terça-feira, 24 de março de 2015

LIBERALISMO

Eu sou um libertário. Não sou afiliado a nenhum partido político. Não sou progressista nem conservador. Não sou de esquerda nem de direita. Não sou moderado nem radical. Não sou um fusionista. Não estou aberto a concessões.
Sou um libertário puro e inflexível. Para mim, há apenas uma única forma de libertarianismo: aquela que se baseia única e exclusivamente no Princípio da Não-Agressão.
Isso significa que, para um genuíno libertário, a lei deveria proibir a iniciação de violência contra pessoas inocentes (tanto as que não cometeram crimes quanto as que querem apenas empreender) e contra sua propriedade. Ponto.
O libertarianismo é apenas isso e nada mais do que isso. Não há nada mais no libertarianismo do que as implicações desse axioma básico — o que já é muita coisa.
O libertarianismo é uma filosofia política que se preocupa exclusivamente com o uso da coerção e da violência.
Não se trata de uma filosofia política que diz que o melhor tipo de governo é um governo limitado. Não se trata de uma filosofia política socialmente liberal e economicamente conservadora. Não se trata de uma filosofia política que diz que a liberdade pode ser alcançada por meio da promoção de determinadas políticas governamentais em detrimento de outras.
Meu interesse é nas ações; não estou preocupado com os pensamentos. Estou interessado apenas nas consequências negativas de pensamentos. Ser libertário significa única e exclusivamente se opor à iniciação de agressão contra inocentes. Ponto. É só isso e nada mais do que isso.
Exatamente por isso, o Princípio da Não-Agressão tem de ser estendido ao governo. Os libertários devem, portanto, se opor à — ou tentar limitar ao máximo a — intromissão dos governos tanto em nível doméstico quanto internacional, pois os governos são os maiores violadores do Princípio da Não-Agressão.
Nosso inimigo é o estado. Nossos inimigos não são a religião, as corporações, as instituições, as fundações ou as organizações. Elas só têm hoje o poder de nos fazer mal por causa de sua ligação com o estado. Retire os subsídios, as medidas protecionistas, e as regulações que as protegem da concorrência, e elas rapidamente passarão a ser inócuas.
Mais ainda: serão inteiramente subservientes a nós consumidores.
Qualquer indivíduo deve ser livre para incorrer em qualquer atividade econômica, sem licença, permissão, proibição ou interferência do estado. O governo não deve intervir na economia de nenhuma forma. Acordos governamentais de livre comércio, vouchers educacionais e programas políticos de privatização da Previdência Social não são de forma alguma ideias libertárias.
O único governo bom é aquele que não existe. O segundo melhor governo é aquele que menos governa. A melhor coisa que qualquer governo poderia fazer seria simplesmente nos deixar em paz.
Imposto é roubo praticado pelo governo. O governo não tem direito a uma determinada porcentagem da renda de ninguém. O código tributário não tem de ser simplificado nem reduzido, e não precisa ser mais justo ou menos intrusivo. As alíquotas de imposto não têm de ser nem diminuídas, nem igualadas e nem se tornar menos graduais. O imposto de renda não precisa de mais e maiores deduções, e nem de lacunas, abrigos, créditos ou isenções.
Todo esse sistema pútrido tem de ser abolido.
As pessoas têm o direito de manter para si tudo o que ganharam e decidir por si mesmas o que fazer com seu dinheiro: gastá-lo, desperdiçá-lo, torrá-lo, doá-lo, legá-lo, guardá-lo, investi-lo, queimá-lo, apostá-lo.
Sou um libertário. Não sou um libertino. Não sou um hedonista. Não sou um relativista moral. Não sou devoto de algum estilo de vida alternativo. Não sou um revolucionário. Não sou um niilista. E não desejo me associar a ninguém que tenha essas características; mas também não desejo agredir aqueles que têm. Acredito na liberdade absoluta de associação e discriminação.
Eu sou um libertário.
Espero não haver mais dúvidas.
De uns tempos para cá, tem havido algumas tentativas, tanto da esquerda quanto da direita, de sequestrar o movimento libertário. A esquerda vem tentando sequestrar o movimento libertário acrescentando ao Princípio da Não-Agressão sua típica agenda progressista. Daí surgem bizarrices como dizer que…
MISES.ORG.BR

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