele lhe deu.
 
E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala, e não te cales; Porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade. E ficou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus”. Atos 18:9-11

As palavras de Paulo aos gálatas resume perfeitamente  o que vemos hoje:

Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. Gálatas 1:6-9

Fonte: Josemar Bessa

ESPIRITUALIDADE EGOLÁTRICA



SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO DE 2012


ESPIRITUALIDADE EGOLÁTRICA - CARLOS QUEIROZ

Na espiritualidade ególatra, o sacerdote se confunde com a divindade. A egolatria não é o simples cuidado do indivíduo consigo mesmo. Cuidar de si mesmo, afinal, é uma virtude. Quando praticamos o cuidado conosco mesmos, aprendemos a amar mais as pessoas. A egolatria não é também um sentimento de egoísmo. O indivíduo egoísta tem a expectativa de que todas as coisas e pessoas estejam em torno de seus interesses. Sem dúvida, isso é pecado; mas não é, ainda, um culto ao ego. Isso porque, enquanto o egoísta deseja que todas as coisas existam para atender seus interesses, o ególatra acredita que tem o poder para mover todas as coisas e pessoas em torno de si. A principal marca do ególatra é a cobiça, às vezes demonstrada por atitudes extremas. Tal sentimento foi muito bem exemplificado na proposta do diabo a Cristo: “Tudo isso te darei se, prostrado, me adorares.” A egolatria é mais danosa do que a idolatria. E existe, lamentavelmente, uma espiritualidade ególatra, aquela que é caracterizada pela prática religiosa cujas celebrações e liturgias favorecem a promoção de personalidades. Na idolatria, a divindade é inanimada; o ídolo não controla a situação. Já na egolatria, o ego-deus tem boca e fala; tem nariz e cheira; tem pés e anda. Ele tem uma inteligência cheia de artimanhas; em geral, possui carisma e cativa as massas. O ego-deus consegue passar a ideia de que foi o único dotado para uma missão especial – assim, possuiria poderes especiais, como uma capacidade mística de desvendar os mistérios escondidos no além e trazer revelações sobrenaturais. Nas instituições caracterizadas pela egolatria, há a necessidade de intermediários entre os devotos e o divino. Por essa razão, os cargos e papéis espirituais são uma espécie de concessão do ego-deus a esses intermediários, sob a condição de trocas simbólicas e materiais. Diante de um ego-deus, todos os seguidores obedecem, sem o mínimo de discernimento. Qualquer atitude crítica é denunciada como rebeldia intolerável. A egolatria é marcada pela necessidade de promoção pessoal, vanglória e arrogância. Os ególatras necessitam de títulos que os façam diferentes. Em se tratando da vocação pessoal, os dons e ministérios não representam habilidades para servir às pessoas; eles são, isso sim, títulos particulares, espécie de insígnias ostentadas como demonstração de poder e domínio. Nos ambientes marcados pela egolatria, títulos que, em si mesmos, em nada credenciam seus detentores como sobre-humanos – como pastor, padre, bispo, apóstolo –, assumem um significado de divinização de indivíduos em seus feudos religiosos e redes de submissão ao seu controle. Na espiritualidade ególatra, o sacerdote se confunde com a divindade. O agente mágico e a divindade fundem-se numa só personalidade. Mas o ego-deus é materialista, possessivo, vingativo; seu discurso não glorifica ao único Deus, Senhor dos céus e da terra, mas favorece a própria dominação, estimula a vassalagem dos seguidores e legitima a dinâmica do poder. A legítima pregação bíblica é substituída por um discurso caracterizado por frases-feitas e palavras de ordem supostamente capazes de mover a mão divina, decretar a bênção e promover bem estar físico e material aos adeptos – normalmente, em troca dos chamados sacrifícios, quase sempre realizados através do dinheiro. Se, numa determinada comunidade, as pessoas estão dando mais ênfase à experiência espiritual que isola, discrimina os de fora e põe os supostamente espiritualizados em pedestais, é bem provável que estejamos diante da espiritualidade egolátrica, e não do modelo proposto por Jesus Cristo. No Evangelho de Cristo, o que é aparentemente oculto é revelado aos pequeninos do seu Reino. As boas novas “escondidas” em Deus, de fato, estavam sempre presentes; todavia, os seres humanos sofisticados não compreenderam a singeleza dessa mensagem: a de que aos pobres e aos pequeninos é que foram reveladas as boas novas a respeito do Reino de Deus (Lucas 10.18-19). As “revelações” recebidas pelos poderosos dos empreendimentos religiosos não dizem respeito à mesma revelação anunciada pelo Filho de Deus aos pobres e pequeninos. É muito importante que saibamos discernir entre a espiritualidade revelada por Jesus de Nazaré e aquela praticada nas ambiências egolátricas da cristandade brasileira.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Pensando biblicamente sobre o pretenso “casamento homossexual” (1)


Pensando biblicamente sobre o pretenso “casamento homossexual” (1)

O “pretenso ‘casamento homossexual’” está sendo intensamente debatido no mundo ocidental. Queremos ajudá-lo a pensar de forma bíblica e amorosa. Então, estamos começando uma série de artigos sobre o assunto. Abaixo segue a primeira parte traduzida da pregação de John Piper sobre “‘Digno de honra entre todos seja o matrimônio’ – Pensando biblicamente sobre o pretenso casamento homossexual” pregada no dia 16 de Junho de 2012.

