sexta-feira, 20 de maio de 2011

FAMILIA

”. Que esta palavra possa edificar sua vida e levar sua família a viver o melhor que Ele reservou para nossos lares.






Ainda há esperança para sua família...





I – Porque nossos valores e conceitos podem ser mudados





Quando pensamos nos valores que são vividos por uma pessoa, nossas mentes se voltam para tudo o que foi apreendido ao longo da vida por essa pessoa. O contexto familiar em que foi criado, a cultura local e outros foram determinantes para solidificar alguns conceitos e valores que agora fazem parte da vida deste indivíduo. Uma vez construindo uma nova família essa pessoa leva também os seus conceitos. A questão é que muitas vezes no seio da família os conceitos se chocam e os problemas são instaurados. Há casos em que o casal chega a um ponto tão drástico que a família acaba se desintegrando. “O texto que acabamos de ler em sua última parte nos afirma:”... para vos dar o fim que desejais.” – Vejo claramente Deus nos mostrando que para o milagre e a vitória ser instaurada é fundamental a nossa participação. Em sua maioria não queremos dar nossa parcela de contribuição, até porque sempre achamos que o problema está com o outro e não conosco. Contudo, em muitos casos as dificuldades estão partindo de nós mesmos. É aí que precisamos entender que alguns valores que defendemos podem ser mudados. É necessário então dar uma chance ao outro. Isso começa quando paramos para ouvi-lo. É desta forma que teremos condições plenas de nos avaliar para poder chegar a algumas decisão que determinarão uma nova direção para nossas vidas. Um bom caminho é orar ao Senhor e pedir a Ele a sabedoria necessária que através de uma avaliação pessoal poder chegar a mudanças que permitam a cura na área dos relacionamentos.





II – Porque ainda podemos dar uma chance para nós mesmos





O texto que lemos nos mostra o quanto somos importantes para Deus. Ele quer o melhor para nossas vidas e mais uma vez sou levado a pensar no final desse texto quando de forma clara o Senhor nos mostra o quanto nossa participação é importante nesse contexto. Chegamos então à conclusão plena de que ainda há esperança para nossa família, pois podemos dar uma chance para nós mesmos. E isto se faz real quando nos abrimos para o aprendizado. A vida familiar se torna muitas vezes maçante e presa numa rotina onde os problemas são sempre os mesmos. O disco nunca muda e com isso a angústia e o sentimento de frustração tomam conta dominando assim a vida familiar. Em muitos casos a dissolução da família acaba por se consolidar e o reino das trevas sai ganhando. Precisamos crer que nesse contexto da vitória familiar o aprendizado é importante. Veja o quanto ainda há para se apreender e aprender! Precisamos pensar um pouco em nós mesmos e isso nos leva a querer também o melhor para nós. Como resposta a essa necessidade o caminho do aprendizado é uma grande opção de bênçãos para a família. Em nome de Jesus busque conhecimentos, envolva-se com leituras de bons livros, faça um curso de capacitação, busque conhecimentos bíblicos, volte a estudar e você verá que ainda há muito a ser construído. Sua visão acerca da família será alargada e com isso grandes melhorias serão ministradas de Deus à sua família. Isto nos faz pensar também nos sonhos que serão gerados em sua vida a partir desta maravilhosa iniciativa. É hora de acreditar em você mesmo! É hora de voltar a sonhar! Creia nisso, sua vida familiar não pode ficar circunscrita somente a problemas e dilemas que não os levará a lugar nenhum. Deus irá ministrar a bênção a partir de sua iniciativa em dar uma chance a si mesmo. (a) Ele tem o melhor para você! Ele tem o melhor para a sua família.





