quinta-feira, 17 de abril de 2014

20 HÁBITOS QUE MATAM UMA IGREJA

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Publicado por Nelson Costa Jr

“A crítica não tem sobre a psicologia das massas o poder sugestivo que têm as crenças afirmativas, mesmo falsas”.
Olavo de Carvalho

Em si mesma, toda Igreja é neutra ou deveria sê-la; mas o grupo da mesma anima, projeta nela suas chamas e suas demências; impura, transformada em crença, insere-se no tempo, toma a forma de acontecimento: a passagem da Igreja à epilepsia está consumada. Assim nascem as Igrejas de hoje, e suas doutrinas ideológicas sangrentas.

Já alertava o velho Freud: Da mesma forma que ninguém pode ser forçado a crer, ninguém pode ser forçado a não acreditar. Mas será que tais comunidades religiosas respeitam isso, ou anseiam para salvar o mundo?

Fundamentada em sua premissa mística, e no seu desejo de “salvar” – fazer imagem com Deus -, a Igreja rapidamente anuncia, condena, ridiculariza, e extermina preguiçosamente os que pensam diferente dela. Como num jogo de dados, ela apela para uma sorte baseada na condenação, e no seu desejo ilusório de ser provedora de todas as verdades universais, sem considerar quem está ferindo. Em sua futilidade ingênua, troca seu violento discurso por uma defesa sem sentido, e diz que o ataque veio do outro, sem si quer analisar o que pregava antes.

Mas nós sabemos, não?

Logo, como superar essa ignorância?

Bem, se a Igreja realmente respeitasse as Escrituras Sagradas como diz respeitar, faria o seguinte: “Se, de fato, vocês quiserem fazer o bem, quem lhes fará o mal? Como vocês serão felizes se tiverem de sofrer por fazerem o que é certo! Não tenham medo de ninguém, nem fiquem preocupados. Tenham no coração de vocês respeito por Cristo e o tratem como Senhor. Estejam sempre prontos para responder a qualquer pessoa que pedir que expliquem a esperança que vocês têm. Porém façam isso com educação e respeito. Tenham sempre a consciência limpa. Assim, quando vocês forem insultados, os que falarem mal da boa conduta de vocês como seguidores de Cristo ficarão envergonhados”. (1 Pedro 3:13-16 NTLH)

Mas como a Igreja não respeita lá esses mandamentos bíblicos, eis vinte hábitos irrelevantes e desnecessários (Nem tanto assim) que aprendi apanhando em minha vida pastoral. Penso se a Igreja gastasse mais tempo com a reflexão interna, talvez estaria numa diferente situação. De qualquer forma, vamos as dicas então:

1 – A necessidade de ganhar: Nossa, os últimos acontecimentos na política religiosa brasileira nos mostra muito bem isso. A igreja esquece de sua função, e passa a ansiar por vitória a qualquer custo – em todas as situações, quando é preciso, quando não é preciso, e quando é totalmente irrelevante.

2 – O hábito de adicionar muito valor: o desejo irresistível do crente de adicionar seus dois centavos em cada discussão teológica é um absurdo.

3 – O hábito de julgar: A Igreja diz não julgar, mas julga. Ele costuma tachar os outros com os seus padrões.

4 – Os destrutivos comentários: O sarcasmo religioso desnecessário é o agente primordial para espantar gente séria. Quantos cristãos já não receberam a seguinte crítica: “Irmão, cuidado para não perder a salvação hein"?

5 – O hábito do não, mas, e no entanto: Como a cristandade faz uso desses qualificadores negativos que secretamente interrompe a educação de muitos.

6 – O hábito da inteligência superior: A necessidade de mostrar às pessoas que é a Igreja verdadeira. Que está além do que muitos pensam.

7 – Uso das emoções: O que a Igreja mais gosta é utilizar de volatilidade emocional como uma ferramenta de classificação espiritual.

8 – Negatividade: “Deixe-nos explicar porque você está errado”, muitos crentes costumam pregar – Mesmo quando não foram convidados a expressar o que pensam.

9 – Retenção de informações: O hábito cristão de recusar em dizer que estava errado em sua teologia é algo ridículo. O tal “santo” diz uma coisa durante anos, e de repente, do nada, muda o discurso, mas não admite.

10 – O hábito de não reconhecer: A incapacidade de elogiar ou até mesmo recompensar alguém que saiu da comunidade e cresceu. Quantas histórias amargas são possíveis ouvir por aí de cristãos abusados.

11 – O crédito que não merece: Toda Igreja adora receber crédito pelo que não fez. Condena uma narrativa, e depois toma posse dela como se fosse revelação divina, sem considerar o pesquisador por trás da mesma.

12 – O hábito do excesso de desculpa: Errar é humano, e Cristo ensinou o perdão, mas vem cá, insistir no mesmo erro várias vezes tem limites, certo?

13 – Ignorar o passado: A necessidade da Igreja de desviar a culpa dela mesma, e colocar nos outros, é um hábito que já matou muitos! De forma simples, ela é incapaz de assumir suas responsabilidades ou de reconhecer suas ações negativas – Procure na história.

14 – O jogo dos favoritos: Talvez devido a teoria da predestinação, alguns líderes religiosos possuem o hábito de privilegiar alguns, e tratar injustamente outros.

15 – A falta de lamentação: O orgulho da superioridade salvífica não é bom. Talvez o lamento, de ver o número de pessoas que estão deixando as Igrejas, ajudaria a recompor o lado sagrado dela.

16 – A falta de ouvir : A forma mais passiva (agressiva) de desrespeito para com os de fora da Igreja.

17 – A falta da gratidão: Ninguém é obrigado a nada. É sempre bom reconhecer os feitos que alguém faz por uma comunidade.

18 – Punir o mensageiro: A necessidade equivocada em atacar os inocentes cristãos que estão, talvez de uma forma diferente, tentando ajudar a comunidade a crescer.

19 – O passar da bola: A necessidade de culpar o Mundo, e não o “Deus” que prega.

20 – O Ego: Exaltar as falhas eclesiásticas como virtudes é ridículo. Talvez se as Igrejas gastassem alguns anos analisando o problema do ego, muita coisa se resolveria.

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