quinta-feira, 26 de abril de 2012

UMA MENSAGEM COM PONTO FINAL.

POR ; ED RENÉ KIVISTZ.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Hernandes Dias Lopes - Avivamento ( Na IPCJ de Manhumirim )


O que pensais vós de Cristo? | Palavra da Verdade

O que pensais vós de Cristo? | Palavra da Verdade

A VERDADEIRA HISTORIA DE SÃO JORGE.


A verdadeira história de São Jorge

por Hermes.c fernandes.
Em torno do século III D.C., quando Diocleciano era imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge de Anicii. Filho de pais cristãos, converteu-se a Cristo ainda na infância, quando passou a temer a Deus e a crer em Jesus como seu único e suficiente salvador pessoal. Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe, após a morte de seu pai. Tendo ingressado para o serviço militar, distinguiu-se por sua inteligência, coragem, capacidade organizativa, força física e porte nobre. Foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade. 

Tantas qualidades chamaram a atenção do próprio Imperador, que decidiu lhe conferir o título de Conde. Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções. Nessa mesma época, o Imperador Diocleciano traçou planos para exterminar os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses. Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande coragem sua fé em Jesus Cristo como Senhor e salvador dos homens.

Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da VERDADE. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O QUE É A VERDADE?". Jorge respondeu: "A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e nEle confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade." Como Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o Imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Porém, este santo homem de DEUS jamais abriu mão de suas convicções e de seu amor ao SENHOR Jesus. Todas as vezes em que foi interrogado, sempre declarou-se servo do DEUS Vivo, mantendo seu firme posicionamento de somente a Ele temer e adorar.

Em seu coração, Jorge de Capadócia discernia claramente o própósito de tudo o que lhe ocorria: “... vos hão de prender e perseguir, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, e conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Isso vos acontecerá para que deis testemunho”. (Lucas 21.12:13 – Grifo nosso). A fé deste servo de DEUS era tamanha que muitas pessoas passaram a crer em Jesus e confessa-lo como SENHOR por intermédio da pregação do jovem soldado romano. Durante seu martírio, Jorge mostrou-se tão confiante em Cristo Jesus e na obra redentora da cruz, que a própria Imperatriz alcançou a Graça da salvação eterna, ao entregar sua vida ao SENHOR. Seu testemunho de fidelidade e amor a DEUS arrebatou uma geração de incrédulos e idólatras romanos.

Por fim, Diocleciano mandou degolar o jovem e fiel discípulo de Jesus, em 23 de abril de 303. Logo a devoção a “São” Jorge tornou-se popular. Celebrações e petições a imagens que o representavam se espalharam pelo Oriente e, depois das Cruzadas, tiveram grande entrada no Ocidente. Além disso, muitas lendas foram se somando a sua história, inclusive aquela que diz que ele enfrentou e amansou um dragão que atormentava uma cidade...

Em 494, a idolatria era tamanha que a Igreja Católica o canonizou, estabelecendo cultos e rituais a serem prestados em homenagem a sua memória. Assim, confirmou-se a adoração a Jorge, até hoje largamente difundida, inclusive em grandes centros urbanos, como a cidade do Rio de Janeiro, onde desde 2002 faz-se feriado municipal na data comemorativa de sua morte.

Jorge é cultuado através de imagens produzidas em esculturas, medalhas e cartazes, onde se vê um homem vestindo uma capa vermelha, montado sobre um cavalo branco, atacando um dragão com uma lança. E ironicamente, o que motivou o martírio deste homem foi justamente sua batalha contra a adoração a ídolos...

Apesar dos engano e da cegueria espiritual das gerações seguintes, o fato é que Jorge de Capadócia obteve um testemunho reto e santo, que causou impacto e ganhou muitas almas para o SENHOR. Por amor ao Evangelho, ele não se preocupou em preservar a sua própria vida; em seu íntimo, guardava a Palavra: “ ...Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte” (Filipenses 1.20). Deste modo, cumpriu integralmente o propósito eterno para o qual havia nascido: manifestou o caráter do SENHOR e atraiu homens e mulheres para Cristo, estendendo a salvação a muitos perdidos.

Se você é devoto deste celebrado mártir da fé cristã, faça como ele e atribua toda honra, glória e louvor exclusivamente a Jesus Cristo, por quem Jorge de Capadócia viveu e morreu. Para além das lendas que envolvem seu nome, o grande dragão combatido por ele foi a idolatria que infelizmente hoje impera em torno de seu nome.

Hermes C. Fernandes: A verdadeira história de São Jorge

Hermes C. Fernandes: A verdadeira história de São Jorge: Em torno do século III D.C., quando Diocleciano era imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorg...

segunda-feira, 23 de abril de 2012

ABUSOS COMETIDOS POR LÍDERES NAS IGREJAS EVANGÉLICAS


ABUSOS COMETIDOS POR LÍDERES NAS IGREJAS EVANGÉLICAS





1) Distorção da Escritura: para defender os abusos usam de doutrinas do tipo "cobertura espiritual", distorcem o sentido bíblico da autoridade e submissão, etc. Encontram justificativas para qualquer coisa. Estes grupos geralmente são fundamentalistas e superficiais em seu conhecimento bíblico. O que o lider ensina é aceito sem muito questionamento e nem é verificado nas Escrituras se as coisas são mesmo assim, ao contrario do bom exemplo dos bereanos que examinavam tudo o que Paulo lhes dizia.