III – Porque nunca é tarde párea se recomeçar





Quando penso no texto que foi lido compreendo também que “... para vos dar o fim que esperais.” Também está ligado à visão de que nunca é tarde para se recomeçar. Às vezes os conflitos e problemas são tão grandes que chegamos a pensar que tudo acabou e que não há mais solução para nossas famílias. Quero que saiba que esse é o plano do Diabo e o intuito dele é levá-lo a crer que não há mais solução para sua família. Louvamos ao Senhor porque esse “desejar” ministrado no texto traz às nossas vidas a certeza plena de que ainda há esperança, pois podemos recomeçar. É isso mesmo! É necessário abrir mão do orgulho, da altivez, da insensibilidade e diante do altar do Senhor numa postura de quebrantamento poder dizer: “Senhor Jesus, sei que falhei, sei que muitas vezes errei e contribui para o fracasso de minha família. Mas, estou aqui Senhor disposto a recomeçar, estou aqui disposto a aprender com Cristo a viver o melhor que o Senhor tem para minha vida e família. Ajuda-me Senhor, cubra o meu lar com o teu sangue e nos faça prosperar para o louvor de Sua glória.” Essa é a atitude que Deus quer ver na vida de seus filhos. É desta forma que o Senhor encontrará espaço em nossas vidas e famílias para nos ajudar e nos fazer prosperar. Deus tem o poder para restaurar sua família e a melhor forma de crermos nesse milagre é ter a coragem de recomeçar. É desta forma que o milagre do Senhor será derramado e sua família curada para o louvor de Sua glória.





IV – Porque família é projeto de Deus





A família não é invenção humana, mas sim, projeto de Deus. O Senhor não erra, tudo o que Ele faz é perfeito. Portanto, podemos com toda a certeza dizer que ainda há esperança para sua família, pois ela é projeto de Deus. Há uma bênção especial Dele para as famílias. O nosso Pai celeste tem o melhor para nós, Ele fará o melhor por nós. Gosto de me lembrar de Eclesiastes 4. 12 Quando lemos: “E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.” Esse é o segredo da vitória de nossas famílias. Uma dobra é o marido, a outra a esposa e a última é o Senhor Jesus. Família é projeto de Deus e Cristo precisa participar ativamente desse projeto. Infelizmente muitas famílias estão vivendo apenas com duas dobras. Falta a presença de Cristo e isto explica tantas dificuldades e problemas. Mas, quando entendemos que de fato Jesus precisa estar no centro da família e o convidamos a vir reinar em nossos lares a história muda, pois o melhor de Deus passa a ser derramado em nossas vidas. Creia nisto! Ainda há esperança para sua casa, pois a família é projeto de Deus e se Cristo ainda não reina em seu lar, agora é o momento oportuno para você convidá-lo a fazer parte de sua família. É desta forma que grandes milagres serão realizados e uma maravilhosa história de bênçãos será construída através de sua família.





Conclusão:





Diante desta maravilhosa palavra, nosso olhar precisa estar fixo no Deus que a declarou e que tem o poder de mudar nossa história. Ele nos declarou que Independente das circunstâncias e conflitos Ainda há esperança para nossos lares. Nossos valores podem ser mudados, podemos dar uma chance para nós mesmos, diante das lutas nunca é tarde para recomeçar e crendo nesse grandioso projeto que foi gerado no coração de Deus o milagre será derramado e nossa casa completamente restaurada para o louvor de Sua glória. Creia nisto e receba o melhor de Deus para o seu lar.





Pr. Waldyr Silva do Carmo





Igreja Casa de Oração Cehab

sexta-feira, 13 de maio de 2011

OS RELIGIOSOS E O MOVIMEWNTO GAY


Dois surdos: Os religiosos e o movimento Gay



William Douglas

Juiz federal, RJ









A decisão do STF, de ser comemorada e criticada, é apenas mais um round na luta irracional que se desenvolve entre religiosos e o movimento gay. O STF acertou na decisão, mas errou em sua abordagem. Ao invés de interpretar a Constituição, ousou reescrevê-la sem legitimidade para tanto. Mas, que razões levaram a Corte Suprema a isso? A imperdoável incapacidade dos contendores de agir de forma tolerante, democrática e respeitosa. A terrível intenção, de ambos os lados, de forçar o outro a seguir seus postulados, em atentado contra a liberdade de escolha, opinião e crença.