Por John Piper
Seja constante o amor fraternal. Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos. Lembrai-vos dos encarcerados, como se presos com eles; dos que sofrem maus tratos, como se, com efeito, vós mesmos em pessoa fôsseis os maltratados. Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros. Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem? (Hebreus 13:1-6)
Deixe que o amor fraternal. 2 Não esqueçais da hospitalidade, para, assim, alguns hospedaram anjos de surpresa. 3 Lembre-se aqueles que estão na prisão, como se na prisão com eles, e aqueles que são maltratados, pois também estão no corpo. 4 casamento Vamos ser realizada em honra entre todos, e deixe o leito conjugal sem mácula, porque Deus julgará os devassos e adúlteros. 5conteúdos Mantenha a sua vida livre do amor ao dinheiro, e ficar com o que você tem, pois ele disse: "Eu nunca te deixarei, nem te desampararei". 6 Assim, podemos dizer com confiança: "O Senhor é meu ajudador, não temerei; que o homem pode fazer para mim?"
A mensagem de hoje é construída em torno de oito pontos projetados para dar uma visão bíblica do casamento em relação à homossexualidade, e em relação à alteração proposta Casamento em Minnesota. Pedi para que Hebreus 13:1-6 ser não ler, porque eu vou dar uma exposição, mas para destacar que uma frase no versículo 4: ". O matrimônio seja realizada em honra entre todos" Isso é o que eu espero que para avançar, para a glória a Deus e por sua orientação e seu bem.

A mensagem de hoje é construída em torno de oito pontos projetados para dar uma visão bíblica do casamento em relação à homossexualidade, e em relação à Emenda sobre Casamento proposta em Minessota. Eu pedi para lerem Hebreus 13:1-6 não porque darei uma exposição do texto, mas porque quero enfatizar aquela frase do versículo 4: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio”. É isso que desejo progredir para a glória de Deus e para sua orientação e seu bem.

1. O casamento foi criado e definido por Deus nas Escrituras como uma união sexual e pactual entre um homem e uma mulher em uma aliança vitalícia e exclusiva entre eles, como marido e mulher, com o intuito de revelar o relacionamento pactual de Cristo com Sua Igreja, comprada por Seu sangue.

Isso é mais claramente visto em quatro passagens onde estas verdades são tecidas em conjunto.

1. Gênesis 1:27, 28

Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra… (Gênesis 1:27, 28)

2. Gênesis 2:23, 24

Então, Deus liga seu projeto de masculinidade e feminilidade com o casamento em Gênesis 2:23, 24. Quando a mulher é criada do lado do homem, este exclama: “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”
Em outras palavras, Deus criou a humanidade macho e fêmea para que houvesse uma união sexual de uma só carne e um apego pactual com o intuito de multiplicar a raça humana, e mostrar a aliança de Deus com seu povo, e finalmente a alinça de Cristo com sua Igreja.

3. Mateus 19:4-6

Surpreendentemente, Jesus pegou essa relação entre criação e casamento e aliança vitalícia, tecendo juntos exatamente esses dois textos de Gênesis. Mateus 19:4-6:
“Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher [Gênesis 1:27] e que disse [citando Gênesis 2:24]: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.”
E em nossa situação cultural, as palavras “não separe o homem o homem e a mulher que Deus ajuntou” tem um significado muito maior do que qualquer um pensaria que tivesse.

4. Efésios 5:24-32

Mais um texto sobre o sentido do casamento faz a distinção entre homem e mulher – esposo e esposa –como retrato pactualmente significativo de Cristo e da Igreja. Efésios 5:24-32:
“Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido. Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, [...] Eis por que [citando Gênesis 2:24] deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja.”
Em outras palavras, desde o princípio houve um significado profundo e misterioso do casamento. E Paulo agora revela este mistério. E este o é: Deus fez o ser humano macho e fêmea com suas naturezas distintas de masculinidade e feminilidade e com papeis distintos no casamento para que no casamento, como marido e mulher, eles pudessem exibir Cristo a Igreja.
Os que significa que os papéis básico de um esposo e esposa não são intercambiáveis.  Marido exibe o amor sacrificial da liderança de Cristo  e a esposa exibe o papel submisso do corpo de Cristo. O mistério do casamento é que Deus tem essa exibição dupla (do marido e da mulher) em mente quando Ele criou a humanidade como macho e fêmea. Portanto, a realidade mais profunda do universo subjaz o casamento como uma união pactual entre um homem e uma mulher.

