segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Li hoje este pensamento e estou tentando refletir sobre ele...
“Deus não levantou Golias para matar Davi. Deus levantou Golias para HONRAR Davi. Seu gigante pode mudar sua vida”.

Há três grande equívocos neste sofisma acima. 

O primeiro é que não foi Deus que levantou Golias, mas os filisteus. Deus não promove o mal para fazer o bem. Isso é absurdo! Tiago nos afirma que Deus nem faz o mal nem pode ser tentado pelo mal. O que temos em alguns textos do Velho Testamento, quando parece que Deus é promotor do mal, é um tipo de figura de linguagem, e ela está associada ao entendimento de que o Deus de Israel, como outras divindades, era bom e mal ao mesmo tempo. Ele podia “fazer a guerra e promover a paz”, podia “ferir e curar”. Ao depois, todavia, fica claro que aquele entendimento estava equivocado, fazia parte da “infância da fé”, pois estava associado a cultura politeísta e pagã da antiguidade. Ora, é sobretudo em Jesus que percebemos que Deus é o Deus da graça, da misericórdia, do perdão e do amor. Jamais Deus precisaria, para fazer o bem, se locupletar do mal.

Em segundo lugar, não foi Davi que foi honrado, mas Deus. Deus não tem interesse em promover a glória do homem, mas o homem deve ter por propósito promover a glória de Deus. Deus foi afrontado pelo gigante, e Davi o derrotou não em nome de Saul, ou de Israel, ou dele próprio, mas em nome do Senhor dos Exércitos! A glória de Deus é veneno para o homem! Quem tentar se apossar dela morrerá. A honra que Deus deu a Davi foi a de conhecê-lo. Sim, ele afirmou que a Davi havia se tornado “homem segundo o meu coração”. A grande honra do mavioso salmista foi caminhar com Deus, discernindo quem Ele é e quão grande é a sua fidelidade.

Em terceiro lugar, não é gigante que muda a sua vida. Quem muda a sua vida é Jesus! E sua vida só muda se você tomar consciência do Evangelho, experimentando um arrependimento verdadeiro, o que lhe levará a ser cheio do Espírito Santo e a andar em novidade de vida. Não é acreditando em fábulas engenhosamente construídas, baseadas em crenças positivistas, em ufanismos teológicos simplórios, que alguém vai chegar até o Pai. Só chegamos ao Pai por Jesus e só ele, pela água e pelo Espírito, pode mudar nossa natureza. O mais é tolice de quem acredita sem entender, de quem confessa sem crer, de quem caminhar sem sair do lugar, de quem imagina está vivendo a graça mas ainda está mergulhado na religião.

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