2) Liderança Autocrática: discordar do líder é discordar de Deus. É pregado que devemos obedecer ao ditador, digo discipulador, mesmo que este esteja errado. Um dos "bispos" de uma igreja diz que se jogaria na frente de um trem caso o "apóstolo" ordenasse, pois Deus faria um milagre para salvá-lo ou a hora dele tinha chegado. A hierarquia é em forma de pirâmide (às vezes citam o salmo 133 como base), e geralmente bastante rígida. Em muitos casos não é permitido chamar alguém com cargo importante pelo nome, (seria uma desonra) mas sim pelo cargo que ocupa, como por exemplo "pastor Fulano", "bispo X", "apostolo Y", etc. Alguns afirmam crer em "teocracia" e se inspiram nos líderes do Antigo Testamento. Dizem que democracia é do demônio, até no nome. 


3) Isolacionismo o grupo possui um sentimento de superioridade. Acredita que possui a melhor revelação de Deus, a melhor visão, a melhor estratégia. Eu percebi que a relação com outros ministérios se da com o objetivo de divulgar a marca (nome da denominação), para levar avivamento para os outros ou para arranjar publico para eventos. O relacionamento com outros ministérios é desencorajado quando não proibido. Em alguns grupos no louvor são tocadas apenas músicas do próprio ministério. 


4) Elitismo espiritual: é passada a idéia de que quanto maior o nível que uma pessoa se encontra na hierarquia da denominação, mais esta pessoa é espiritual, tem maior intimidade com Deus, conhece mais a Biblia, e até que possui mais poder espiritual (unção). Isso leva à busca por cargos. Quem esta em maior nível pode mandar nos que estão abaixo. Em algumas igrejas o número de discipulos ou de células é indicativo de espiritualidade. Em algumas igrejas existem camisetas para diferenciar aqueles que são discípulos do pastor. Quanto maior o serviço demonstrado à denominação, ou quanto maior a bajulação, mais rápida é a subida na hierarquia. 


5) Controle da Vida: quando os líderes, especialmente em grupos com discipulado, se metem em áreas particulares da vida das pessoas. Controlam com quem podem namorar, se podem ou não ir para a praia, se devem ou não se mudar, roupas que podem vestir, etc. É controlada inclusive a presença nos cultos. Faltar em algum evento pro motivos profissionais ou familiares é um pecado grave. Um pastor, discípulo direto do líder de uma denominação, chegou a oferecer atestados médicos falsos para que as pessoas pudessem participar de um evento, e meu amigo perdeu o emprego por discordar dessa imoralidade.

6) Rejeição de Discordâncias: não existe espaço para o debate teológico. A interpretação seguida é a dos lideres. É praticamente a doutrina da infalibilidade papal. Qualquer critica é sinônimo de rebeldia, insubmissão, etc. Este é considerado um dos pecados mais graves. Outros pecados morais não recebem tal tratamento. Eu mesmo precisei ouvir xingamentos por mais de duas horas por discordar de posicionamentos políticos da denominação na qual congregava. Quem pensa diferente é convidado a se retirar. As denominações publicam as posições oficiais, que são consideradas, obviamente, as mais fiéis ao original. Os dogmas são sagrados. 


7) Saída Traumática: quem se desliga de um grupo destes geralmente sofre com acusações de rebeldia, de falta de visão, egoismo, preguiça, comodismo, etc. Os que permanecem no grupo são instruídos a evitar influências dos rebeldes, que são desmoralizados. Os desligamentos são tratados como uma limpeza que Deus fez, para provar quem é fiel ao sistema. Não compreendem como alguém pode decidir se desligar de algo que consideram ser visão de Deus. Assim, se desligar de um grupo destes é equivalente a se rebelar contra o chamado de Deus. Muitas vezes relacionamentos são cortados e até familias são prejudicadas apenas pelo fato de alguém não querer mais fazer parte do mesmo grupo ditatorial.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

O pastor | Palavra da Verdade

O pastor | Palavra da Verdade

O pastor | Palavra da Verdade

O pastor | Palavra da Verdade

Você está crescendo na Graça? - (2 Pedro 3,18 )C. H. Spurgeon


Mike Anderson – 11 Formas de Detectar Seus Ídolos


Mike Anderson – 11 Formas de Detectar Seus Ídolos

11 formas de detectar seus ídolos

COMO DETECTAR SEUS ÍDOLOS

Ídolos são espertos. Eles entram de mansinho em nossos cérebros, se acomodam em um cantinho do nosso coração, e começam a crescer. Na maior parte do tempo, nós nem os percebemos, porque nos apaixonamos pelo ídolo—que se tornou parte do que (temporariamente) nos dá motivo e alegria de viver.
Recentemente, Jared Wilson blogou 11 perguntas que David Powlison usa para detectar os ídolos das pessoas. Eu as enviei a todos que conheço, porque quero ajudar a construir uma cultura que faz perguntas profundas ao coração, aplicando o Evangelho à vida, e que busca a Cristo em unidade.