2. Não há algo como o pretenso “casamento do mesmo sexo”, e não seria sábio chamá-lo assim.

O ponto aqui não é apenas que o assim chamado “casamento homossexual” não deva existir, mas que ele não existe e não pode existir. Aqueles que acreditam que Deus nos falou verdadeiramente na Bíblia não devem ceder dizendo que a parceria comprometida e vitalícia de relações sexuais entre dois homens ou duas mulheres seja um casamento. Não é. Deus criou e definiu o casamento. E o que Ele uniu nessa criação e nessa definição não pode ser separado, e ainda chama-lo de casamento aos olhos de Deus.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O trágico desafio de Silas Malafaia

O que seria das mulheres sem o cristianismo?



sexta-feira, 22 de junho de 2012

O que seria das mulheres sem o cristianismo?



Muito se fala sobre a situação da mulher na sociedade moderna. Acreditam não poucos que há um grande desnível – ou abismo mesmo – entre os direitos e deveres do homem e os da mulher, sendo que essa última tem sido historicamente prejudicada. E não faltam candidatos a carrasco do sexo feminino. A última moda agora é acusar as religiões de forma geral, e o Cristianismo, em especial.

Não há a menor dúvida de que existem religiões no mundo que cerceam os direitos da mulher. O Islamismo é um bom exemplo deste tipo. Tanto o seu livro sagrado como a sua literatura teológica discrimina e rebaixa gravemente a mulher a ponto de torná-la um objeto de propriedade, primeiramente do pai, e depois do marido. Contudo, neste texto quero provar que não há razão por que colocar o Cristianismo no mesmo cesto das religiões que pejoram a mulher. Mais do que isso, vou mostrar como o Cristianismo colocou a mulher em uma situação muito melhor do que qualquer outro sistema religioso ou filosófico que já existiu.
Um pouco de história

A vida da mulher não era fácil nas culturas antigas. Em geral, eram propriedade dos maridos. Não eram consideradas capazes ou competentes para agirem independentemente. Vejamos a Grécia antiga. Aristóteles disse que a mulher estava em algum lugar entre o homem livre e o escravo (considerando que a situação do escravo não era nenhum pouco auspiciosa, perceba a pobre situação feminina), e que era um “homem incompleto” (Política). Platão, por sua vez, entendia que se o homem vivesse covardemente, ele reencarnaria como mulher. E se essa se portasse de modo covarde, reencarnaria como pássaro (A República, Livro V).

A sorte das mulheres não era muito melhor na Roma antiga. Poucas famílias tinham mais de uma filha. O casamento romano era uma forma de trazer mais material humano para formação do exército, e assim permitir à Roma a continuidade de sua expansão; por isso, o interesse estava em ter filhos homens. Daquelas, porém, que sobreviveram ao infanticídio, eram-lhes reservadas as tarefas do lar, mas não o exercício da cidadania e a participação política, coisa reservada apenas aos patrícios homens.
Na China, até bem recentemente, o infanticídio era uma prática comum. Os bebês do sexo feminino eram entregues como alimento aos animais selvagens ou deixados para morrer nas torres dos bebês. Adam Smith escreveu sobre essa prática no seu famoso livro, A Riqueza das Nações, de 1776. Ele fala inclusive que o descarte de bebês indesejados era mesmo uma profissão reconhecida e que gerava renda para muitas pessoas.

Vejamos outros casos. Na Índia, viúvas eram mortas juntamente com seus maridos – a prática chamada de sati (que significa, a boa mulher). Também havia tanto o infanticídio quanto o aborto feminino. Além disso, meninas eram criadas para serem prostitutas cultuais – as devadasis. Nessa prática religiosa, a menina era “casada com” e “dedicada a” um dos deuses hindus. Nos rituais de adoração a esses deuses havia dança, música e outros rituais artísticos. Conforme iam crescendo, as devadasis se tornavam servas sexuais, de homens e dos “deuses”. Ainda hoje, famílias pobres entregam suas filhas para estas deidades com o objetivo de alcançar delas algum favor, ou ainda obter algum meio de renda com os frutos da prostituição.

Na África, o problema era semelhante à prática do sati da Índia. Quando um líder tribal morria, as esposas e concubinas do chefe eram mortas juntamente com ele. Mesmo hoje, no Oriente Médio, o valor da mulher é mínimo.

A mudança trazida pelo Cristianismo

Que diferença trouxe a vinda de Jesus Cristo entre nós? Muita, em vários pontos. Na verdade, foi uma revolução. Muito do que Jesus Cristo ensinou já era praticado pela sociedade judaica (que era muito diferente das nações à sua volta), e outros pontos tiveram seus termos desenvolvidos por Ele. Mas mesmo os judeus tinham um tratamento discriminatório em relação às mulheres; Jesus, entretanto, se relacionava de forma saudável com elas. De forma geral, o Cristianismo colocou a mulher em pé de igualdade com os homens. Como ele fez isso?

