terça-feira, 15 de maio de 2012

Não tenho tempo! [Uma desculpa para não pensarmos no próximo]



Não tenho tempo! [Uma desculpa para não pensarmos no próximo]

14 de maio de 2012 | 



Quantas vezes utilizamos essa desculpa (ou como uma) para não fazermos uma série de atividades e atitudes?! Como enquadrar o próximo, sem vulgarizar, em nossa vida individualista e cheia do “corre-corre” moderno? Ou como é possível amar alguém que está tão perto, mas tratamos como se fosse de outra galáxia? Amar que próximo ou quão próximo?

A nossa má administração de tempo é um dos pontos mais cabais que prejudicam o andar das nossas vidas. Seja por que passamos mais tempo nos entretendo com o que não é importante, seja porque não queremos responsabilidades, porém, é bem mais fácil nos armarmos de desculpas até os dentes do que tentar solucionar algum problema – independente de quem quer que seja.

As nossas frases em redes sociais mostra-nos como grandes guerreiros revolucionários que estão aptos a entrar na batalha final a qualquer momento. Quem as vê/ouve pensa que cada pessoa está em posição de guerra, armado das melhores ideologias e pronto para luta. Entretanto o monitor se depara com pessoas sedentárias, mórbidas e sem o mínimo arfar por fazer algo – é só olhar a quantidade da população desse país que está acima do peso [se você for de fora, desconsidere esse trecho].

Não podemos pregar sobre a vinda do Noivo sem dedicar amor ao próximo. As cartas paulinas, de Tiago, João e outras passagens estão cheias de intercessão e preocupação para com o próximo. Por mais emergentes que fossem as necessidades deles, eles não deixavam de orar pela vida das pessoas que dependiam dos seus cuidados e rogavam ao Pai para que cuidasse de cada uma em específico.

Em Colossenses 1.9-12, Paulo nos ensina sobre a essência da oração da petição [uma boa dica para nós onde nossas orações são compostas, em sua maior parte, de petições]: “Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual; Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus; Corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua glória, em toda a paciência, e longanimidade com gozo; Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz;”.

Hernandes Dias Lopes comenta a respeito dessa passagem falando que “devemos nos perguntar o quanto as petições que normalmente apresentamos a Deus distam dos pedidos que Paulo faz nas suas orações. Suponha, por exemplo, 80 a 90% das nossas petições pedem a Deus boa saúde, bom emprego, sucesso em exames, as necessidades emocionais dos nossos filhos, sucesso na nossa solicitação de financiamento e muito mais coisas desse tipo. Quanto das orações de Paulo gira em torno de questões equivalentes? Se o centro das nossas orações estiver distante do centro das orações de Paulo, então até mesmo a nossa própria vida de oração pode servir como um testemunho infeliz do notável sucesso dos processos de paganização na nossa vida e no nosso pensamento”.

Ainda hoje pergunto a Deus a melhor maneira de orar e interceder e com esse aprendizado diário nota-se quão carentes somos de uma intimidade maior com o Eterno. Conheçamos e prossigamos em conhecer O Autor e Consumador da nossa fé, que nos tem dado tempo o suficiente para mudar a história de toda uma geração. Levante-se da cadeira e prepara-se para a batalha, pois nem sempre o seu amor e sua oração será uma afirmativa de aceitação do seu próximo.

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