AS PERGUNTAS SÃO:

1 – O que mais me preocupa?
2 – O que, se eu fracassasse ou perdesse, me faria sentir que nem quero mais viver?
3 – O que eu uso para me consolar quando as coisas ficam pesadas ou difíceis?
4 – O que eu faço para lidar com momentos de pressão? Quais são minhas válvulas de escape? O que eu faço para me sentir melhor?
5 – O que me preocupa? Com o que eu sonho acordado?
6 – O que me faz sentir importante? Ou, de que tenho mais orgulho? Ou, pelo que quero ser conhecido?
7 – Que direção eu tomo nas conversas?
8 – Logo de cara, o que eu mais quero que as pessoas saibam sobre mim?
9 – Que oração, se não fosse respondida, me faria seriamente querer me afastar de Deus?
10 – O que eu realmente quero e espero da vida? O que realmente me faria feliz?
11 – Qual é minha esperança para o futuro?
Por: Mike Anderson | © 2012 Resurgence | theresurgence.com

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Sou a favor de abortar lideres sem celebro na igreja


Sou a favor do aborto de anencéfalos


Por Maurício Zágari

Muito tem se falado sobre o aborto de anencéfalos, as questões éticas, médicas, psicológicas e religiosas envolvidas nesse ato bárbaro. Mas o que poucos falam é que a Igreja evangélica no Brasil tem sofrido uma epidemia de anencefalia. Essa palavra complicada significa ao pé da letra “pessoa com falta de encéfalo”, ou, de modo mais popular, “pessoa sem cérebro”. Bem, se você está pensando que vou entrar aqui na questão do aborto de seres humanos anencéfalos eu peço desculpas por decepcioná-lo, mas não é esse o foco da minha reflexão. O que vou abordar não é ausência de massa encefálica nos indivíduos. É a forma como muitos de nós, cristãos, têm usado sua massa encefálica no que tange à Igreja e que faz com que ela nada mais sirva senão para ocupar espaço dentro do crânio. O que dá na mesma.

Só para pegar um exemplo de anencefalia cristã que está na moda: o conceito evangélico. A quantidade de pessoas que têm repudiado esse termo correto e histórico é surreal e um sintoma de anencefalia. “Não sou evangélico, sou cristão”, bradam muitos, na ânsia por se mostrar diferentes daquilo que a parcela mais visível da Igreja evangélica se tornou, aquela que está na mídia, que rouba o povo, que simula exorcismos, que usa Cristo como desculpa para ter dinheiro, poder e influência. Só que, se você faz parte como eu do grupo que segue os ditames da Reforma – resumidos nos cinco “sola”: Sola Fide, Sola Scriptura, Solus Christus, Sola Gratia e Soli Deo Gloria – mas repudia o vocábulo “evangélico”, eu te diria: meu querido irmão, lamento informar: você é um evangélico, queira ou não.

Com todo carinho: pense historicamente e não nas frases feitas que esse ou aquele aquele pastor anda falando contra esse termo histórico. Você é filho da Reforma? Segue o Cristianismo protestante? Professa a fé apostólica? Cumpre o que Jesus ensinou no Sermão do Monte? Então ponha dentro do seu encéfalo que você é SIM um evangélico, que nada mais é do que um sinônimo para “cristão de tradição protestante”. É exatamente como um cachorro que vive bradando: “Eu não sou um cachorro, sou um cão!!!”. Meu irmão, minha irmã, concentre-se em coisas de fato importantes, como amar o próximo e viver uma devocionalidade de maior intimidade com Deus. Levantar como bandeira “eu não sou evangélico” é coisa de quem não pensa com os olhos voltados para a História da Igreja.

Esse exemplo mostra que temos massa encefálica mas muitos não a estão usando adequadamente. Ou seja: em grande parte, nosso cérebro está se tornando pouco útil para o Reino de Deus. O que dá na mesma que não tê-lo. Muitos se tornam ávidos consumidores do veneno que meia-dúzia de formadores de opinião E-VAN-GÉ-LI-COS destilam pela TV, as redes sociais, os blogs, twitcams e suas conferências cooptadoras de corações e mentes e não ponderam biblicamente ou historicamente sobre o que estão falando. Por isso, muitos cristãos anencéfalos estufam o peito e começam a meramente repetir uma enorme quantidade de conceitos forjados, clichês e besteirois dos pontos de vista escriturístico e histórico. E por uma simples razão: não se dedicam ao estudo da Bíblia e não conhecem nada de História da Igreja (mas sempre mencionam as Cruzadas, a Inquisição e o apoio de alguns à Alemanha nazista, é claro, seus episódios prediletos, para mostrar como a instituição eclesiástica é o “grande satã”). E, como são locomotivas desembestadas mas sem ter trilhos históricos ou bíblicos onde trafegar, acabam arrebentando tudo pelo caminho. Seus alicerces são quebradiços e o terreno onde erguem seus conceitos é areia movediça.

Nossos anencéfalos inundaram as redes sociais. Todo santo dia você entra no twitter ou no facebook, assiste a uma twitcam ou vê no YouTube um desfile de falta de conhecimento e reflexão. Daí surgem pérolas do pensamento cristão da era pós-traumática causada pelo neopentecostalismo. Alguns exemplos clássicos (veja se você já não ouviu alguma dessas frases): “Tornei-me cristão quando saí da igreja”, “não congrego em uma igreja, mas em uma comunidade”, “a Igreja institucional foi invenção de Constantino”, “somos da graça e não da religião”, “Jesus nunca construiu templos”, “denominações não, Jesus sim”… Tudo fruto de uma anencefalia balística, belicosa, segregacionista, revoltada, destrutiva e em nada cristã. Semana passada mesmo uma irmã querida do twitter que fala em sua bio de “amor” e “misericórdia”, tuitou: “Prefiro estar de fora dos portões do religioso, a entrar e comungar com ele“. Santo Deus… era isso o que o Cristo diria ou faria? Ou Ele muitas vezes iria às casas dos fariseus e comungaria com eles? Bem-aventurados os pacificadores? Que nada, vamos cair de pau em cima dos “religiosos”.