- Dizendo que ambos foram criados por Deus, à sua imagem e semelhança (E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou – Gên 1:27). Para Deus, homens e mulheres têm o mesmo valor (Gl 3.28);
- Que ambos deveriam dominar e sujeitar a natureza (E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra – Gn 1.28). Não há nada que impeça a mulher, tanto quanto o homem, de explorar a criação em cumprimento ao mandato cultural;
- A decisão de Deus criar a mulher a partir de Adão declara que ambos provêm da mesma essência (Gn 2.22), mostrando que a mulher em nada é inferior ao homem, nem tampouco lhe é superior. E a declaração de Adão mostra que sua mulher Eva é parte de si mesmo, tendo o mesmo valor que ele próprio (Gn 2.23 );
- Que o casamento, como instituição divina, implica que o homem foi feito para a mulher, assim como a mulher foi feita para o homem, e dessa forma ambos andam como uma unidade em dois corpos (Gn 2.24), o que destrói a ideia de que a mulher é escrava do marido, ou vice-versa. São complementares;
- O Cristianismo também evitou que a mulher fosse injustiçada, não permitindo a poligamia, que é inerentemente prejudicial a elas (1Co 7.2 );
- O Cristianismo ensinou o cuidado com as viúvas. Elas, se não tivessem recursos, deveriam ser cuidadas e sustentadas pela igreja (1Tm5). Se o marido morre, ela é livre para continuar viúva ou casar novamente, se quiser;
- O Cristianismo condenou a prostituição ao declarar que o corpo não pertence a nós mesmos, mas a Deus, e que ele é templo do Espírito Santo (1Co 6.13,19). O corpo do homem pertence à mulher, e o da mulher ao homem (1Co 7.4);
- O Cristianismo aprova a instituição do casamento, que não só protege a mulher da exposição aos males sociais, como provê um ambiente seguro material, espiritual e sentimentalmente para o seu desenvolvimento integral (Ef 5.28-29);
- O Cristianismo protege a vida, que entende começar no momento da concepção. Dessa maneira, nenhuma criança deixa de nascer devido a características indesejáveis (pelos pais) que ela tenha ou seja. A vida é direito inviolável, outorgada por Deus, sendo que somente Ele tem direito de reavê-la (1Sm2.6; Jó 1.21);
- O Cristianismo também proibe a pornografia, pois entende que ela é equivalente ao adultério. Com isto, a mulher deixa de ser vista como um objeto aos olhos do homem, e reserva o sexo e a nudez para aquele que tem direito a estas coisas, a saber, o marido (Mt 5.28).

Uma palavra sobre o movimento feminista

Se há algum direito, de qualquer pessoa que seja, que deva ser assegurado, eu sou completamente a favor da luta por ele. A sociedade falha em tratar as mulheres adequadamente porque ela não é uma sociedade moldada exclusivamente pela moral cristã. Muitos dos direitos pelos quais o movimento feminista luta são justos: direitos trabalhistas iguais aos do homem, proteção contra violência física e emocional, igualdade de direitos civis, entre outros. Porém, alguns pontos pelos quais ele luta não são bons, como, por exemplo, o aborto. Ora, o aborto sempre foi uma ferramenta usada pelo homem – e geralmente usado para evitar nascimento de mulheres! O aborto se refere a algo além do corpo da mulher; é outro ser vivo. Ocorre que ao lutar por este “direito”, a mulher trata um bebê ainda não nascido como algo menos que humano, tal como um objeto: ou seja, do mesmo modo que ela própria já foi tratada na história.

Outro problema que eu vejo é que algumas feministas mais exaltadas não querem simplesmente uma equiparação de direitos; desejam ocupar o lugar do homem que as explorava, transformando-se em exploradoras. Almejam uma inversão de papéis. Ao invés de uma sociedade patriarcal, sonham com uma matriarcal. E algumas feministas ainda descambam para a misandria – o ódio pelo sexo masculino.

Concluindo

O que o paganismo faz para proteger a mulher? Nunca fez nada, e nunca fará. E estas outras religiões não-cristãs? Normalmente colocam o sexo feminino em uma posição inferior a do homem. E o humanismo? Nada trouxe de bom para as mulheres. Na prática, uma vertente humanista (evolucionista) ensina que nada há de especial na humanidade; tudo que há é resultante de acaso. Somente o mais forte sobrevive (ou domina). Se for o sexo masculino, assim deve continuar a ser. É natural que seja assim. Não há justificativa moral (do ponto de vista evolucionista) para proibir a violência fisica, sexual, emocional à mulher, e nem mesmo porque condenar posicionamentos machistas. A máxima é “o que agora é, é o certo”.
Mas não é assim com o Cristianismo. Em todos os lugares onde ele chegou, as condições das mulheres melhoraram. Onde ele não alcançou, vê-se coisas terríveis, como a eugenia sexual, o infanticídio e a prostituição. Contudo, podemos ver que algumas sociedades, que já foram declaradamente cristãs, hoje estão decaindo moralmente com o avanço do antigo paganismo – legalizando o aborto, o homossexualismo e a prostituição. Seria interessante que algumas feministas, que falam ousadamente contra o Cristianismo, aprendessem um pouco mais da história da humanidade e assim apercebam-se de que, se não fosse por essa religião que elas tanto condenam, talvez elas sequer estivessem vivas hoje.