Quem ler os relatos contidos em anais da constituinte verá que incluir o casamento gay na Constituição foi assunto derrotado nas votações. O STF mudar esse conceito e ignorar a decisão do constituinte originário é ativismo judicial da pior espécie, mas o STF tem suas razões: os religiosos, ao invés de negociar uma solução, se negam a mexer na Constituição.







O erro da intolerância, o movimento gay também comete ao tentar impor um novo conceito de casamento ao invés da aceitação da união civil estável homoafetiva, e mais ainda, ao defender um projeto de lei contra homofobia que desrespeita a liberdade de opinião e religiosa (PLC 122). Isso para não falar do "kit gay", uma apologia ofensiva e inaceitável para grande parcela da população. Não há santos aqui, só pecadores. Em ambos os lados.







Erram os religiosos ao querer impedir a união civil homossexual, calcando-se em suas crenças, as quais, evidentemente, não podem ser impostas à força. Mas erra também o movimento gay em querer enfiar goela abaixo da sociedade seus postulados particulares. Vivemos uma era de homofobia e teofobia, uma época de grupos discutindo não a liberdade, mas quem terá o privilégio de exercer a tirania.







Negar o direito dos gays é tirania dos religiosos. De modo idêntico, impor sua opinião aos religiosos, ou calá-los, ou segregá-los nas igrejas como se fossem guetos é tirania do movimento gay. Nesse diálogo de surdos, o STF foi forçado a decidir em face da incompetência do Congresso, dos religiosos e do movimento gay, pela incapacidade de se respeitar o direito alheio.







Anotemos os fatos. O STF existe para interpretar a Constituição, não para reescrevê-la. Onze pessoas, mesmo as mais sábias, não têm legitimidade para decidir em lugar dos representantes de 195 milhões de brasileiros. Os conceitos "redefinidos" pelo STF são uma violência contra a maioria da população. Nesse passo, basta ler o artigo Ulisses e o canto das sereias: sobre ativismos judiciais e os perigos da instauração de um terceiro turno da constituinte, de Lênio Luiz Streck, Vicente de Paulo Barreto e Rafael Tomaz de Oliveira, disponível em meu blog. O resumo: apenas Emenda à Constituição pode mudar esse tipo de entendimento. O problema: a maioria se recusa a discutir uma solução contemporizadora que respeite e englobe a todos.





O Supremo agiu bem em alertar sobre a incapacidade das partes de resolverem seus problemas no Congresso, mas errou em, ao invés de se limitar a assegurar direitos de casais discriminados, invadir o texto da Constituição para mudá-lo manu militari.







O STF não se limitou a garantir a extensão de direitos, mas quis reescrever a Constituição e modificar conceitos, invadindo atribuições do Poder Legislativo. Conceder aos casais homossexuais direitos análogos aos decorrentes da união estável é uma coisa, mas outra coisa é mudar conceito de termos consolidados, bem como inserir palavras na Constituição, o que pode parecer um detalhe aos olhos destreinados, mas é extremamente grave e sério em face do respeito à nossa Carta Magna. “Casamento” e “união civil” não são mera questão de semântica, mas de princípios, Nem por boas razões o STF pode ignorar os princípios da maioria da população e inovar sem respaldo constitucional.





Enfrentar discriminações é louvável, mas agir com virulência contra os conceitos tradicionais, e, portanto, contra o Congresso e a maioria da população, diminui a segurança jurídica diante da legislação. A tradição existe por algum motivo e não deve ser mudada pelo voto de um pequeno grupo, mas pela consulta ao grande público ou através de seus representantes, eleitos para isso.





O art. 1.726 do Código Civil diz que uma união estável pode ser convertida em casamento mediante requerimento ao juiz. Ora, pelo que o STF decidiu, foi imposto, judicialmente, o casamento gay. Até os ativistas gays, os moderados, claro, consignam o cuidado de não se chamar de casamento a união civil. Os ativistas não moderados, por sua vez, queriam exatamente isso: enfiar goela abaixo da maioria uma redefinição do conceito de casamento. Não se pode, nem se deve, impedir que um casal homossexual viva junto e tenha os direitos que um casal heterossexual tem, mas também não se pode impor um novo conceito que a maioria recusa.