Esses conceitos, que mais parecem adesivos de para-choque de automóveis, infestaram os crânios de uma gigantesca parcela da Igreja e carcomeram o pensamento dos evangélicos. A meu ver, o maior exemplo recente disso foi o pastor-celebridade que escreveu em seu blog que estava rompendo com a Igreja evangélica. O mais curioso é que ele continua fazendo tudo como sempre fez… isto é, de modo evangélico. Eu confesso, não sabia se ria ou chorava muito quando vi que ele escreveu no texto: “Agora sinto necessidade de distanciar-me do Movimento Evangélico” mas assinou o artigo com “Soli Deo Gloria” – que, como já vimos, é um dos cinco pilares justamente do… Movimento Evangélico!!! O supra sumo da contradição. E esse texto ainda foi “curtido” por mais de mil pessoas no Facebook, uma prova de que as pessoas nem se deram conta de quão sem nexo foi aquilo.

Dá vontade de chegar para um pastor como esse e dizer “ô, amigo, deixa de criancice e volte a ser quem você era anos atrás, quando pregava belissimamente a Bíblia e não se achava o perseguido do universo”. Cito esse exemplo porque são formadores de opinião como esse cavalheiro que têm incentivado muitos a pular como ratos medrosos do barco só porque ele está minando água. Mas ratos nao pensam, agem por instinto. Quem pensa fica no barco e ajuda a consertar o que vai mal. Usa o cérebro. Identifica os problemas e colabora para saná-los, pega prego e martelo e sua para tapar os rombos, em vez de anencefalicamente pular na água e ainda arrastar multidões consigo… pro fundo do mar.

Que a Igreja vai mal todos sabemos, basta ler livros como o brilhante O Fim de Uma Era, de Walter McAlister, que mostra por A+B por que uma parcela da Igreja vai falir. Não é à toa que recebeu o Prêmio Areté de “Livro do Ano”. Quer conhecer boa teologia, em vez de teologia de botequim? Acompanhe o blog de seu autor (veja AQUI) e ignore blogs de pastores-poetas que acham que é a poesia que vai salvar o mundo (como diz um dos posts do blog desse pastor evangélico que disse que não é mais evangélico) só porque eles falam bonitinho e são celebridades. Vá atrás do que é BÍBLICO.

Teologia da Prosperidade; falsos religiosos em busca de poder e dinheiro; escândalos absurdos envolvendo líderes na TV e sendo proclamados aos quatro ventos; telepastores vendendo unção financeira; cantores gospel se prostituindo em programas de TV só para divulgar seus CDs; pastores sem nenhuma vocação sendo ordenados e por isso machucando milhares de ovelhas que se desviam ou se desigrejam; movimentos antieclesiásticos se opondo à Igreja organizada; pastores de vida errada mas que posam de “porta-vozes da graça” desmerecendo práticas bíblicas como o dízimo; politização de setores da Igreja; relativização do pecado; emergentes pregando o universalismo; pastores ensinando que não tem nada de mais em ir ao show do Ozzy Osbourne; mescla de valores mundanos com os sacros em prol de “falar a linguagem de nossos dias”; pastores ávidos por poder e influência usando charme, mídia, tecnologia e até falando palavrão de púlpito para conquistar o nicho dos jovens; marxismo sendo travestido de cristianismo; dons espirituais sendo forjados para manipular pessoas; a seriedade e a sacralidade dos cultos a Deus sendo substituída por uma irreverência de show de pagode; desmerecimento do estudo teológico, propagação de uma fé sofista que põe o homem como medida de todas as coisas, professores liberais de seminário ensinando que Deus não controla as forças da natureza… Enfim, se formos listar todos os males que hoje tornaram grande parte da Igreja anencéfala ficaríamos falando até amanhã.

É verdade, há muita podridão dos bastidores da Igreja evangélica, infelizmente. Mas é por isso que vou pular do barco como um rato medroso e deixar as ovelhinhas do Senhor afundarem? É por isso que vou deixar de lutar com todas as minhas forças para que a Igreja se aprume, seja purgada e viva o Evangelho cristalino? Não. Me recuso. Me recuso a deixar os manipuladores de mentes tornarem minha massa encefálica inútil para o Reino de Deus. Recuse-se também. A Igreja vai mal, querido, querida. Há focos de resistência. Mas, no geral, há muitos que, de modo bem-intencionado ou maligna e astutamente, usam palavras, charme, carisma ou berros para conquistar as massas anencéfalas.

Ouvi de uma pessoa amada que meus textos aqui no APENAS estavam um pouco mais amargurados do que no início do blog, há exatos 11 meses. É possível que isso seja fato. Tenho ouvido, visto e vivido coisas que, para quem ainda tem um cérebro um pouquinho funcional que seja, são de nos fazer passar a noite em claro, orando e chorando pela Igreja que tanto amamos. Parece que a anencefalia tomou conta e estamos felizes da vida por vivermos na mediocridade espiritual e mental. Esse tipo de anencefalia, preciso dizer, quero mais é que seja abortada. Existe a hora de falar besteira, de brincar, contar piada, falar abobrinhas, relaxar a mente? Sem dúvida! Gosto disso tanto quanto qualquer um. Mas… o tempo todo? Aí isso já é sintoma de que algo está errado.