Fonte: Napec

Bispo Walter McAlister repudia heresias no meio cristão e afirma: “impossível amar a Deus e ser ‘amigo’ de quem distorce a palavra”. Leia na íntegra

Bispo Walter McAlister repudia heresias no meio cristão e afirma: “impossível amar a Deus e ser ‘amigo’ de quem distorce a palavra”. Leia na íntegra
O bispo Walter McAlister publicou um artigo sobre o assunto em seu blog, e adaptou um ditado popular para definir como impensável a relação entre cristãos adeptos da mensagem tradicional e os pregadores das mensagens heréticas: “Heresia é heresia, amizades à parte”, escreveu.
Para McAlister, heresia “é uma postura que esvazia o poder da cruz e, consequentemente, desvirtua a fé para algo que não salva, não dá vida e não nos mantém em relacionamento com o Deus vivo”, e que portanto, deve ser evitada.
Segundo o bispo, abrir espaço para heresias é o caminho para mutações no evangelho: “Se tirarmos a imutabilidade de Deus da equação, desconstruímos o Evangelho. Se não afirmamos a exclusividade de Cristo como o único caminho para a salvação, esvaziamos a sua mensagem e o próprio propósito das Escrituras”.
Walter McAlister afirma ser “impossível amar a Deus e ser ‘amigo’ de quem distorce a importância, o significado e a missão do seu Filho, Jesus Cristo”.
Confira a íntegra do artigo “Meu amigo, o herege”, do bispo Walter McAlister:
O ditado “amigos, amigos, negócios à parte” não tem nada, mas nada a ver com fé e prática cristã. O ditado geralmente explica como pessoas podem deixar de lado sua amizade e serem duras ou práticas, tratando uns aos outros como se nem amigos fossem. Desconto? Crédito? Brinde? Pode esquecer. Ser amigo nesta hora fica em segundo plano. O negócio é o negócio. Amizade se aplica a outras coisas.  Mas… e na teologia? A minha resposta pode parecer dura, mas tenho que dizer um não categórico.
Pois falar “amigos, amigos, doutrinas à parte” não é algo aceitável biblicamente. Podemos deixar as diferenças na porta e simplesmente afirmar amizade? Até certo ponto, creio que sim. Aliás, creio que seja absolutamente fundamental para a Igreja de Jesus Cristo superar as nossas diferenças periféricas (doutrinas de segunda e até terceira ordem) para nos concentrarmos naquilo que nos une.
Num território comum a nós todos, ou seja, sob o Senhorio de Jesus Cristo e com tudo que isso quer dizer, amizade tem que superar até diferenças bem incômodas. Formas de batismo (credobatismo ou pedobatismo; submerso ou aspergido), liturgia (moderno ou tradicional ou até salmodíaco), indumentária, escatologia… sim, até os arminianos e calvinistas precisam se entender e conviver em paz. Amizade que atravessa essas linhas, frequentemente traçadas com rixas profundas, é possível, necessária e cristã.
Mas vamos inverter a frase. Aqui vem o “X” da questão, hoje. “Amigos, amigos, heresia à parte”. Isso funciona? Não. E recorro a muitas evidências e muitos imperativos bíblicos para sustentar minha resposta, que pode parecer antipática para alguns.
Primeiro, entendamos a essência de uma heresia. Ela é uma postura que esvazia o poder da cruz e, consequentemente, desvirtua a fé para algo que não salva, não dá vida e não nos mantém em relacionamento com o Deus vivo. Sério, não? Não tenha dúvida: seriíssimo. E grave.
Se tirarmos a imutabilidade de Deus da equação, descontruímos o Evangelho. Se não afirmamos a exclusividade de Cristo como o único caminho para a salvação, esvaziamos a sua mensagem e o próprio propósito das Escrituras. Se eliminarmos a possibilidade da ressurreição física – no tempo e no espaço, fazemos da esperança cristã uma ficção. Se distorcermos a encarnação de Jesus Cristo, compreendendo-a como menos divino ou menos humano, arrancamos a alma da proclamação do Evangelho.
Esses são apenas poucos exemplos de heresias que já assolaram a Igreja ao longo da nossa História e que, calamitosamente, estão voltando à cena atual por meio de pessoas simpáticas, carismáticas e, em muitos casos, “amigas”. Então, o que diz a Bíblia sobre os nossos “amigos”? Preparado para entrar de cabeça nas Escrituras? Então que diga não mais eu, mas o Senhor:
Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo. Mas ainda que nós ou um anjo do céu pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado! (Gl 1.6-9)
O que receio, e quero evitar, é que assim como a serpente enganou Eva com astúcia, a mente de vocês seja corrompida e se desvie da sua sincera e pura devoção a Cristo. Pois, se alguém lhes vem pregando um Jesus que não é aquele que pregamos, ou se vocês acolhem um espírito diferente do que acolheram ou um evangelho diferente do que aceitaram, vocês o suportam facilmente. (2 Co 11.3,4)
Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja corretamente a palavra da verdade. Evite as conversas inúteis e profanas, pois os que se dão a isso prosseguem cada vez mais para a impiedade. O ensino deles alastra como câncer; entre eles estão Himeneu e Fileto. Estes se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição já aconteceu, e assim a alguns pervertem a fé. Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece inabalável e selado com esta inscrição: “O Senhor conhece quem lhe pertence” e “afaste-se da iniqüidade todo aquele que confessa o nome do Senhor”.(2 Tm 2.15-19)
Cuidado com os cães, cuidado com esses que praticam o mal, cuidado com a falsa circuncisão! Irmãos, sigam unidos o meu exemplo e observem os que vivem de acordo com o padrão que lhes apresentamos… Pois, como já lhes disse repetidas vezes, e agora repito com lágrimas, há muitos que vivem como inimigos da cruz de Cristo. Quanto a estes, o seu destino é a perdição, o seu deus é o estômago e têm orgulho do que é vergonhoso; eles só pensam nas coisas terrenas. (Fp 3.2,17-19)
Filhinhos, esta é a última hora; e, assim como vocês ouviram que o anticristo está vindo, já agora muitos anticristos têm surgido. Por isso sabemos que esta é a última hora. Eles saíram do nosso meio, mas na realidade não eram dos nossos, pois, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; o fato de terem saído mostra que nenhum deles era dos nossos. Mas vocês têm uma unção que procede do Santo, e todos vocês têm conhecimento. Não lhes escrevo porque não conhecem a verdade, mas porque vocês a conhecem e porque nenhuma mentira procede da verdade. Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo: aquele que nega o Pai e o Filho. Todo o que nega o Filho também não tem o Pai; quem confessa publicamente o Filho tem também o Pai. (1 Jo 2.18-23)
Se alguém ensina falsas doutrinas e não concorda com a sã doutrina de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino que é segundo a piedade, é orgulhoso e nada entende. Esse tal mostra um interesse doentio por controvérsias e contendas acerca de palavras, que resultam em inveja, brigas, difamações, suspeitas malignas e atritos constantes entre pessoas que têm a mente corrompida e que são privados da verdade, os quais pensam que a piedade é fonte de lucro. De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos. Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos. Você, porém, homem de Deus, fuja de tudo isso e busque a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão. Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas. Diante de Deus, que a tudo dá vida, e de Cristo Jesus, que diante de Pôncio Pilatos fez a boa confissão, eu lhe recomendo: Guarde este mandamento imaculado, irrepreensível, até a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, a qual Deus fará se cumprir no seu devido tempo. Ele é o bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o único que é imortal e habita em luz inacessível, a quem ninguém viu nem pode ver. A ele sejam honra e poder para sempre. Amém. (1 Tm 6.3-17)
De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos. Contudo, os perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados. Quanto a você, porém, permaneça nas coisas que aprendeu e das quais tem convicção, pois você sabe de quem o aprendeu. Porque desde criança você conhece as sagradas letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça… (2 Tm 3.12-16)
Podemos tirar aprendizados bem práticos das passagens acima:
1. Piedade e sã doutrina andam de modo inseparável. Não há como ser de Deus e não defender a sua verdade revelada nas Escrituras.
2. Deturpar o Evangelho é uma forma de iniquidade, e é abominável, anátema, condenável à perdição eterna.
3. Quem faz isso (especialmente os que se intitulam líderes na Igreja) constituem-se contra Cristo e, consequentemente, são “anticristos”. Fugir da iniquidade é o mesmo que fugir da heresia. Fugir da heresia compreende desmascarar hereges, uma vez que sejam identificados.
A conclusão é que é impossível amar a Deus e ser “amigo” de quem distorce a importância, o significado e a missão do seu Filho, Jesus Cristo. Não devemos jamais esquecer o amor pelo ser humano que erra, isso é evidente, mas jamais podemos aceitar seus ensinos errados por causa disso.
Historicamente, alguns dos hereges da Igreja foram reputados como pessoas simpáticas e, aparentemente, boníssimas: Ário, Pelágio e até Rudolf Bultmann (um dos pais do liberalismo moderno). Um dos meus antigos professores de seminário estudou com Bultmann na Alemanha e me disse que nunca conheceu uma pessoa mais agradável e gentil. Só que essa gentileza era a fachada de um inimigo da fé.
Não, não posso ser amigo de quem depõe contra tudo que tenho por sagrado. É duro dizer isso, mas “heresia é heresia, amizades à parte”.
Na paz,
+W