Abriu-se, em uma decisão com intenção meritória, o precedente de o STF poder substituir totalmente o Congresso. Salvo expressa determinação da Constituição para que o faça, quando o Congresso não legisla sobre um tema, isso significa que ele não quer fazê-lo, pois se quisesse o teria feito. Há um período de negociação, existem trâmites, existem protocolos. O STF não pode simplesmente legislar em seu lugar, tomar as rédeas do processo legislativo. Mas, que o Congresso e as maiorias façam sua mea culpa em não levar adiante a solução para esse assunto.





O STF deve proteger as minorias, mas não tem legitimidade para ir além da Constituição e profanar a vontade da maioria conforme cristalizada na Constituição. O que houve está muito perto de criar, pelas mãos do STF, uma ditadura das minorias, ou uma ditadura de juízes. O STF é o último intérprete da Constituição, e não o último a maculá-la. Ou talvez o primeiro, se não abdicar de ignorar que algumas coisas só os representantes eleitos podem fazer.





Precisamos caminhar contra a homofobia e o preconceito. E também precisamos lembrar que cresce em nosso meio uma nova modalidade de preconceito e discriminação: a teofobia, a crençafobia e a fobia contra a opinião diferente – o que já vimos historicamente que não leva a bons resultados.





O PLC 122, em sua mais nova emenda, quer deixar ao movimento gay o direito de usar a mídia para defender seus postulados, mas nega igual direito aos religiosos. Ou seja, hoje, já se defende abertamente o desrespeito ao direito de opinião, de expressão e de liberdade religiosa. Isso é uma ditadura da minoria! Isso é, simplesmente, inverter a mão do preconceito, é querer criar guetos para os religiosos católicos, protestantes, judeus e muçulmanos (e quase todas as outras religiões que ocupam o planeta) que consideram a homossexualidade um pecado. Sendo ou não pecado, as pessoas têm o direito de seguir suas religiões e expressar suas opiniões a respeito de suas crenças.





E se o STF entender que o direito de opinião e expressão não é bem assim? Isso já é preocupante, porque o precedente acaba de ser aberto. E se o STF quiser, assim como adentrou em atribuições do Congresso, adentrar naquilo que cada religião deve ou não professar?





O fato é que as melhores decisões podem carregar consigo o vírus das maiores truculências. Boa em reconhecer a necessidade de retirar do limbo os casais homossexuais, a decisão errou na medida. Quanto ao mérito da questão, os religiosos e ativistas moderados deveriam retomar o comando a fim de que a sociedade brasileira possa conviver em harmonia dentro de nossa diversidade.









William Douglas é juiz federal , mestre em Direito,

especialista em políticas públicas e governo. www.williamdouglas.com.br





Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2011/05/dois-surdos-os-religiosos-e-o-movimento.html#ixzz1MG7mduYd

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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Qual a serventia do culto cristao?









Marcelo Lemos


“A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração” (Colossenses 3.16).





Estou lendo um livro bem interessante, Worship Whithot Dumbing-Down, de Peter Toon, cujo subtítulo poderia ser traduzido como “Conhecendo Deus através da Liturgia”. Uma obra deliciosa, bem escrita, e com um grande embasamento teológico. Estritamente falando é um livro voltado para os cristãos anglicanos dos Estados Unidos. Trata-se de uma critica bem embasada a respeito dos desmandos litúrgicos da hoje chamada The Episcopal Churc (TEC), marcada em anos recentes pelo liberalismo teológico, anglo-catolicismo e uma nova ética “cristã” sobre a sexualidade humana (no que, infelizmente, tem sido seguida bem de perto pela mais tradicional denominação anglicana brasileira). No entanto, o coração das reflexões do livro pode ser aplicado não apenas a nós, anglicanos, como a todos os cristãos comprometidos com um culto centralizado em Cristo.