Sim, sou a favor do aborto de anencéfalos. De matar não o indivíduo, mas o fenômeno. De reativar cérebros que só funcionam se conectados a mentes alheias. De eliminar as frases feitas e os jargões. “Passei a ser cristão quando abandonei a igreja“… ora, faça-me o favor! Quem diz isso não sabe que onde dois ou três estiverem reunidos em nome de Jesus Ele ali estará, seja numa igreja institucional, num templo ou numa denominação?! “Jesus é contra a religião“… será que quem replica essa bobagem sabe que “religião” significa o “religare” entre Criador e criatura, que é intimidade com Deus, e que, logo, oração, por exemplo, é religião?! “A Igreja primitiva se reunia em lares, não havia hierarquia nem liturgia” … mano, mana, pegue um livro de História bem chinfrim e você descobrirá que os primeiros cristãos se reuniam em lares só porque se não fizessem seu culto escondido eram mortos pelo Império Romano, que havia hierarquia sim na Era Apostólica e que só a Ceia do Senhor já configura uma liturgia.

Então chega. Abortemos toda a anencefalia que esvaziou a caixa craniana de muitos dos nossos irmãos. Passemos a ler mais bons livros. A estudar a Bíblia. Paremos com esse preconceito bobo e preguiçoso de estudar teologia. Vamos abolir nossa admiração pelas frasezinhas bonitinhas dos famosos do twitter, os videozinhos de teologia vazia do YouTube e, em especial, a gritaria da televisão. Chega de pensar pela cabeça desses famosos e não pela Bíblia. Chega de viver uma fé por tabela. Aprenda com os antigos. Leia os clássicos e ignore os best-sellers. Ler superficialidades como “A Cabana” não vai te levar a lugar nenhum. Aborte isso da sua vida.

Por favor, não quero soar dono da verdade. Não sou. A Bíblia é. Desconfie de mim tanto quanto de qualquer outro nome da web. Mas se de algum modo as palavras que usei de forma propositalmente provocativas neste post mexeram com seu sangue e puseram sua cabeça para funcionar – mesmo que seja para considerar as minhas ponderações um monte de equívocos – ótimo! Pelo menos o seu cérebro está funcionando. Pense. Questione. Mas não feche suas conclusões com o primeiro famoso que cruzar seu caminho. Duvide das celebridades. Ouça o conselho dos anônimos (esses em geral têm bem menos rabo preso com interesses financeiros, políticos, empresariais ou ministeriais). Não quero que você concorde comigo. Quero que você PENSE. Que saia da esfera de influência dos que te arrebanharam com pensamentos pré-concebidos. Quer te usam como massa de manobra. Que lucram nas suas costas. Que se promovem e vendem CDs ao fazer você venerá-los. Que não querem ser criticados e por isso puseram na tua cabeça que “o crítico é um enrustido que tem inveja do sucesso dos outros” – e você nem percebeu o incrível absurdo que é essa frase e que ela por si só constitui uma crítica.

Pense, meu irmão. Pense, minha irmã.

E vamos abortar a anencefalia que hoje invadiu a Igreja como uma peste. É hora de começarmos a consertar o barco. Se você pulou fora, suba de novo a bordo. Vamos fazer a igreja voltar a ser Igreja – mas da forma certa. E não de modo desmiolado.

Fonte:

Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Fonte: Apenas

domingo, 15 de abril de 2012

Esquadrinhe a Bíblia com Oração


Esquadrinhe a Bíblia com Oração

Considerando a Relação entre a Oração e o Estudo da Bíblia
A fim de entendermos a Palavra de Deus, nos deleitarmos nela e sermos mudados do íntimo para o exterior, temos de orar: “Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei” (Salmos 119.18). Mas, quando oramos para que os olhos vejam, nossa mente não deve permanecer neutra. Não suponha que a indispensabilidade da oração implica a dispensabilidade de pensamentos focalizados na Palavra de Deus. Quando você ora para que veja a glória de Cristo, não permita que sua mente vagueie e flutue. Esse é um grande erro proveniente da espiritualidade oriental, e não das Escrituras.
Então, o que você deve fazer?

1. Ore e leia

Leia a Palavra! Que privilégio! E que obrigação! E que potencial para ver a glória de Deus! Considere Efésios 3.3-4: “Segundo uma revelação, me foi dado conhecer o mistério, conforme escrevi há pouco, resumidamente; pelo que, quando ledes, podeis compreender o meu discernimento do mistério de Cristo”. Quando ledes! Deus quis que os maiores mistérios da vida sejam revelados por meio da leitura.
Sim, Efésios 1.16-18 mostra a importância da oração (“não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, para que… iluminados os olhos do vosso coração”). Mas a oração não pode substituir a leitura. A oração pode transformar a leitura em percepção. No entanto, se não lermos, não teremos percepções. O Espírito Santo foi enviado para glorificar a Jesus. E a glória de Jesus é revelada na Palavra. Portanto, leia.

2. Ore e estude

2 Timóteo 2.15: “Procura (ou estuda para) apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”. Deus nos deu um livro a respeito dEle mesmo, não para que o leiamos de qualquer maneira negligente que desejarmos. Paul diz: “Procura [estuda para]…” manejar “bem a palavra da verdade”. Isso significa trabalhe na Palavra, se você deseja obter o máximo dela.
O pêndulo balança para lá e para cá. Alguns dizem: “Ore e não dependa de obras de estudo humanas e naturais”. Outros dizem: “Estude porque Deus não lhe revelará o significado de um texto por meio da oração”. Mas não achamos esta dicotomia na Bíblia. Temos de estudar e manejar corretamente a Palavra de Deus; e temos de orar, pois, do contrário, não veremos na Palavra aquilo que é essencial, a glória de Deus na face de Cristo (2 Coríntios 4.4, 6).
Benjamin Warfield, um grande estudioso da Bíblia, escreveu em 1911: “Às vezes, ouvimos alguém dizer que dez minutos de joelhos lhe darão um discernimento mais profundo, mais verdadeiro e mais produtivo a respeito de Deus do que dez horas de estudo em seus livros. ‘O quê?’ — essa é a ação apropriada — ‘dez minutos de joelhos, mais do que dez horas de estudo?’” (“The Religious Life of Theological Students”, em The Princeton Theology, editado por Mark Noll, Grand Rapids: Baker Book House, 1983, p. 263).