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Abusando de Mateus 18


Abusando de Mateus 18





por Rupert Teixeira, segunda, 18 de Junho de 2012 às 05:36 ·


 por Don Carson

Há alguns anos eu escrevi uma crítica bastante contida do movimento das igrejas emergentes conforme se apresentava então, antes dele transformar-se em suas diversas configurações presentes1. Aquele pequeno livro custou-me alguns dos e-mails mais raivosos, carregados de amargura que eu já recebi – sem contar, é claro, os posts em blogs. Recebi outras respostas também, é claro, algumas de aprovação e gratidão, algumas bem refletidas e dispostas a dialogar. Mas as que demonstraram a maior intensidade foram aquelas cuja indignação era fervente porque eu não tinha antes conversado particularmente com aqueles cujas posições eu tinha criticado no livro. Que hipócrita fui eu ao criticar meus irmãos em bases bíblicas ostensivas quando eu mesmo não estava seguindo o mandamento bíblico quanto à observância de um certo procedimento disposto em Mateus 18:15-17.

Sem dúvida este tipo de cobrança está ficando mais comum. Está regularmente ligado a uma mentalidade “Te peguei!” que muitos blogueiros e seus comentaristas parecem nutrir. Pessoa A escreve um livro que critica algum elemento qualquer do confessionalismo cristão histórico. Alguns blogueiros respondem com mais calor do que luz. A Pessoa B escreve um blog com alguma substância, respondendo à Pessoa A. A blogosfera entra em polvorosa com ataques à Pessoa B, muitos deles perguntando em tom de acusação contra ela: “Você entrou em contato com a Pessoa A em particular primeiro? Se não, você não está sendo culpado de violar o que Jesus nos ensinou em Mateus 18?”. Este padrão de contra-ataque, com pequenas variações, está crescendo.

Quanto a isso pelo menos três coisas precisam ser ditas:

1. O pecado descrito no contexto de Mateus 18:15-17 ocorre na esfera limitada do que acontece em uma igreja local (que é certamente o que está em vista nas palavras “dize-o à igreja”).

Não está se referindo a uma publicação de ampla circulação criada para levar grande número de pessoas, em muitas partes do mundo, para longe do confessionalismo histórico. Este pecado é totalmente público e já está causando dano; precisa ser confrontado e seu prejuízo precisa ser desfeito de uma forma igualmente pública. Isto é bastante diferente de uma situação em que, digamos, um cristão descobre que um irmão tem quebrado os votos do matrimônio dormindo com alguém diferente da esposa dele e vai reservadamente até o irmão, e depois com mais outro, na esperança de provocar arrependimento genuíno e contrição, e só então traz o assunto à igreja.

Para pôr o assunto de modo diferente, a impressão que se tem ao ler Mateus 18 é que o pecado em questão não é, a princípio, publicamente notório (ao contrário da publicação de um livro tolo, porém influente). É relativamente privado, observado por um ou dois crentes, contudo sério o bastante para ser trazido à atenção da igreja se o ofensor se recusa a ficar longe daquilo. Contrastando, quando os escritores do Novo Testamento têm que lidar com falso ensino, outro tom é empregado: o presbítero piedoso deve apegar-se “firmemente à mensagem fiel, da maneira como foi ensinada, para que seja capaz de encorajar outros pela sã doutrina e de refutar os que se opõem a ela.” (Tito 1:9 NVI).

Sem dúvida pode-se imaginar algumas situações contemporâneas em que é possível ficar em dúvida quanto ao curso sábio a tomar ou, para moldar o problema no contexto das passagens bíblicas citadas, se a pessoa deveria responder à luz de Mateus 18 ou de Tito 1. Por exemplo, um pastor de uma igreja local pode ficar sabendo que um conferencista no seminário ou faculdade teológica da sua denominação está ensinando algo que ele julga estar fora do âmbito confessional daquela denominação e que seja possivelmente herético. Tornemos a situação um pouco mais desafiadora indicando que o pastor tem um punhado de estudantes na sua igreja que estudam naquele seminário e estão sendo influenciados pelo conferencista em questão. Estaria o pastor obrigado por Mateus 18 a falar com o conferencista antes de desafiá-lo publicamente?

Esta situação é delicada já que o suposto falso ensino é público em um sentido e privado em outro. É público no sentido de que não é uma opinião meramente privada, já que ela está sendo certamente divulgada; é privado no sentido de que o material não é publicado na esfera pública, mas está sendo disseminado em um ambiente de conferência, fechado. Parece-me que o pastor seria sábio em ir primeiro ao conferencista, mas não por obediência a Mateus 18, que na verdade não se aplica, mas para determinar quais realmente são os pontos de vista do conferencista. Ele pode chegar à conclusão de que o conferencista está limpo afinal de contas; ou então, que o conferencista foi mal-entendido (e qualquer conferencista íntegro desejará esforçar-se para não ser mal compreendido dessa forma no futuro); ou ainda, que o conferencista está dissimulando. Ele pode sentir que deve ir ao superior hierárquico do conferencista ou até mais alto. Porém, meu ponto é que este curso de ação não está realmente seguindo a instrução de Jesus em Mateus 18. O pastor vai ao conferencista, em primeiro lugar, não para repreendê-lo, mas para descobrir se realmente há um problema quando o ensino cai nestas categorias ambíguas de não-totalmente-privado e não-totalmente-público.