Falta Cristo em nossos cultos. Acredito que uma parte dos meus leitores, seja qual for a agremiação cristã, concordará com essa afirmação. ‘Conhecendo Deus através da liturgia’ é uma sinopse que raramente pode ser aplicada aos nossos serviços dominicais de adoração. Daí o livro de Peter Toon conseguir me encantar. Apesar de ele falar sobre uma realidade denominacional bem definida, sua mensagem parece ter sido escrita para a Igreja Brasileira. Logo no primeiro capítulo ele diz que a nova geração de crentes não pode saber (avaliar) que há um “declínio” na adoração cristã, pois nunca chegou a conhecer algo melhor. Em outras palavras, eles entendem que tudo está bem, não diferenciam entre o “bom” e o “ruim”, pois o “bom” nunca lhes foi realmente apresentado.



Não se aplica isso a nossa realidade? Por acaso um adorador “extravagante” aceita a acusação de não existir Cristo em sua adoração? Aceitam os místicos com suas garrafas de água consagrada sob o braço, que sua religiosidade é paganismo travestido de fé cristã? Pelo que temos visto a resposta é um sonoro “não”. De fato, eles acham que tudo está bem, são incapazes de identificar o erro por nunca terem tido contado com algo melhor.



Não estou dizendo que algo melhor não exista hoje. Existe. No entanto, a maior parte dos cristãos atuais não o conhece, seja por terem sido cristãos meramente professos, seja por já terem ingressado na Igreja pela porta dos modismos teológicos e litúrgicos. Para eles tudo é normal, e se sabem algo sobre o que é mais elevado, tomaram o “mal por bem” e o “bem por mal”; isso tamanha sua incapacidade de fazer tal julgamento. E, o pior, onde ainda vemos um culto cristocêntrico e bíblico, a invasão dos modismos é tão violenta, que provavelmente a próxima geração conhecerá menos ainda o assunto que estamos discutindo nesse texto...



“Pode-se dizer que eles estão envolvidos no que podemos chamar de atividades de lazer religioso. Eles não vêm primeiramente para alargar seus horizontes, para cultivar uma mentalidade espiritual e celestial, para ser contestados pela Palavra do Deus vivo, para ponderar sobre a natureza e os atributos de Deus, para ver a profundidade e magnitude de seus pecados e a surpreendente e abundante misericórdia Deus, em Cristo Jesus para eles, ou para serem chamados a uma vida cotidiana consagrada, no temor e no amor do Senhor. Ao contrário, estão ali para satisfazer algum tipo de curiosidade espiritual ou moral... Estão ali para se auto afirmarem, para serem aceitos, para sentirem e descobrirem a autoestima, e aceitarem que são filhos de Deus!” (Peter Toon, adaptado do texto inglês).



O novo culto não se parece muito com o antigo? A mensagem não está muito bem camuflada? Tão perfeito é o disfarce que muitos não se dão conta do perigo. Faz-nos pensar na melhor forma de cozinhar um sapo vivo: aquecendo a frigideira lentamente, até cozinha-lo por completo. “Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa?” (I Coríntios 5.6).



Se fatiarmos o pensamento de Tonn iremos descobrir o que, na opinião dele, deve ser o culto cristão, no qual, por meio da liturgia, podemos ter um encontro com Cristo.



1) O culto cristão deve “alargar horizontes”. Em outras palavras o culto cristão dever visar sempre a edificação do corpo de Cristo, com aprendizado intelectual e espiritual. Na verdade não sei se podemos separar essas duas coisas. A cada culto devemos aprender mais sobre Cristo, o Pecado, a Redenção, e assim por diante. Têm nossos pastores a mesma preocupação de “anunciar todo o conselho de Deus” (Atos 20.27) que havia no coração do apóstolo S. Paulo? Tem no coração das nossas ovelhas a mesma disposição que havia em Beréia (Atos 17.11)?