3. Ore e esquadrinhe

Ao aproximar-nos da Bíblia, devemos fazê-lo como um avarento que está à procura de ouro ou como uma noiva que perdeu seu anel de compromisso em algum lugar de sua casa. Ela esquadrinha a casa. Essa é a maneira como buscamos a Deus na Bíblia.
Se clamares por inteligência,
e por entendimento alçares a voz,
se buscares a sabedoria como a prata
e como a tesouros escondidos a procurares,
então, entenderás o temor do SENHOR
e acharás o conhecimento de Deus.
Provérbios 2.3-5
Busque como se buscasse a prata; procure como a tesouros escondidos. Isto é esquadrinhar a Bíblia para achar tudo o que é valioso. Se há tesouros escondidos, procure-os. Deus determinou que os dará a todos os que buscarem de todo o coração (Jeremias 29.13).

4. Ore e medite

Em 2 Timóteo 2.7, Paulo mostrou a Timóteo como este deveria ler sua carta: “Pondera o que acabo de dizer, porque o Senhor te dará compreensão em todas as coisas”. Sim, o Senhor dá compreensão, mas não sem reflexão. Não substitua o meditar pelo orar. Medite ore. Leia, estude, esquadrinhe e pense. Mas tudo isso será inútil sem oração.
Portanto, vimos novamente: a oração é indispensável, se queremos ver a glória de Deus na Palavra de Deus. Mas vimos, igualmente, que ler, estudar, esquadrinhar e meditar a Palavra também é necessário. Deus ordenou que a obra de abrir os nossos olhos, realizada pelo Espírito Santo,sempre seja combinada com a obra de informar a mente, realizada pela sua Palavra. O alvo de Deus é que vejamos e reflitamos a sua glória. Por isso, Ele abre nossos olhos, quando contemplamos a glória dEle em sua Palavra.
Então… leia, estude, esquadrinhe, medite — e ore! “Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei” (Salmos 119.18).

Éfeso, a Igreja do Amor Esquecido


Éfeso, a Igreja do Amor Esquecido (Esboço)

Esboço para a Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Jardim das Pedras (São Paulo, SP).


Éfeso, a Igreja do Amor Esquecido

Cidade de Éfeso- Cidade portuária. O maior porto de toda a Ásia ficava nessa cidade. Éfeso também era um centro religioso onde se adorava a Deusa-Mãe conhecida como Artemis (para os gregos) e Diana (para os romanos). No templo da Deusa-Mãe se adorava o imperador de Roma.
Igreja em Éfeso- Fundada provavelmente por Áquila e Priscila que eram oriundos de Corinto (Atos 18.18). O apóstolo Paulo trabalhou nessa igreja por três anos (Atos 20.31). Timóteo também foi pastor de Éfeso (1 Timóteo 1.3) e, de acordo com a tradição, a apóstolo João continuou o trabalho de Paulo em Éfeso.


O que aprendemos com os efésios?
1. É possível deixar o primeiro amor, ou seja, a alegria pela salvação (Salmo 51.12) e ainda assim viver como se fosse um “cristão abençoado”. A Igreja em Éfeso era a igreja dos sonhos onde a ordem ortodoxa e as boas obras imperavam entre um povo paciente e treinado, mas Cristo acusa: “você abandonou o seu primeiro amor”. [Apocalipse 2.4 NVI]
2. É possível praticar boas obras, ou seja, ser um “cristão militante” e ainda assim perder o amor ao Senhor. O próprio Cristo fala: “Conheço as suas obras, o seu trabalho árduo e a sua perseverança” [Apocalipse 2.2 NVI]. Paulo aos coríntios: “Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá”. [1 Coríntios 13.3 NVI]
3. É possível defender a doutrina correta e deixar o amor ao Senhor. Cristo releva que os efésios eram bons ortodoxos: “Sei que você não pode tolerar homens maus, que pôs à prova os que dizem ser apóstolos mas não são, e descobriu que eles eram impostores” [Apocalipse 2.2 NVI]. É o nosso dever defender e proclamar a “sã doutrina”, mas a vida cristã não se resume a um credo correto. Além da crença em Cristo, também precisamos viver para Ele.
4. É possível sofrer pela causa cristã e ainda assim deixar o amor ao Senhor. Cristo fala aos efésios: “Você tem perseverado e suportado sofrimentos por causa do meu nome, e não tem desfalecido”. [Apocalipse 2. 3 NVI].
5. O caminho do arrependimento é o reconhecimento da queda. E o arrependimento em si é a volta ao estado original. Cristo adverte: “Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio” [Apocalipse 2.5]
6. Negligenciar o arrependimento é desprezar a ligação e o cuidado do Senhor por sua igreja. Cristo adverte: “Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do seu lugar”. [Apocalipse 2.5]
7. Jesus não requer mais e mais “ativismo cristão”, mas sim a prática das boas obras banhada pela amor. Eu posso orar mais, doar mais, cantar mais e viver de ativismo em ativismo, mas tudo será vão se eu o fizer pela tradição ou inércia de uma vida cristã já envelhecida pelo tempo. É necessário agir com obras, mas motivado pelo amor ao Senhor.
8. É possível esfriar o por aquilo que é bom e ainda assim manter o ódio pelo que é mal. Os efésios odiavam as “obras dos nicolaítas” e o Senhor Jesus também. Voltar o primeiro amor não anula o zelo pela doutrina. Sim, é possível esfriar o amor pelo Senhor e ainda manter o ódio pelo pecado e pela heresia.
9. Um passado glorioso não é garantia de um futuro brilhante. Uma igreja não pode viver de seu passado cheio de milagres, líderes devotos e ações extraordinárias. É importante destacar o presente, pois é preciso saber que o amor ao Senhor permanece hoje. É possível começar bem e acabar mal.