2. Em Mateus 18, o pecado em questão é, pela autoridade da igreja, passível de excomunhão, em pelo menos dois sentidos.

Primeiro, a ofensa pode ser tão séria que a única decisão responsável que a igreja pode tomar é lançar o ofensor para fora da igreja e vê-lo como uma pessoa não convertida (18:17). Em outras palavras, a ofensa é passível de excomunhão por causa da sua seriedade. No Novo Testamento como um todo, há três categorias de pecados que alcançam este nível de seriedade: falha doutrinal essencial (por exemplo: 1 Tm 1:20), falha moral grave (por exemplo: 1 Co 5), e dissensão persistente e cismática (por exemplo: Tt 3:10). Estes constituem o lado negativo dos três “testes” positivos de 1 João: o teste da verdade, o teste da obediência e o teste do amor. De qualquer forma, apesar de não sabermos o que é a ofensa em Mateus 18, ela é passível de excomunhão por causa da sua seriedade.

Segundo, a situação é tal que o ofensor pode de fato ser excomungado da assembléia. Em outras palavras, a ofensa é passível de excomunhão porque organizacionalmente é possível excomungar o ofensor. Contrastando, suponha que alguém em, digamos, Filadélfia reivindica ser um cristão devoto enquanto escreve um livro que é, de diversas formas, profundamente anti-cristão. Suponha também que uma igreja em, digamos, Toronto, Canadá, decidiu que o livro é herético. Tal igreja pode, eu presumo, declarar o livro equivocado ou até mesmo herético, mas eles certamente não podem excomungar o escritor.

Indubitavelmente eles poderiam declará-lo persona non grata na sua própria assembléia, mas este seria um gesto provavelmente fútil e contraproducente. Afinal de contas, o ofensor poderia ser perfeitamente aceitável na sua própria assembléia 2. Em outras palavras, este tipo de ofensa poderia ser passível de excomunhão no primeiro sentido, isto é, o falso ensino ser julgado tão severo que o ofensor merece ser excomungado, mas não é passível de excomunhão no segundo sentido, pois a realidade organizacional é tal que a excomunhão não é praticável. O ponto a ser observado é que qualquer que seja a ofensa em Mateus 18 ela precisa ser passível de excomunhão em ambos os sentidos: o pecado deve ser bastante sério para justificar a excomunhão e a situação organizacional deve ser tal que a igreja local pode entrar em ação decisiva que de fato significa algo. Onde um ou o outro destes dois sentidos não é aplicável, Mateus 18 também não é.

Poder-se-ia discutir, é claro, que faz parte da prudência sábia escrever aos autores antes de criticá-los em sua própria publicação. Eu posso imaginar situações onde isso pode ou não ser uma boa idéia. Entretanto, estas linhas de raciocínio não fazem parte do argumento de Mateus 18.

3. Há um tipo de retidão encenada, de indignação desproporcional, por trás do momento atual dos jogos de “Te peguei!”.

Se a Pessoa B acusa a Pessoa A, que escreveu um livro defendendo um entendimento revisionista da Bíblia, com sérios erros e possivelmente com heresias, não há nenhuma sabedoria em apontar a estreiteza de visão da Pessoa B e sorrir de maneira condescendente e ar de desprezo diante de tal atitude de julgamento. Isso pode funcionar bem entre aqueles que pensam que a maior virtude do mundo é a tolerância, mas seguramente não pode ser o caminho honrado para um cristão. Heresia genuína é algo condenável, uma coisa horrível. Desonra a Deus e desvia as pessoas. Falseia o evangelho e leva as pessoas a acreditarem em coisas falsas e a agir de modos repreensíveis. É claro que a Pessoa B pode estar completamente enganada. Talvez a acusação que a Pessoa B está fazendo esteja totalmente equivocada, e seja até mesmo perversa. Nesse caso, dever-se-ia demonstrar o fato e não esconder-se por trás de uma questão processual. E onde a Pessoa B está apresentando argumentação bíblica séria, deveria ser avaliada, não dispensada com um artifício processual e um apelo equivocado a Mateus 18.

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Notas do Autor
1. D. A. Carson, Becoming Conversant with the Emerging Church: Understanding a Movement and Its Implications [Familiarizando-se com a Igreja Emergente: Entendendo o Movimento e suas Implicações] (Grand Rapids: Zondervan, 2005).

2. Este argumento poderia ser desdobrado até o nível denominacional para aqueles que – erradamente, a meu ver – crêem que “igreja” em Mateus 18 tem aquele tipo de organização multi-assembléia em vista.
Fonte: Editorial de Carson na revista Themelios edição 36 disponível no site do The Gospel

Coalition.Tradução: Juliano Heyse | http://bomcaminho.com
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