2) O culto cristão deve cultivar a vida espiritual. Ou, “cultivar uma mentalidade espiritual e celestial”, nas palavras do autor. Infelizmente não temos uma noção muito precisa do que é ser espiritual. Quase sempre imaginamos o homem espiritual como um ser místico, dotado de poderes extraordinários ou qualquer coisa inatingível aos demais. Ao contrário, a Bíblia nos apresenta a vida espiritual como sendo aquela guiada pelo Espírito Santo, ou seja, que produza as qualidades do Fruto do Espírito Santo. Definindo numa frase, o homem espiritual é aquele que obedece aos mandamentos do Senhor. Obedecer a Cristo é o lema central daquele que vive no Espírito.



“Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamento do Senhor!” (I Coríntios 14.37). “Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda sabedoria e inteligência espiritual – para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus!” (Colossenses 1.9,10). “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo” (I Pedro 2.5).



Estamos sendo instruídos em nossos serviços de adoração a sermos “casa espiritual” e “sacerdócio Santo”? Ou, ao contrário, temos nos deixado convencer que “vida espiritual” é “romper em fé, andar sobre as águas e dar um grito de júbilo”? O que realmente sabemos sobre o que é se um homem [ou mulher] espiritual?



3. O culto cristão deve confrontar o homem com a Palavra de Deus. Nas palavras do autor, “contestados pela Palavra”. Não temos a impressão que em lugar de confronto nos deparamos com bandeiras brancas em muitos de nossos cultos? Não nos parece que no lugar de Voz Profética temos ouvido “palavras proféticas”, de profetas autoproclamados? Onde esconderam a Cruz e sua Mensagem? Onde esconderam o Cristo e Sua Cruz? Quando dissociaram o Espírito dos seus Frutos? Onde se declarou guerra entre a Fé e a Razão?



De fato, não temos a impressão de ser cada vez mais raro encontramos um Púlpito onde sejamos confrontados com as grandes verdades da Religião Cristã? Como diz Peter Toon, não estamos ali, no culto, a fim de “ponderar sobre a natureza e os atributos de Deus, para ver a profundidade e magnitude de seus pecados e a surpreendente e abundante misericórdia Deus, em Cristo Jesus, ou para seremos chamados a uma vida cotidiana consagrada, no temor e no amor do Senhor”. Para que, então? Domingo após Domingo, nos colocamos sobre bancos a fim de alimentarmos nosso ego com mensagens que poderiam ser encontradas, a preço bem menor, em qualquer livro de Paulo Coelho.



Talvez nossa geração considere o culto do “passado” – prefiro dizer, “de sempre” – algo maçante e antiquado. Contudo, ele nos livra da maior de todas as desgraças que já se abateu sobre o Cristianismo: a ausência do Evangelho.



“Assim diz o SENHOR: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para a vossa alma” (Jeremias 6.16).

















Marcelo Lemos, do Olhar Reformado para o Genizah.











quarta-feira, 4 de maio de 2011

VERDADEIRO AMOR VERDADEIRA FÉ

Paulo diz a Timóteo que o mais se destacava em sua conduta era sua fé não fingida,


O que é uma fé não fingia? É uma fé sincera

A palavra sincera provem do latim. Por motivo que os italianos (romanos) eram na época uns dos maiores produtores mármores brancos. Estes mármores eram os melhores para fazer esculturas de imagens. E muitas destas esculturas nas suas fabricações apresentavam defeitos, e o artesão utilizava cera branca para tirar as imperfeições das esculturas. Eram esculturas de segunda linha,porque quando viesse as primeiras chuvas e granizo e se estivesse num lugar se sombra, com o tempo racharia, mancharia, apresentaria vários defeitos e imperfeições.

As esculturas de primeira linha era (sin cere) ou sem cera, perfeitas sem maquiagem, sem engano,faça chuva ou faça sol na adversidade, la estava intacta ou seja era verdadeiras.

Assim tem que ser a fé e amor, do justo fiel e digno do crente do servo.

Pena não são muitos assim como Timóteo.


joewl wilkerson