Doutrina e Prática

O problema chave da Igreja em Éfeso: Uma igreja sadia na doutrina e no zelo das obras, mas que deixou o amor esfriar. Uma igreja com doutrina correta (ortodoxia) e prática correta (ortopraxia). O grande problema dos efésios era a motivação dessa doutrina e práticas exemplares. Os efésios perderam o foco em Cristo e deixaram que o passar do tempo fizesse sua relação com o Senhor como algo protocolar. Eram bons de Bíblia e de boas ações, mas não eram apaixonados pelo Senhor que os resgatou. 



ORTODOXIA. Do gr. orthodoxos. Qualidade de uma declaração doutrinário que se acha de acordo com o ensino no Antigo e no Novo Testamentos. Ortodoxia é, também, o conjunto de doutrinas provindas da Bíblia, e tidas como verdadeiras de conformidade com os credos, concílios e convenções da Igreja. ORTOPRAXIA. Do gr. orthopraxia. É o exercício prática, a partir de uma profunda reflexão teórica. É a ação feita após a apreensão de um conceito. No caso da fé cristã, é a ação executada segundo a doutrina bíblica (ou Ortodoxia) ensinada por Jesus de Nazaré.
Texto adaptado: ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. 16 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.





Outros pontos importantes
Atenção! 1) Voltar ao “primeiro amor” não significa se perder em um ativismo militante ou em um resgate de leis e mais leis para cumprir. 2) E nem é voltar-se contra o ensinamento doutrinário ensinando que é mais importante “seguir os passos de Jesus” do que crer em uma mensagem, como dizia equivocadamente o liberal Adolf Harnack: “A verdadeira fé em Jesus não é uma questão de ortodoxia de credo, mas de fazer o que ele fez”. Ora, o “evangelho” de Harnack é pesado demais, pois quem poderá imitar Cristo em essência? É puro moralismo que ensina salvação por obras. Ele diz que crer não é importante, mas sim “imitar Cristo”.Ora, eu devo imitar Cristo para ser cristão ou por que, pela graça divina, Deus me fez cristão? Nesse pensamento de Harnack eu posso crer no meu cachorro como o meu deus-salvador, mas se eu fizer “as obras de Jesus” serei o verdadeiro cristão. Ora, crer que em qualquer “Jesus” não faz diferença na maneira como vou segui-lo? 3) É fato que antes de agir (ortopraxia) é necessário crer (ortodoxia) e não o contrário. A mensagem sempre vem antes do arrependimento. O problema dos efésios não era o agir (ortopraxia) e nem a doutrina (ortodoxia), mas sim a motivação desse agir. 4) Para o cristão não deve existir ortopraxia sem ortodoxia e nem ortodoxia sem ortopraxia. 5) E é bom lembrar que a ortodoxia não salva ninguém e o mesmo é verdade sobre a ortopraxia. A salvação vem pela fé em Cristo. Eu creio e pratico por que O amo?


É importante enfatizar. Os efésios eram bons de doutrina e boas obras. Eles não se cansavam de trabalhar na causa cristã (cf. v. 3). E olha que o trabalho era árduo. Seria um equívoco achar que eles eram somente ortodoxos, sem práxis correta. Não e não, pois os efésios tinham os dois. O problema que tudo isso era desprovido do amor pelo Senhor. Tudo isso era desprovido de graça.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Hermes C. Fernandes: De heróis da Fé a bôbos da corte

Hermes C. Fernandes: De heróis da Fé a bôbos da corte: Por Hermes C. Fernandes “Porém, se vós e vossos filhos de qualquer maneira vos apartardes de mim, e não guardardes os meus mandam...

uma homenagem as patricinhas de Jesus!fogo quase puro



A CONFUSÃO EVANGÉLICA DIANTE DO ANTIGO TESTAMENTO

Luiz Sayão

A igreja evangélica brasileira é uma das mais dinâmicas e criativas do mundo. Por essa razão seu crescimento tem sido extraordinário. Todavia, uma igreja jovem e efervescente tem dificuldades de doutrinar e discipular seus novos membros. Essa é uma realidade na igreja brasileira.

É notório que o uso do Antigo Testamento na prática e na liturgia eclesiástica brasileira tem crescido de maneira substancial. Principal no contexto de louvor e adoração a ênfase vétero-testamentária é mais do que expressiva. E como percebeu Lutero, a teologia de uma igreja está em seus hinos. Afinal, o que está acontecendo? Para onde estamos indo?

Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que o Antigo Testamento representa um fascínio para o povo brasileiro. É repleto de histórias concretas, circunscritas na vida real do povo, no cotidiano de gente comum. É muito mais fácil emocionar-se com uma narrativa como a de Jonas ou de Davi do que acompanhar o argumento de Paulo em vários textos de Romanos. Além disso, o povo brasileiro tem pouca história e raízes muito recentes. O Antigo Testamento, com a rica história do povo de Israel, traz uma espécie de identificação com o povo de nosso país. Talvez isso explique porque tantos brasileiros evangélicos queiram ou procurem ser mais judeus. Em terceiro lugar, devemos considerar a realidade de que a igreja evangélica brasileira quase não tem símbolos ou expressão artística. A maioria dos símbolos cristãos históricos (catedrais, cruzes, etc.) tem identificação católica na realidade nacional. Assim, os evangélicos buscam símbolos para expressar sua fé, e acabam geralmente escolhendo símbolos judaicos ou véterotestamentários (menorá, estrela de Davi, e etc.).

Este encontro brasileiro-judaico tem muitas facetas positivas: Retomamos uma alegria comemorativa da fé, trazemos a verdade espiritual para a realidade concreta, dificilmente teremos uma igreja anti-semita, enxergamos necessidades sociais e políticas pela força do AT. Todavia, também estamos andando em terreno perigoso e delicado. Algumas considerações são importantes para que a igreja brasileira não perca o rumo por problemas de ordem hermenêutica. Aqui vão algumas sugestões:

1. Nem todo texto bíblico do AT pode ser visto como normativo. A descrição da vida de um servo de Deus do AT não é padrão para nós sempre. Quando Abraão mente em Gênesis, a descrição do fato não o torna uma norma. A poligamia de Salomão, a mentira das parteiras no Egito e o adultério de Davi não podem servir de desculpas para os nossos pecados.

2. Não podemos cantar todo e qualquer texto do AT. É preciso observar quem está falando no texto bíblico. Sem observarmos quem fala tiraremos conclusões enganosas. Isso é fundamental para se entender o livro de Eclesiastes. No caso de Jó 1.9-10, por exemplo, temos registradas as palavras de Satanás. Isto é fato até no caso do Novo Testamento (veja Jo 8.48).

3. Devemos Ensinar que Muito da Teologia do AT é ultrapassada. Jesus deixo claro que estava trazendo uma mensagem complementar e superior em relação à antiga aliança. Se não entendermos isto, voltaremos ao legalismo farisaico tão questionado por nosso Senhor. Textos como Números 15.32,36 revelam um exemplo daquilo que não tem mais valor na prática da nova aliança. Todos os elementos cerimoniais da lei não podem mais fazer parte da vida da igreja cristã, pois apontavam para a realidade superior, que se cumpre em Cristo (Cl 2.16-18). Sábados, festas judaicas, dias sagrados, sacrifícios e outros elementos cerimoniais não fazem parte da prática cristã neotestamentária.

4. Antes de Pregar ou Cantar um Texto do AT é Preciso Entendê-lo. Nem sempre é fácil entender um texto do Antigo Testamento. Muitos textos precisam ser bem estudados, compreendidos em seu contexto e em sua limitação circunstancial e teológica. Veja por exemplo o potencial destruidor do mau uso de um texto como o Salmo 137.9. Se o intérprete não entender que o texto fala da justiça retributiva divina dada aos babilônios imperialistas, as crianças da igreja correrão sério perigo!

5. Devemos Ensinar que Vingança e Guerra não são Valores Cristãos. Jesus ordenou que devemos amar até mesmo aqueles que nos odeiam. A justiça imprecatória não faz parte da Teologia do NT. Há vários salmos que dizem isso, mas tal realidade compreende-se no contexto do AT e não pode ser praticada na igreja cristã. Não podemos cantar "persegui os inimigos e os alcancei, persegui-os e os atravessei" (Sl 18.37.38), quando o Senhor Jesus ordena que devemos perdoar e amar os nossos inimigos (Mt 5.44,45). Hoje já existe até gente “amaldiçoando” outros em nome de Jesus! Teremos uma “violência cristã”?

6. Enfatizemos a Verdade de que a Adoração do NT é Superior. O Novo Testamento nos ensina que a adoração legítima independe de lugar, de monte, de cidade e de outros elementos materiais (Jo 4). Jesus insiste em afirmar que Deus procura quem “o adore em Espírito e em verdade”. A tradição evangélica sempre louvou a Deus por seus atos e atributos. Atualmente estamos cada vez mais enfatizando “o monte santo”, “a cidade sagrada”, “a casa de Deus”, “a sala do trono”. Nós somos o “templo de Deus”. Os elementos materiais poucam importam na adoração genuína. É preciso retomar o caminho correto.

7. Devemos ensinar que ser Judeu não torna ninguém melhor do que os outros. Alguns evangélicos entendem que “ser judeu” ou “judaizado” os torna de alguma forma “espiritualmente melhor”. O rei Manassés, Anás e Caifás eram judeus! Já há quem expulse demônios em hebraico! Em Cristo, judeus e gentios são iguais perante Deus. Na verdade “não há judeu nem grego” (Gl 3.28). A igreja cristã já pecou por seu anti-semitismo do passado. Será que irá pecar agora por tornar-se judaizante? Devemos amar judeus e gentios de igual modo. Além disso, podemos e devemos ser cristãos brasileiros. Não precisamos nos tornar judeus para ter um melhor “pedigree” espiritual.


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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Cinco Solas: Dois remédios para o orgulho

Cinco Solas: Dois remédios para o orgulho: O que Paulo estava fazendo, ao dizer: "Se alguém ama a Deus esse é conhecido por Ele" , era recordando aos orgulhosos cristãos de Corinto...